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SOARES, D. Frei João, O.A.D. (Bispo de Coimbra).- COMMENTARIVM | in sacrosanctum domini nostri IESV Christi Euangelium, | secundum Matthæum: rectu[m] & synceru[m] sensum explicans. | Plurimas etiã hæreticoru[m] minimè orthodoxas opiniones, egregiê dilues. | Cõcionatoribus, disputatibus, & omnibus catholicis apprimê vtile. | A Reuerendiss. Dño. D Ioanne Soarez, Episcopo Conimbricensi, | & Arganili Comite, æditum. | [gravura xilográfica com as armas episcopais] | Cum gratia & priuilegio Regio ad decenium. | Indice etiam locupletissimo adiecto.- Conimbricæ: Apud Ioannem Barrerium Typographum Regium. [Anno M. D. LXII. 1562].- [4], 577 p.; 26 cm.- E.
Fr. João Soares (1507-1572), natural de Urrô (Penafiel), era eremita de Santo Agostinho e participou na terceira sessão do Concílio de Trento (1561/63); foi confessor de D. João III e bispo de Coimbra entre 1545 e o ano da sua morte. Deixou-nos as constituições da sua diocese (Coimbra, 1548) e extensa bibliografia de temática religiosa, nomeadamente comentários aos Evangelhos de Mateus, Lucas e Marcos. Em 1548, foi responsável pela publicação da novas “Constituições” do seu bispado. Segunda tiragem, com o privilégio real ocupando a frente do segundo fólio. A primeira tiragem (Anselmo, 158), além de outras diferenças, apresenta o privilégio no verso do primeiro fólio. No verso da última folha (em falta no exemplar da BNP) apresenta um cólofon datado de Outubro de 1561. Exemplar, aparado, com ablação da última linha do pé de imprensa (com a data), na página de rosto. De resto, um exemplar muito limpo e completo. Encadernação inteira de carneira, do século XVII(?) com patine racinée, conservando as guardas originais intactas, em papel comum. Anselmo, 164. BN (Séc. XVI), 855. Biblioteca de D. Manuel II refere apenas a edição de 1566. Reiss & Auvermann (Auction 40), 1803 (o mesmo exemplar, com a catalogação equivocada como sendo da primeira tiragem).

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LEÃO, Duarte Nunes de.- PRIMEIRA PARTE [E SEGUNDA PARTE] | DAS CHRONICAS DOS | REIS DE PORTVGAL, REFOR- | MADAS PELO LICENCIADO | DVARTE NVNEZ DO LIÃO, DESEM- | bargador da casa da Supplicação, per | mandado del Rei Dom Philip- | pe o primeiro de Portu- | gal, da gloriosa | memoria.- Em Lisboa: Impresso por Pedro Crasbeeck, 1600.- [2], 239, [8] f.; 27 cm.
Edição publicada no último ano do século XVI, compreendendo as crónicas do conde D. Henrique, D. Afonso Henriques, D. Sancho, I, D. Afonso II, D. Sancho II, D. Afonso III, D. Dinis, D. Afonso IV, D. Pedro e D. Fernando. A crónica de D. João I foi impressa apenas em 1643. Duarte Nunes (1530-1608), erudito historiador, licenciado em Direito e desembargador da Casa da Suplicação, após a morte do Cardeal Rei D. Henrique abraçou calorosamente a causa de Filipe I, cujo direito à sucessão defendeu por escrito contra os que o impugnavam. Exemplar com ligeira acidez, um pouco aparado, com a folha de rosto espelhada e restauro (remendo) na margem inferior da segunda folha. Última folha (verso em branco) com restauro central atingindo a parte impressa, mas sem falta de suporte. Carimbo vermelho na página de rosto, com o monograma da Casa Palmela. Encadernação inteira de chagrin, não contemporânea, provavelmente do século XIX, com cercaduras e rectângulos com florões a ouro em ambos, apresentando, ao centro, um grande ferro gravado a balancé; casas fechadas na lombada, com florão quadrilobado nos entre-nervos; guardas com papéis marmoreados diferentes. Samodães, 2247. BN (Séc. XVI), 406. Biblioteca de D. Manuel II, 242.

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MARCOS DE LISBOA, O.F.M, Frei.- PRIMEIRA | parte das Chronicas da orde[m] | dos frades Menores do sera- | phico Padre sam Francisco, | seu instituidor, & primeiro | ministro geral. Que se po- | de chamar Vitas patru[m], dos | Menores. Copilada & toma | da dos antigos liuros & me- | moriaes da ordem, per frey | Marcos de Lisboa frade Me- | nor, da prouincia de | Portugal.- ¶ Agora segunda vez per elle reuista & emendada. Com Priuilegio Real.- [No final] Foy impressa esta obra em a muy nobre& sempreleal cidade de Lixboa: em casa de Manuel Ioam, & acabou se aos. xx. dias de Feuereiro de. 1566.- [12], ix-cclxiij f.; 27 cm.- E. Junto com; -----.- PARTE SE- | GVNDA DAS CHRONICAS DA | Ordem dos frades menores & das ou | tras orde[n]s segunda & tercei | ra, instituidas na igreja | per o sanctissimo Pa | dre sam Fran | cisco. [...] | ¶ Nouamente copilada & ordenada dos anti- | gos Liuros & Hystoriadores & memoria | es da ordem, per frey MARCOS de Lis- | boa frade menor da prouincia de | Portugal da obseruancia, per a glo | ria de nosso Senhor & & de se- | us sanctos, & edificaçam | das Almas...- [No final] ¶ Acabouse a presente obra de imprimir im [sic] Lisboa em casa de Ioannes Blauio impressor del Rey nosso Senhor [...] Anno de mil quinhentos sessenta & dous [1562] a. xxv. Dabril.- [6], CCLXXXVI f.; 27 cm.- E.
Ambos os textos em segunda edição, quase inteiramente compostos a duas colunas em caracteres góticos rotunda. A primeira parte foi a única impressa nos prelos de Manuel João. A segunda parte, impressa por João Blávio, foi publicada na sequência da primeira, impressa pelo mesmo impressor em 1557. Fr. Marcos de Lisboa (1511-1591), cronista da Ordem dos Frades Menores (S. Francisco), acompanhou D. Sebastião na jornada de África e foi bispo do Porto desde 1581 até ao ano da sua morte. Primeiro volume aparado, com prejuízo tangencial no pé e da margem direita da gravura xilográfica que enquadra o título. Segundo volume com folha de rosto fragilizada, manuseada e mal restaurada; última folha, com a marca do impressor, espelhada e manuseada, com parte da margem exterior refeita; ocasionais restauros e manchas menores. Os dois volumes encontram-se, contudo, completos e sólidos. Encadernações do século XIX (1ª metade), inteiras de carneira, levemente cansadas, com o corte das folhas carminado. Anselmo 713 e 319. BN (Séc. XVI), 478 e 476. Biblioteca de D. Manuel II, 282 e 281.

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KAEMPFER, Engelbert.- Histoire naturelle, civile, et ecclesiastique de l’Empire du Japon...- A La Haye: Chez P. Gosse & J. Neaulme, 1729.- 2 vols. em 1: 1 portada grav., 45 [i. é 43] gravuras; 30 cm.- E.
Engelbert Kaempfer (1651-1716), médico e viajante alemão, natural de Lemgo (Vestfália), viajou extensamente pela Europa Oriental, Médio e Extremo Oriente. Em 1669 chegou a Jacarta (Indonésia) e no ano seguinte ao Japão, como médico, ao serviço da Companhia Holandesa das Índias Orientais, onde viria a permanecer dois anos. Kaemper foi o introdutor da acupunctura na Europa, para onde regressou definitivamente em 1693. Os seus manuscritos, que se encontram hoje no Museu Britânico, foram comprados por Sir Hans Sloane, que os publicou em língua inglesa, em 1727 e na presente edição de 1729, na versão francesa. A colação dos dois tomos é a seguinte: I - [8], LII, 217, [1 br.] p.; II - [4], 313, [1]. 96 p. As estampas encontram-se todas reunidas no tomo I, a seguir ao respectivo índice, faltando as gravuras VII e XI pertencentes ao tomo primeiro. O volume (com os dois tomos juntos), muito cansado, apresenta graves imperfeições, nomeadamente: cortes de traça generalizados, sobretudo marginais, mas mais profundos nas últimas folhas de cada um dos dois tomos; as gravuras, em geral limpas e bem dobradas, a grande maioria não apresentando cortes, com excepção das gravuras 17 a 29 que se encontram afectadas, embora tangencialmente. Ex-líbris heráldico na contracapa: Francisci Petit Doct. Med. Encadernação da época, inteira de carneira, muito danificada, com as pastas quase soltas. Brunet, III, 638. Cordier (Japonica), 416. Cox (Travel), I, p. 332.

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CONIMBRICENSES.- COMMENTARII | COLLEGII | CONIMBRICENSIS SO- | CIETATIS IESV. | IN QVATVOR LIBROS DE | COELO ARISTOTELIS | STAGIRITÆ...- Olisipone: Ex officina Simonis Lopesij, Anno M. D. LXXXXIII. [1593].- [8], 447, [1 br.] p.; 22 cm. Junto com; -----.- COMMENTARII | COLLEGII | CONIMBRICENSIS SO- | CIETATIS IESV. | IN LIBROS METEORVM | ARISTOTELIS STAGIRITÆ...- Olisipone: Ex officina Simonis Lopesij, Anno M. D. LXXXXIII. [1593].- 143, [1 br.] p.; 22 cm. Junto com; -----.- COMMENTARII | COLLEGII CO- | NIMBRICENSIS SOCIETATIS | IESV IN LIBROS ARISTOTE- | LIS, QVI PARVA NATVRA- | LIA APPELANTVR...- Olisipone: Ex officina Simonis Lopesij, Anno M. D. XCIII. [1593].- 104 p.; 22 cm. Junto com: -----.-IN LIBROS | ETHICORVM ARISTOTELIS AD NICHOMACVM CVRSVS DISPV- | TATIONES, IN QVIBVS PRAECIPVA | QVAEDAM ETHICAE DISCI- | PLINAE CAPITA CON- TINENTVR...- Olisipone: Ex officina Simonis Lopesij, Anno M. D. XCIII. [1593].- 95, [1 br.] p.; 22 cm.- E.
Edição original, de quatro das oito iniciativas editoriais com comentários às obras de Aristóteles, publicadas pela Companhia de Jesus em Coimbra (4) e em Lisboa (4), habitualmente designados por Conimbricenses e destinados ao curso de Filosofia do Colégio das Artes de Coimbra, a cargo dos jesuítas desde 1555. O responsável pelos quatro volumes foi o Pe. Manuel de Góis SJ (1543-1597), natural de Portel, figura destacada do período aúreo do ensino jesuíta em Coimbra. As edições conimbricenses tiveram enorme sucesso, tendo sido reeditadas em Veneza, Lyon, Colónia, Hamburgo e Mogúncia, por diversas vezes, mantendo-se como manuais dos colégios jesuítas até meados do século XVIII. Exemplar cuidadosamente tratado, provavelmente lavado, sem defeitos assinaláveis. Segunda metade do volume com mancha na margem superior, afectando os títulos correntes e, ocasionalmente, as primeiras linhas do texto; algumas manchas menores. Dois pertences antigos (um riscado) na primeira página de rosto. Interessante encadernação da época, reconstruída, com trabalho a seco e a ouro, nos planos e lombada (cansada), com guardas novas. Anselmo, 794, 795, 796 e 797. BN (Século XVI), 194, 192, 191 e 196. Biblioteca de D. Manuel II, 126, 125, 124 e 127.

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MANUSCRITO.- CARLOS II, Rei de Espanha.- Carta executória de fidalguia- Século XVII (1676).- 75 f; 32 cm.- E.
Manuscrito sobre pergaminho. Carta executória de fidalguia (ou carta de brasão de armas) outorgada em nome do Conselho de S. M. El-Rei Don Carlos II, de Espanha (1661-1700), a Don Garcia de Medrano y Varrio (ou Barrio), vizinho da vila de Almagro, jurisdição de Granada, pelo procurador fiscal de S. M., Don Juan de Muriel. No final: Dada en Granada a beynteiocho dias del mes de mayo de mil y seisc[ent]os y setenta y seis años. As cartas executórias de fidalguia foram introduzidas durante o reinado de Fernando e Isabel, os Reis Católicos, e continuaram a ser produzidas até ao século XIX. Testemunhavam a limpeza de sangue dos requerentes e seus antepassados, bem como a sua fé, livre de qualquer heresia. Simultaneamente definiam as suas armas e estabeleciam o direito de as usar. O documento desenvolve-se em 75 folhas de pergaminho (2 brancas), cuidadosamente regradas e caligrafadas em letra gótica, sendo a última ocupada por um extenso visto. Nos dois primeiros fólios encontramos três grandes iluminuras de plena página (31x22 cm), com as seguintes representações: no verso do primeiro fólio a Virgem Maria; na frente do segundo fólio, um esquema genealógico com 13 círculos azúis com inscrições a ouro (oxidadas); no verso da mesma folha, o brasão do requerente segurado por um anjo ou arcanjo com espada (S. Miguel?). Na frente da folha seguinte, com duas tarjas vegetalistas laterais, o início do texto, com as primeiras três linhas (mais as linhas 21 e 22) iluminadas a azul, vermelho e ouro. O texto inclui ainda três dezenas de iniciais iluminadas, com uma ou duas linhas, duas grandes letras e sete linhas total ou parcialmente pintadas. Documento bem conservado, integralmente legível, apenas com alguma oxidação na decoração a ouro. Encadernação inteira de veludo carmesim, não contemporânea, com dois fechos de prata. Caixa de protecção em tela bordeaux, prata sem marcas, ao abrigo do Decreto-Lei 120/2017, de 15 de Setembro - art. 2º, nº 2, alínea c)

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ESTELLA, Frei Diego de, O.F.M.- Tratado de la | vida loores y excelencias del glorioso a- | postol y bienauenturado euangelista san | Iuan, el mas amado y querido discipulo | de Christo nuestro saluador: cõpuesto | por el . P. F. Diego de Estella, de la or- | den de los frailes menores: dirigido | a la muy alta y muy poderosa rey- | na de Portugal, y por mãda | do de su alteza agora nue- | uame[n]te impresso...- Lisbona: en la impre[n]ta de German gallarde, [1554].- ccviij, [3, 1 br.] f.; 20 cm.- E.
Fr. Diego de Estella (1524-1578), religioso franciscano, humanista, teólogo e escritor ascético espanhol, natural de Estella (Navarra) fez os seus estudos em Toulouse e Salamanca. Em 1552 chegou a Portugal (onde se demorou dois anos) integrado na comitiva da infanta D. Joana de Áustria, princesa de Portugal por casamento com o infante D. João Manuel (1537-1554), pais do rei D. Sebastião. Primeira edição da sua primeira obra, dedicada à rainha D. Catarina. Título enquadrado por uma gravura xilográfica igual à que foi utilizada na primeira edição de “Os Lusíadas” (1572); no verso da folha de rosto, um outra gravura representando o martírio de São João. No verso da folha cviij (f. CC8) um extenso cólofon terminando com a data da conclusão da obra: Acabouse a nueue del mes de Augusto. Año de mil y quinhientos y cinquentay quatro. No primeiro caderno, quatro folhas (A1, 2, 7 e 8) apresentam restauros na margem superior; aparentemente, o caderno M foi inserido a partir de outro exemplar. De resto, um exemplar limpo, sólido e completo. Ex-líbris da Livraria de J.G. Mazziotti Salema Garção. Encadernação da época, inteira de pergaminho flexível, com falta de três atilhos, mas conservando o papel original das guardas. Anselmo, 651. Palau, 83902. BN (Séc. XVI), 235. Biblioteca de D. Manuel II, 145.

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BRITO, Frei Bernardo de; BRANDÃO, Frei António [e outros].- MONARCHIA | LVSYTANA | ... | PARTE PRIMEIRA | que contem as historias de Portugal desde a cria- | ção do mundo te o nacimento de nosso sñor | IESV CHRISTO | [gravura] | DIRIGIDA AO CATHOLICO REI DÕ PHILIPPE * | II DO NOME REI DE ESPANHA EMPERADOR DO * | NOVO MVNDO.- Alcobaça: Alexandre de Siqueira & António Alvarez, 1597.- [1], 8, [8], 416, [8] f.; 27 cm. Junto com: -----.- GEOGRAPHIA | ANTIGA DE LVSY- | TANIA...- Alcobaça: António Alvarez, 1597.- 8 f.; 27 cm.- E. Junto com: -----.- SEGVNDA | PARTE, | DA MONARCHIA | LVSYTANA...- Lisboa: Pedro Crasbeek, 1609.- [4], 393, [15] f.; 27 cm.- E. Junto com: BRANDÃO, Frei António.- TERCEIRA | PARTE DA | MONARCHIA | LVSITANA. | Que contem a Historia de Portugal desdo Conde | Dom Henrique, até todo o reinado del Rey | Dom Afonso Henriques...- Lisboa: Pedro Crasbeek, 1632.- [6], 300, [20] f.|; 27 cm.- E. Junto com: -----.- QVARTA | PARTE DA | MONARCHIA | LVSITANA. | Que contem a Historia de Portugal desdo tempo | delRey Dom Sancho Primeiro, até todo o | reinado delRey D. Afonso III...- Lisboa: Pedro Crasbeek, 1632.- [6], 286, [22] p.; 27 cm.- E. Junto com: BRANDÃO, Frei Francisco.- QVINTA | PARTE DA | MONARCHIA LVSYTANA. | Que contem a historia dos primeiros 23. annos DelRey D. Dinis...- Lisboa: Paulo Craesbeek, 1650.- [8], 332, [18] f,; 27 cm.- E. Junto com: -----.- SEXTA PARTE | DA | MONARCHIA LVSITANA, | QVE CONTEM A HISTORIA DOS VLTIMOS | vinte & tres annos delRey Dom Dinis...- Lisboa: Ioam da Costa, 1672.- [12], 622, p.; 27 cm.- E. Junto com: JESUS, Frei Rafael de.- MONARQVIA | LVSITANA | PARTE / SETIMA | CONTEM A VIDA DE ELREY DOM AFFONSO | o Quarto por excellencia o Bravo...- Lisboa: Antonio Craesbeeck de Mello, 1683.- [12], 601 p.; 27 cm.- E. Junto com: SANTOS, Frei Manuel.- MONARQVIA | LVSITANA | PARTE VIII. | CONTEM A HISTORIA, E SUCCESSOS | memoraveis do Reino de Portugal no tempo delRey D. Fer- | nando: á eleição delrey D. João I. com outras muitas | noticias de Europa: comprehende do anno de Christo | Senhor nosso 1367. até o de 1385. na era de Cesar | 1405. até o anno de 1423. | 1423...- Lisboa Ocidental: na Officina da Musica, 1727.- [16], 790, [14] p.; 27 cm.- E.
Conjunto completo, pertencendo todos os volumes à primeira edição. São particularmente raros, o primeiro, ainda do século XVI (juntamente com o opúsculo «Geografia antiga de Lvsytania») e o último, que Inocêncio considera o mais difícil de encontrar. O projecto da obra foi concebido por Frei Bernardo de Brito (no século, Baltasar Brito de Andrade) como uma grandiosa história do Portugal, mas o cronista, natural de Almeida (1568-1617), apenas completou os dois primeiros volumes. Frei António Brandão (Marcos Brandão), natural de Alcobaça (1584-1637) foi o autor da segunda e terceira partes, que muitos consideram mais fidedignas. Frei Francisco Brandão era também natural de Alcobaça (1601-1680) e foi o responsável pela quinta e sextas partes. As duas últimas partes foram respectivamente da autoria de Frei Rafael de Jesus (Guimarães, 1614-1693) e Frei Manuel dos Santos (Cantanhede, 1672-1740). O exemplar apresenta algumas imperfeições, que passamos a descrever. Volume primeiro com os dois primeiros fólios restaurados e rosto espelhado; restauro na margem fólio 75, com perda de algum texto (glosas). A Geografia só conserva o primeiro e o último fólios (com sérios restauros, mas conservando todo o texto); todos os restantes seis fólios foram substituídos por fotocópias de qualidade sobre papel avergoado. Volume segundo com o fólio 338 e 343 manuscritos em letra humanista do século XVII, com restauros na margem exterior (e inferior no segundo). Volume quarto com restauros no rosto, onde a tinta de uma assinatura de possuidor corroeu o papel. Volume sexto com cortes de traça restaurados na margem exterior (atingindo por vezes o texto), a partir da p. 489/490. O sétimo volume não apresenta o raro anterrosto alegórico, que, aliás, não é mencionado pela generalidade dos bibliógrafos. Volume oitavo com restauros grosseiros em dois cadernos (P e Q, ou seja, 12 fólios). Exemplar com carimbos da Quinta das Lágrimas em todos os volumes e ocasionais manchas menores. Encadernações inteiras de carneira, recuperadas, com guardas novas. Inocêncio, I, p. 373 e 98; VII, p. 49; VI, p. 102. Samodães, 2115. Ameal, 1549.

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MANUSCRITO.- REGRA do Mosteiro de Santa Marta de Lisboa.- 1 documento.- Século XVII (1626).- 20 f.; 31 cm.- E.
Manuscrito sobre pergaminho. O edifício onde se encontra actualmente o Hospital de Santa Marta foi inicialmente (1569) um asilo para as vítimas da peste, em Lisboa. Em 1577, no reinado de D. Henrique e por iniciativa dos padres de São Roque, passou de recolhimento a mosteiro. Em 1583, D. Jorge de Almeida, arcebispo de Lisboa, autorizou a instituição de um convento de religiosas clarissas da segunda ordem de São Francisco, sob a invocação de Santa Marta, tendo como fundadoras três religiosas vindas do Convento de Santa Clara de Santarém. O documento integra a “Regra do Mosteiro de Santa Marta de Lisboa”, outorgada no terceiro ano do pontificado do papa Urbano VIII (1623-1644), que segue a regra de Santa Clara. Manuscrito constituído por 20 folhas de pergaminho, cuidadosamente regradas e caligrafadas em romano redondo, com imposição de 31 linhas por página. Apresenta a seguinte decoração: na frente da primeira folha, grande inicial O iluminada (112x103 mm), representando a Virgem com o Menino, sendo a página enquadrada por quatro tarjas vegetalistas, em trompe-l'oeil, a inferior contendo dois medalhões com as imagens de São Francisco e Santa Clara; as restantes 19 folhas incluem uma grande cartela no final do texto introdutório (f. 4r.), 22 iniciais iluminadas a azul, vermelho e ouro, sendo 17 de três linhas e cinco de duas, e ainda seis iniciais caligrafadas a vermelho. A regra, propriamente dita, desenvolve-se em 23 capítulos, que regulam exaustivamente a vida das religiosas, destacando-se as seguintes epígrafes: Que as freiras morem continuamente encerradas em o mosteiro; Do habito das freiras; Em que maneira hão de estar as freiras em o dormitorio; Do silencio; Da maneira de falar; Do jejum & abstinencia das freiras; Da freiras enfermas; Do torno & da guarda delle; Do locutorio; Da grade & guarda della; Das pessoas que hão de entrar em o mosteiro; Da Abadessa; etc. Documento excepcionalmente bem conservado, constituído por dois cadernos, cada um com cinco folhas dobradas, revestidos de encadernação singela com cobertura de shantung de seda vermelha; o conjunto acondicionado modernamente (certamente na oficina de mestre Império Graça) em engenhosa caixa/estojo de chagrin vermelho, em forma de encadernação, com elaborada decoração a ouro nos planos e lombada.

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MEJIA, Fernando de.- ¶ Libro intitulado nobiliario perfeta | mente recopylado y ordenado por el on | rrado cauallero Feranto Mexia veyn- | te quatro de Jahen &c.- Seuilla: Pedro Brun [& ] Juã Gentil, [1492].- [96] f.: il.; 28 cm.- E.
Edição original incunabular do primeiro tratado de nobiliarquia e heráldica impresso na Península Ibérica, simultaneamente, o primeiro livro ilustrado impresso em Espanha e o primeiro livro que inclui os nomes dos impressores Pedro Brun e Juan Gentil. A obra, escrita entre 1477 e 1485 por Fernando de Mexia (1424- ca. 1500), insere-se na tradição tratadística inspirada nas obras de Bartolo de Sassoferrato e de Honoré Bonet, ambas do seculo XIV, traduzidas para castelho por Diego de Valera, no século seguinte. O “Nobiliário vero”, como é mais conhecido, divide-se em três partes e um prólogo com a dedicatória a Fernando II de Aragão, o Católico. A primeira parte é uma história universal desde Adão e Eva, com a finalidade de explicar as origens da nobreza; segue-se uma dissertação sobre os fundamentos da obra de Bartolo de Sassoferrato; a terceira parte é um tratado de heráldica, contendo as definições das armas, insígnias, brasões, bandeiras, metais e cores, que são distintivos da nobreza. No final, inclui o seguinte cólofon: Acabouse la presente obra sabado xxx. de junio. año dela incarnacion: de mil y. ccc. xcij. años. En la muy noble y lleal çibdad d[e] seuilla impressa por llos onrrados varones maestros. Pedro brun. Juã gentil. fiel y verdaderamente corregida &c. Edição inteiramente impressa a duas colunas (três na tabla) em caracteres góticos, sendo as folhas 5 e 7 compostas na frente a preto e vermelho. As folhas 93v. a 95 v. incluem 64 pequenas gravuras xilográficas de temática heráldica, representando armas, cotas de armas, insígnias, estandartes, etc. Exemplar tratado (lavado e reencolado), levemente aparado, com prejuízo das ocasionais anotações marginais da época que se apresentam um pouco delidas; conserva, contudo, boas margens. Encadernação recente, inteira de pergaminho rígido. Palau, 167245. Goff, M531. Haebler (Bibliografia), 411. Maria Valentina Mendes (Os incunábulos das bibliotecas portuguesas), 1226. O único exemplar existente em Portugal (BNP, Inc. 173) encontra-se incompleto, com falta de duas folhas (g1 e g8).

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300

LIMIERS, Henri Philippe de.- Annales de la Monarchie Françoise, depuis son etablissement jusques à présent, ou l’on trouve l’origine de cette puissante Monarchie au delà du Rhin, son etablissement dans les Gaules, ses progrés, ses révolutions, sa décadence, son renouvellement, ses alliances, ses guerres, ses conquêtes, sa splendeur sous les rois de la seconde & de la troisiéme race, son agrandissement, ses richesses, sa puissance, son etenduë sous les derniers régnes...- A Amsterdam: Chez l’Honoré & Châtelain, 1724.- 3 partes em 1 vol.: il.; 45 cm.- E.
Edição de grande envergadura, de uma obra dividida em três partes com rostos e paginações independentes. A primeira “contenant les evènemens les plus remarquables arrivez sous les trois races”; a segunda “contenant la succession génealogique des Maisons Royales de France & de Lorraina..”; a terceira “ contenant les medailles authentiquesqui on été frappées, sous les trois races...”. A colação das três partes é a seguinte: premiere partie - [10], 335, [1 br.] p.: 1 portada grav.; seconde partie - [2], 290, [25, 1 br.] p.: 7 gravuras desdobr.; troisieme partie - [1], 127, [1 br.] p.: il. A edição é ilustrada com uma portada alegórica, gravada a talhe-doce, sete árvores genealógicas desdobráveis, na segunda parte, e 63 ilustrações de plena página, representado medalhas, gravadas junto ao texto, na terceira parte. Exemplar com alguma acidez, conservando generosas margens e todas as gravuras bem dobradas. Ex-líbris heráldico de René de Galard-Brassac Béarn. Encadernação da época, inteira de carneira com sinais de uso, conservando as guardas originais em papel marmoreado. Roda nas seixas e corte das folhas dourado.

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DU HALDE, Pe. Jean-Baptiste, S.J.- Description géographique, historique, chronologique, politique, et physique de l’Empire de la Chine...- A Paris: Chez P. G. Lemercier, 1735-1736.- 4 vols.: il.; 42 cm.- E.
O Pe. Du Halde (1674-1743), historiador jesuíta francês, embora nunca tenha viajado para o Oriente, teve acesso a numerosas cartas e relatórios de missionários jesuítas da Missão da China, a partir dos quais produziu a sua obra-mestra que veio a ter enorme repercussão na Europa, contribuindo de modo duradouro para a construção da imagem que os europeus passaram a ter da China e dos chineses. A obra aborda um grande número de assuntos, nomeadamente a geografia, a topografia, a medicina, a religião de Confúcio, a porcelana, as tradições, a agricultura e a cultura da seda, etc. Os numerosos mapas, de grande rigor técnico, são da autoria do cartógrafo francês Jean Bourguignon d'Anville e foram gravados, na sua maioria, por Parmentier. Edição original, constituída por quatro tomos in-fólio, com a seguinte descrição. Tome premier: [4], VIII, LII, III, [1], 592 p.: 16 mapas desdobr. (alias 15, faltando o mapa da segunda província de Kiang Nan, p. 126), VII estampas de 1 p.; Tome second: [4], IV, 725, [1] p.: 10 estampas (7 desdobr., 2 duplas, 1 de 1 p.); Tome troisième: [4], IV, 364, [3, 1 br.] p.: 2 plantas, 3 estampas (aliás 2, faltando a estampa desdobrável entre as págs. 78 e 79, representando os padres jesuítas Matteo Ricci, Adam Scholl, Ferdinand Verbiest e Paul Siu Colao; Tome quatrième: [4], II, 520 p.: 25 mapas (13 duplos e 12 desdobr.). Os quatro volumes apresentam-se muito cansados e com graves imperfeições, nomeadamente: cortes de traça generalizados, sobretudo marginais, por vezes profundos afectando ocasionalmente o texto; as gravuras em geral, limpas e a grande maioria não apresenta cortes, mas algumas estão afectadas pelos cortes de traça, sobretudo marginais (um mapa rasgado e solto); falta de um mapa (no tomo I) e de uma estampa (no tomo III). No tomo III, conserva, contudo, a apreciada estampa dupla que representa o observatório astronómico de Pequim (solta, com cortes de traça marginas). Brunet, II, 870. Sommervogel, IV, 35. Cordier (Sinica), I, p. 45/48. Cox (Travel), I, p. 355.

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RESENDE, André de.- Libri Quatuor | DE ANTIQVITATIBVS LVSITANIÆ | à Lucio Andrea Resendio olim inchoati, & | à Iacobo Menœtio Mascancello | recogniti, atqœ absoluti. | Accessit liber quintus de antiquitate minicipij Eborensis, ab codem | Vasconcello conscriptus, quo etiam autore, secundus | tomus quique atios libros continens, cito, | deo opt max. fauente, | in lucem prodibit. | Permittente regia maiestate, & supremo sacro sanctæ | inquisitionis senatu, cum privilegio | ad decennium.- Eboræ: Excudebat Martinus Burgensis, 1593.- [35], 259 (aliás 261), [1 br.], 46 (aliás 45), [21] p.: il.; 29 cm.- E.
Uma das mais procuradas obras do autor, pioneiro no domínio da arquelogia em Portugal. Inclui numerosas ilustrações representando inscrições epigráficas. Uma vez que a paginação é um pouco confusa, segue-se a colação rigorosa do exemplar: primeiro caderno (da folha de rosto) com quatro fólios (assinatura +); segundo caderno (assinatura A) com oito fólios (começa com a dedicatória de Diogo Mendes de Vasconcelos a Filipe II); terceiro caderno com oito fólios (assinatura B), no qual tem início o texto da obra (fólio B6 v.), curiosamente na página da esquerda (Fol. 1 a Fol. 259, com o verso em branco); seguem-se 15 cadernos de 8 fólios: assinaturas C a R (verso de R8 em branco); 4 cadernos com dois fólios assinados +, ++, +++ e ++++ (verso de ++++2 em branco); três cadernos (assinaturas A, B e C) de oito fólios, paginados de 1 a 46 (aliás 45, por erro na última página numerada), errata (C7 v.) e mais duas páginas em branco; por último o caderno que integra o índice (assinatura §) e é composto por 9 fólios com a última página em branco. Exemplar excepcionalmente limpo e com boas margens. Ex-líbris de António Cupertino de Miranda. Encadernação do século XIX, inteira de carneira pintada, com a lombada lisa, decorada a ouro. BN (Séc. XVI), 791. Samodães, 2761. Biblioteca de D. Manuel II, 469.

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PINTO, Fernão Mendes.- PEREGRINAÇAM | DE | FERNAM MENDEZ | PINTO, E POR ELLE ESCRITA: | QVE CONSTA DE MVITAS, E MVITO | estranhas cousas que vio, & ouvio no Reyno da | China, no de Tartaria, no de Pegú, no de Mar- | tavão, & em outros muitos Reynos, & senho- | rios das partes Orientais, de que nestas nos- | sas do Occidente ha muyto pouca, ou ne- | nhüa noticia.- Em Lisboa: Na Officina de Antonio Craesbeeck de Mello, 1678.- [4], 145 [i. é 445] p.; 29 cm.- E.
Segunda edição portuguesa do famoso livro de viagens, mais rara do que a primeira, dela se conhecendo consideravelmente menos exemplares. Fernão Mendes Pinto (1510/14-1583), célebre viajante e aventureiro, natural de Montemor-o-Velho, em 1537 partiu para a Índia, tendo permanecido no Oriente cerca de 21 anos. A “Peregrinação”, relato fantástico das suas atribuladas aventuras, foi originalmente publicada por iniciativa de Fr. Belchior Faria, 31 anos após a sua morte, a partir do manuscrito original legado pelo autor à Casa Pia dos Penitentes. Exemplar aparado, manchado e manuseado (papel um pouco fragilizado), com alguma acidez e restauros, na maioria marginais, mas que afectam o texto nos cadernos Y, Z e AA, num total de 10 folhas; última folha (do Index), com o verso em branco, fac-similada em papel antigo; ocasionais manchas de tinta. Carimbo da Quinta das Lágrimas nas páginas de rosto e 17. Interessante encadernação da época, inteira de carneira, recuperada, com decoração a seco nos planos, com guardas novas e estojo de protecção. Edição não referida nos principais catálogos consultados, nomeadamente, Samodães, Ameal, Palha, Ávila Perez, etc. Inocêncio, II, p. 288. Leite de Faria, 2 (com pormenorizada descrição). Reiss & Auvermann (Auction 40), 644. Arouca, P 183.

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MANUSCRITOS.- VILLA URRUTIA, D. Wenceslau Ramirez, Marquês de.- Correspndência diplomática e particular.- Séculos XIX e XX (1893 a 1933).- Cerca de 200 documentos.
Wenceslau Ramirez de Villa Urrutia, historiador, diplomata e político espanhol, natural de La Habana (Cuba). Personalidade destacada da vida política e cultural espanhola, foi ministro plenipotenciário em Constantinopla, Atenas, Bruxelas, embaixador em Viena, Londres, Roma e Paris; senador vitalício e ministro de Estado (Alfonso XII, 1905); membro da Real Academia de la História; agraciado em 1913 com o título de Marquês de Villa Urrutia. Conjunto de cerca de 200 documentos, incluindo 164 cartas autógrafas e dactiloescritas, dirigidas a D. Wenceslau, versando assuntos diplomáticos e de estado, sendo algumas, igualmente, de âmbito particular e reservado. Destacamos os documentos emanados das seguintes instituições e personalidades: 1 - El Presidente del Consejo de Ministros (19 cartas); 2 - El Ministro y Subsecretario de Estado (32); 3 - Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lisboa (7); 4 - Secretaria Particular de S.M., de Madrid (8); 5 - Senado (4); 6 - Embajada de Espanha cerca de la Santa Sede (6); 7 - Deputados à Cortes (6); 8 - El Ministro de Gracia y Justicia (6), etc. Outras instituições representadas: Embajada de España en Italia, Brasil e Paris (sobre a visita do rei de España a França, em 1905); Legacíón de España en Washington, San Salvador, Constantinopla, Hendaya, etc. O conjunto inclui ainda numerosas cartas particulares, por vezes de difícil identificação, expedidas de diversos hotéis na Europa, telegramas e alguns rascunhos. Salientamos ainda: conjunto de 16 documentos referentes ao grau de cavaleiro da Ordem de Isabel a Católica, atribuído ao português António de Oliveira Calem; três cartas sobre o acordo de pesca no Rio Minho (1898); etc., etc. Conjunto de inegável interesse para a história diplomática de Espanha, sobretudo para o período que corresponde ao primeiro terço do século XX, acondicionado em duas pastas com ferragens e micas, com a maioria dos documentos identificados e organizados por entidades e personalidades.

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ARTIGOS DAS | sisas nouamente emen | dados per mandado Delrei nosso | senhor. | [gravura xilográfica com as armas do reino] | ¶Foi impresso em a mui nobre & sempre leal cidade de | Lixboa em casa de Manuel Ioam. Anno. M.D.LXVI. [1566].- [2], xxxvij, [1 br.], 7, [1], f.; 26 cm.- E.
Terceira edição, tendo as duas primeiras sido publicadas em 1512 e 1542, ambas em Lisboa. A sisa, imposto indirecto sobre as transacções de mercadorias, chegou a representar mais de três quartos das receitas da Coroa, nomeadamente no reinado de D. João I. Exemplar completo, conferindo exactamente com a colação do exemplar da Biblioteca de D. Manuel II, ou seja, apresentando o “Reportorio dos artigos das sisas” e a errata, no final, ao contrário do exemplar da BNP, onde os mesmos textos se encontram a seguir ao segundo fólio. Assinatura autógrafa de Duarte Nunes de Leão na margem inferior do fólio xxxvij, a seguir à taxas. Rosto com pequenas manchas de tinta; anotações antigas no verso (em branco) do segundo fólio; pequeno corte de traça na margem inferior das primeiras 12 folhas; aparo excessivo (corte carminado), afectando a última linha, reclamo da última folha e alguns títulos correntes. Encadernação recente, inteira de pergaminho, com múltiplas cercaduras e as armas de Portugal, gravadas a ouro em ambos os planos. Anselmo, 716. BN (Séc. XVI), 634. Biblioteca de D. Manuel II, 394.

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SOTTO MAYOR, Frei Luís de, O.P.- CANTICI CANTICORVM | SALOMONIS INTERPRETATIO.- Vlysippone: Apvd Petrvm Crasbeeck, 1599-1601.- 2 vols.: 1 portada gravada; 29 cm.- E.
Fr. Luís de Sotto Mayor (1526-1610), religioso dominicano, natural de Lisboa, ingressou na ordem em 1543 e concluiu os seus estudos na Universidade de Lovaina, na Flandres; notável pregador, dominando o latim e o grego, participou na terceira sessão do Concílio de Trento e foi lente de prima de Sagrada Escritura na Universidade de Coimbra, durante mais de 20 anos. Os seus comentários ao “Cântico dos Cânticos” do rei Salomão, revelam-se como vasto repositório da cultura clássica, humanística, patrística e rabínica, incluindo citações de São Bernardo, Orígenes, São Gregório, São Jerónimo, etc.; entre os clássicos greco-latinos encontramos Homero, Plutarco, Eurípedes, Platão, Aristófanes, Virgílio, Juvenal, Horácio, Ovídio, Cícero e muitos outros. A obra, grande empresa editorial e tipográfica, foi subsidiada pela Universidade de Coimbra e demorou vários anos a ser produzida, devido a dificuldades financeiras. A edição, publicada num único volume, mas aqui encadernada em dois, apresenta a seguinte colação: [6, 2 br.], 64, 1 - 723, [1 br.] p.; 725 a 1319, [1], 152, [3, 1 br.] p.: 1 portada grav. Exemplar levemente aparado e com alguma acidez. Portada alegórica gravada a talhe-doce, aparada, sem prejuízo da imagem, com dois carimbos circulares com as iniciais CVPF, que se repetem na frente da folha AA1 (p. 725); ocasionais manchas ligeiras. Encadernações da época, inteiras de pergaminho flexível, conservando as guardas originais, com falta dos quatro atilhos. Barbosa Machado, III, p. 141/144. Anselmo, 525. Palau, 320535. BN (Séc. XVI), 859. Biblioteca de D. Manuel II, 507. Arouca, S 492.

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PINTO, Fernão Mendes.- THE | VOYAGES | AND | ADVENTURES, | OF | Fernand Mendez Pinto, | A Portugal: During his | TRAVELS | for the space of one and twenty years in | The Kingdoms of Ethiopia, China, Tartaria, Cauchin- | china, Calaminham, Siam, Pegu, Japan, and a | great part of the East-Indies. | With a Relation and Description of most of the Places | thereof; their Religion, Laws, Riches, Customs, and | Government in the time of Peace and War. | Where he five times suffered Shipwrack, was sixteen times sold, | and thirteen times made a Slave...- London: Printed by J. Macock, and are to be sold by Henry Herringman, 1663.- [14], 326 (i. é 318) p.; 30 cm.- E.
Segunda edição em língua inglesa (a primeira é de 1653) do famoso livro de viagens de Fernão Mendes Pinto (1510/14-1583), célebre viajante e aventureiro, natural de Montemor-o-Velho. Fernão Mendes partiu para a Índia em 1537, tendo permanecido no Oriente cerca de 21 anos. A “Peregrinação”, relato fantástico das suas atribuladas aventuras, foi originalmente publicado por iniciativa de Fr. Belchior Faria, 31 anos após a sua morte (1614), a partir do manuscrito original legado pelo autor à Casa Pia dos Penitentes. Erro de paginação a partir da p. 232 (erradamente 240) até ao final. Exemplar levemente manuseado, com acidez, por vezes forte e outras manchas menores; terceiro fólio encadernado antes do segundo. Folha de rosto e últimas três folhas com a margem interior restaurada (reconstruída). Encontra-se, contudo, completo e sólido. Encadernação do século XX, com duplos rectângulos decorados a seco e com embutidos, nos planos, e casas fechadas a ouro na lombada (juntas ligeiramente cansadas). Palau, 163209. Leite de Faria, 40-2. Biblioteca de D. Manuel II, refere apenas a edição de 1653 (962). Cordier (BJ), 40 e (BI), 113. Reiss & Auvermann (Auction 40), 671 (o mesmo exemplar).

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LEÃO, Duarte Nunes de.- [...] CENSVRÆ IN LIBEL- | LVM DE REGVM PORTVGALIÆ | ORIGINE, QVI FRATRIS IOSEPHI | TEIXERÆ NOMINE CIRCVM- | PERTVR. | Item de vera Regum Portugaliæ Ge- | nealogia liber. | AD SERENISSIMVM PRINCIPEM ALBERTVM | ARCHIDVCEM AVSTRIÆ, S.R.E. | CARDINALEM.- Olisipone: Ex officina Antonij Riparij Tipographi Regij. Anno MDLXXXV [1585].- [4], 64 f.; 23 cm. Junto com; -----.- [...] DE VERA REGVM | PORTVGALLIÆ GENEALO- | GIA LIBER. | AD SERENISSIMVM PRINCIPEM ALBERTVM | ARCHIDVCEM AVSTRIÆ, S.R.E. | CARDINALEM.- Oisipone, Anno MDLXXXV.- 50 f.; 23 cm.- E.
Primeira edição de uma obra polémica, publicada em resposta às posições assumidas pelo dominicano Fr. José Teixeira, partidário de D. António, Prior do Crato, que acompanhou até ao fim da vida, no exílio em França, onde disfrutou da admiração e favores de Henrique II e Catarina de Médicis. As últimas 49 folhas incluem, com rosto próprio, mas constituindo uma única unidade tipográfica, a edição original da “Verdadeira genealogia dos reis de Portugal”, que viria a ser publicada em vernáculo (castelhano) cinco anos depois. Ambas as obras são dedicadas ao arquiduque-cardeal Alberto da Áustria. Exemplar apenas aparado à cabeça, conservando amplas margens. Folha de rosto com extensa anotação e mancha repassando para as duas folhas seguintes; cerca de um terço das folhas com anotações antigas nas margens; duas folhas com os cantos superiores externos queimados, sem prejudicar o texto; ocasionais manchas ligeiras na margem superior de algumas folhas; raros cortes menores de traça. Encadernação da época, inteira de pergaminho flexível, conservando as guardas originais. A propósito desta obra, citamos Alberto Navarro, visconde da Trindade (Manuscritos & Livros Valiosos, Telles da Sylva, vol. II, p. 155): “Deste raríssimo livro [...] há exemplares na Nacional, na Torre do Tombo e na Ajuda; em livrarias privadas, parece-me que somente na minha”. Anselmo, 968. Monteverde, 3795. Biblioteca de D. Manuel II, 241 e 243. BN (Séc. XVI), 405.

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