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Sessão única | December 13, 2021  | 399 Lotes

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MANUSCRITO.- REGRA do Mosteiro de Santa Marta de Lisboa.- 1 documento.- Século XVII (1626).- 20 f.; 31 cm.- E. Manuscrito sobre pergaminho. O edifício onde se encontra actualmente o Hospital de Santa Marta foi inicialmente (1569) um asilo para as vítimas da peste, em Lisboa. Em 1577, no reinado de D. Henrique e por iniciativa dos padres de São Roque, passou de recolhimento a mosteiro. Em 1583, D. Jorge de Almeida, arcebispo de Lisboa, autorizou a instituição de um convento de religiosas clarissas da segunda ordem de São Francisco, sob a invocação de Santa Marta, tendo como fundadoras três religiosas vindas do Convento de Santa Clara de Santarém. O documento integra a “Regra do Mosteiro de Santa Marta de Lisboa”, outorgada no terceiro ano do pontificado do papa Urbano VIII (1623-1644), que segue a regra de Santa Clara. Manuscrito constituído por 20 folhas de pergaminho, cuidadosamente regradas e caligrafadas em romano redondo, com imposição de 31 linhas por página. Apresenta a seguinte decoração: na frente da primeira folha, grande inicial O iluminada (112x103 mm), representando a Virgem com o Menino, sendo a página enquadrada por quatro tarjas vegetalistas, em trompe-l'oeil, a inferior contendo dois medalhões com as imagens de São Francisco e Santa Clara; as restantes 19 folhas incluem uma grande cartela no final do texto introdutório (f. 4r.), 22 iniciais iluminadas a azul, vermelho e ouro, sendo 17 de três linhas e cinco de duas, e ainda seis iniciais caligrafadas a vermelho. A regra, propriamente dita, desenvolve-se em 23 capítulos, que regulam exaustivamente a vida das religiosas, destacando-se as seguintes epígrafes: Que as freiras morem continuamente encerradas em o mosteiro; Do habito das freiras; Em que maneira hão de estar as freiras em o dormitorio; Do silencio; Da maneira de falar; Do jejum & abstinencia das freiras; Da freiras enfermas; Do torno & da guarda delle; Do locutorio; Da grade & guarda della; Das pessoas que hão de entrar em o mosteiro; Da Abadessa; etc. Documento excepcionalmente bem conservado, constituído por dois cadernos, cada um com cinco folhas dobradas, revestidos de encadernação singela com cobertura de shantung de seda vermelha; o conjunto acondicionado modernamente (certamente na oficina de mestre Império Graça) em engenhosa caixa/estojo de chagrin vermelho, em forma de encadernação, com elaborada decoração a ouro nos planos e lombada.

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