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315

Description de sept cents dix-neuf plantes, de Geoffroy, 1767
GEOFFROY, François Alexandre.- Description vertus et usages de sept cents dix-neuf plantes, tant étrangeres que de nos climats, et de cent trente-quatre animaux, en sept cents trente planches / gravées en taille-douce sur les desseins d’après nature, de M. de Garsault, par MM. de Fehrt, Prevost, Duflos, Martinet, &c. Et rangées suivant l’ordre du livre intitulé Matière Médicale de M. Geoffroy...- A Paris: Chez P. Fr. Didot, 1767.- 4 vols.: il.; 22 cm.- E. , Edição da iniciativa do gravador François Alexandre Garsault (1693-1778), baseada nos trabalhos de Etinenne François Geoffroy (1672-1731), químico e médico francês, um dos fundadores da moderna Química, disciplina que leccionou no Jardin Royal des plantes médicinales, entre 1712 e 1730. Conjunto constituído pelos seguintes tomos: I - XIV, [2], 85, [1 br.] p.: 118 gravuras; II - p. 89-184: 3 f. gravadas (rosto, avertissement e nota), gravuras 119-292; III - p. [2 anterrosto], p. 185-277, [1 br.]: gravuras 293-466; IV - p. 279-372: 3 f. gravadas (rosto, avertissement e nota), gravuras 467-643. Exemplar com falta ao tomo V, dedicado à Zoologia, que deveria conter: 3 f. gravadas (rosto, avertissement e nota), p. 375-472: gravuras 644-729 e a Tables des planches [20 p.] dos cinco tomos. Aparentemente ainda terá sido posteriormente publicado um raro sexto volume, do qual não temos notícia pormenorizada. Cada um dos tomos I e III apresentam ainda a falta de três folhas gravadas (portada, avertissement e nota). Os tomos II e IV encontram-se completos. Os tomos I e III com s seguintes restauros: I - rosto tipografado com parte da margem esquerda (em branco, ±5x5 cm) reconstruída, certamente para eliminar pertence; III - metade inferior (em branco) do anterrosto reconstruída. De resto, um exemplar apenas com ligeiríssima acidez, conservando as 643 gravuras muito limpas, dos quatro primeiros tomos (de um total de 729). Encadernações da época, inteiras de carneira mosqueada, com casas fechadas a ouro nas lombadas e o corte das folhas carminado e encerado. Nissen (Botanische Buchillustration, 687.

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317

Materia Medicinal, de Dioscórides, 1586
DIOSCORIDES.- PEDACIO DIOS- | CORIDES ANAZARBEO, | ACERCA DE LA MATERIA MEDI- | CINAL, Y DE LOS VENENOS MORTIFEROS, | Traduzido de lengua Griega, en la vulgar Castellana, & illu- | strado con claras y substanciales Annotacionnes, y con las figuras de in- | numerables plantas exquisitas y raras, por el Doctor Andres | de Laguna Medico de Iulio. III. Pont. Max. Añadiose vna TABLA par hallar remedio de todo genero de enferme- | dades, y otras cosas curiosas, nunca antes impressas. | Divo PHILIPPO, Divo CAROLI V. Aug. filio hæredi | Opt. Max. dicatum. | [gravura xilográfica com as armas de Espanha] | CON PRIVILEGIO | En Salamanca:por Cornelio Bonardo | M. D. LXXXVI. [1586].- [26, 2 br.], 616, [26] p.: il.; 27 cm.- E. , Tradução anotada da Matéria medicinal do grego Dioscórides (séc. I), principal texto farmacológico usado na Europa durante mais de dezasseis séculos. Edição profusamente ilustrada com cerca de 640 gravuras xilográficas representando sobretudo plantas medicinais, mas também, animais e um retrato do tradutor e anotador Andres Laguna (1499-1559), célebre médico e botânico, natural de Guadalajara. O exemplar, ligeiramente aparado, com leves manchas de humidade, alguma acidez e sinais de manuseamento, apresenta numerosas linhas riscadas pela censura e alguns sublinhados, cuja tinta provocou acidez localizada. Encontra-se contudo completo e sólido. Encadernação inteira de carneira, da época, ou um pouco posterior, com a lombada cansada e os cantos amassados. Palau 74023

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318

Naturalis historiæ, de Plínio, 1669
PLÍNIO, O VELHO [Gaius Plinius Secundus].- [...] NATURALIS | HISTORIÆ, | Tomus Primus [Secundus & Tertius] | Cum Commentariis & adnotationibus HERMOLAI | BARBARI. PINTIANI, RHENANI, GELENII, | DALECHAMPII, SCALIGERI, SALMASII, | Is VOSSII, & Variorum. | Accedunt præterea varia Lectiones ex MSS. compluribus | ad oram Paginarum accuratæ. | Item Joh. Fr. Gronovii Notarum Liber Singularis | ad Illustrem Virum Johannem Capelanum.- Lugd. Batav. et Roterod.: Ex Officina Hackiana, 1669.- 3 vols.: il.; 20 cm.- E. , Gaius Plinius Secundus (23-79), cientista, naturalista e historiador romano; a História Natural, considerada a sua obra magna, é constituída por 37 livros. Edição muito cuidada, com grande aparato crítico, publicada simultaneamente em Leiden e Roterdão. Cada um dos tomos, com uma portada diferente, gravada a talhe-doce, apresenta a seguinte colação: tomus primus: [8], 838, [132] p.; tomos secundus: 917, [87] p.; tomus tertius: [8], 838, [134] p. Encadernações da época, inteiras de carneira, levemente cansadas, ostentando, em todos os planos, o super-libros heráldico coroado, da Casa e Ducado de Arenberg (1645-1810), linhagem aristocrática com origem na região de Eifel, hoje na Bélgica. Exemplar muito limpo, com o corte das folhas carminado e encerado. Brunet (IV, col. 716): Belle édition et l’une des moins communes de la collection des anciens Variorum.

euro_symbol€ 150 - 225 Base - Estimativa

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320

Dell'unione del Regno di Portogallo, de Conestaggio, 1589
CONESTAGGIO, Girolamo Franchi di.- DELL' VNIONE | DEL REGNO DI | PORTOGALLO | Alla Corona di Castiglia. | ISTORIA | DEL SIG. IERONIMO DE | FRANCHI CONESTAGGIO | GENTILHVOMO GENOVESE.- In Genova: Apresso Girolamo Bartoli, 1589.- [22], 7, 412 p.; 20 cm.- E. , Trata-se, provavelmente, da quarta edição da obra mais importante do diplomata e historiador genovês Jerónimo Conestaggio (†1635), por alguns atribuída a D. João da Silva, 4º conde de Portalegre. Considerada inicialmente pró-espanhola, tal não impediu que fosse proibida na corte de Filipe I (de Portugal). A obra, que foi rapidamente traduzida para o alemão, francês, o latim e o castelhano, com diversas edições até meados do século XVII, foi hoje reabilitada e é considerada um relato objectivo e imparcial dos acontecimentos que levaram à perda da independência de Portugal em 1580. Quanto à autoria, deverá consultar-se o artigo publicado por Giacinto Manuppela, no Boletim Internacional de Bibliografia Luso-Brasileira (Lisboa: F.C.G., 1960. Vol. I, nº 3, p. 352). Erros de foliação nas folhas 133 (127), 134 (154) e 141 (133). Exemplar levemente aparado, com grave falha de suporte (restaurada) na folha de rosto, afectando as últimas três letras da palavra GENOVESE, bem como um pouco da gravura xilográfica e o pertence manuscrito, da época. Alguns cadernos com ligeira acidez, mas, em geral, um exemplar sólido e completo. Encadernação da época, inteira de pergaminho flexível, um pouco manuseada, com guardas novas. Palau, 313372. Duarte de Sousa, 25.

euro_symbol€ 600 - 900 Base - Estimativa

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321

De Gloria Libri V, de D. Jerónimo Osório, 1552
OSÓRIO, Jerónimo.- HIERONYMI | OSORII LVSITANI | DE GLORIA | LIBRI V. | AD IOANNEM TERTIVM | LVSITANVM REGEM. | [gravura xilográfica].- Florentiae: Apud Laurentium Torrentinum, MDLII [1552].- 246 p.; 22 cm.- E. , Segunda edição de um dos mais importantes textos do grande humanista (1506-1580) que viria a ser o último bispo de Silves (1564-1577) e o primeiro da renovada diocese do Algarve, em Faro (1577-1580). A obra, dividida em cinco livros, inicialmente publicada em Coimbra (1549), debate algumas das grandes questões que preocuparam os humanistas na segunda metade do século XVI. O texto veio a alcançar grande sucesso em toda a Europa, tendo sido reimpresso, pelo menos 13 vezes ainda em vida do autor (texto recentemente reeditado, com aparato crítico, por João Nunes Torrão, Lisboa, Colibri, 2006). Exemplar levemente aparado (corte das folhas dourado), mas limpo, particularmente notável por apresentar diversas inscrições e marcas de posse. Na segunda guarda volante, duas inscrição assinadas por António Augusto Teixeira de Vasconcelos (1816-1878): uma de compra, datada de Paris, 1860; outra de oferta a Miguel Osório de Castro Cabral; na guarda volante o ex-líbris de Miguel Osório de Alarcão Albuquerque. Carimbo da Quinta das Lágrimas na página de rosto (repetido na margem externa da p. 17) e o selo branco heráldico do destinatário da oferta; no verso (em branco), uma extensa anotação biográfica em francês, sobre o autor, em letra antiga, possivelmente do século XVII. Encadernação inteira de carneira, provavelmente de prémio escolar do século XVII (Colégio Plessis-Sorbonne, de Paris?), com semée de flores-de-lis nos planos e lombada. Ao centro de ambos os planos, um grande ferro oval vegetalista, com reserva central preenchida com três flores-de-lis. As duas guardas fixas em papel marmoreado deverão ter sido adicionadas no século XIX, faltando as respectivas guardas volantes. Edição não referida nas bibliografias consultadas, incluindo na Biblioteca de D. Manuel II.

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322

Histoire Naturelle des Coralines, de John Ellis, 1756
ELLIS, John.- Essai sur l’histoire naturelle des coralines, et d’autres productions marines du même genre, qu’on trouve communement sur les cotes de la Grande Bretagne de d’Irlande; auquel on a joint une description du grand polype de mer, pris auprès du Pole Arctique, par des pêcheurs de baleine, pendant l’Eté de 1753. / par Jean Ellis, membre de la Societé Royale. Traduit de l’anglois.- A La Haye: Chez Pierre de Hondt, M. DCC. LVI.,[1756].- XVI, 125, [3] p.: XXXIX gravuras; 27 cm.- E. , Primeira e única tradução francesa da obra do naturalista irlandês John Ellis (1710-1776), considerada o mais importante trabalho científico sobre corais publicado no século XVIII (a edição original havia sido publicada em Londres no ano anterior). Ellis, que inicialmente se dedicou ao comércio do linho, veio a especializar-se no estudo dos corais, tendo trocado extensa correspondência com Lineu (Carl von Linné, 1707-1778). Edição ilustrada com um frontispício gravado junto ao rosto e 39 gravuras a talhe-doce, numeradas, das quais quatro são desdobráveis (as gravuras do presente exemplar não são coloridas). Exemplar ligeiramente desconjuntado e aparado, com cortes de traça, por vezes profundos, junto ao festo (perto das margens superior e inferior) e na margem inferior que, no entanto, não afectam o texto nem a área gravada das estampas. Encontra-se, contudo, completo e limpo. Encadernação do século XIX, inteira de carneira, cansada, com o corte das olhas marmoreado. Brunet, II, col. 963. Nissen, BBI, 590.

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323

Herbarium Amboinense, Rumpf, 1741-1755
RUMPF, George Eberhard.- Herbarium Amboinense, plurimas conplectens Arbores, Frutices, Herbas, Plantas terrestres & aquaticas, quae in Amboina, et adjacentibus reperiuntur insulis, [...] Nunc primum in lucem edita, & in Latinum sermonem versa, cura & studio Joannis Burmanni, [...] = Het Amboinisch kruid-boek. Dat is beschryving van de meest bekende Boomer, Heesters, Kruiden, Land-en Water-Planten, die men in Ambiona, en de omleggende eylanden vind, [...] Nagezien en uitgegeven door Joannes Burmannus...- Amstelædami, Hagæ Comitis, Ultrajecti: apud Franciscum Changuion, Petrum Gosse, Stephanum Neaulme [et al.], M. DCC. XLI - M. DCC. LV. [1741-1755].- 6 partes e 1 suplemento em 4 vols.: il.; 40 cm.- E. , Edição monumental póstuma da principal obra do autor (1627-1702), famoso botânico alemão que viveu os últimos 49 anos da sua vida na Indonésia, ao serviço da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais. A obra de Rumpf, que veio a cegar em 1670, constituída por um importante levantamenta da flora do arquipélago das Molucas (sobretudo da ilha de Amboina, onde o autor viveu), apenas viria a ser publicada 39 anos depois a sua morte, por iniciativa do botânico holandês Joannes Burman (1707-1780). A edição, bilingue em latim e neerlandês, consta de seis partes e um suplemento em formato in-fólio, cada uma com duas páginas de rosto, contendo 696 gravuras a talhe-doce (+ 3 com numeração em duplicado), representando sobretudo plantas, para além de um frontispício alegórico, um retrato do autor e outro de Burman. Estas três gravuras, juntamente com o rosto tipografado em latim, estão em falta na primeira parte do presente exemplar. Folhas de texto por vezes com alguma acidez; pelo contrário, as gravuras, impressas em papel de maior gramagem, apresentam-se em geral limpas, com excepção das 30 do suplemento que apresentam leves manchas de maré na margem exterior. Gravura dupla da primeira parte (LI/L) com pequeno restauro e perda de suporte na dobra central. Ex-líbris do Marquês de Angeja nos quatro volumes. Encadernações da época, inteiras de carneira, cansadas e esfoladas. Conjunto completo de texto, incluindo todas as 699 gravuras descritivas.

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Compromisso da Irmandade das Almas do Purgatório Vila de Palmela, 1604-1605
MANUSCRITO.- PALMELA, Vila de.- Compromisso da Irmandade das Almas do Purgatório da Vila de Palmela.- Século XVII (1604-1605).- 14 f.; 22 cm.- E. , Manuscrito sobre pergaminho, cuidadosamente caligrafado a vermelho, com rosto iluminado e 11 iniciais capitulares decoradas. Apresenta a seguinte organização interna: 1 - Título aguarelado, inscrito em oval inserido em cartela renacentista, com motivos vegetalistas, ostentando ao alto, a Cruz de Santiago sobre a tradicional vieira: Compremisso [sic] | da Irmandade das | Almas do Purgato | rio. | Da Villa de | Palmella. 1604 (p. 1); 2 - Visto de exame do corregedor e ouvidor da comarca José Pedro Bayma de Barros, datado de Setúbal, 28 de Março de 1774 (p. 2); 3 - Título desenvolvido, seguido de Prohemio (p. 3, 4 e 5, p. 6 em branco); 4 - Capítulo I: Da esmola espiritual... (p. 7); 5 - Capítulo II: Das missas das segundas-feiras... (p. 8); 6 - Capítulo III: Das missas do mez... (p. 9 e 10); 7 - Capítulo IIII: Dos suffragios... (p. 11 e 12); 8 - Capítulo V: Das vestes... (p. 13 e 14); 9 - Capítulo VI: Do tempo que serão obrigados a se confessar... (p. 15 e 16); 10 - Capítulo VII: De como se hão de receber os Irmãos... (p. 17 e 18); 10 - Capítulo VIII: Do dia em que se fará a elleição... (p. 19 a 23); 11 - Capítulo IX: De como se receberão os Confrades... (p. 24); 12 - Capítulo X: Provisão (transcreve a provisão régia de Filipe III na qualidade de governador e perpétuo administrador do mestrado e cavalaria da Ordem de Santiago); inclui o termo de encerramento (Manoel de Paiva Cardozo o fez em Lixª., a 21 de Janeiro de 1605) e um visto pelos visitadores da Ordem de Palmella, a 28 de Março de 1605; no final, em três linhas muito delidas, um outro visto em acto de visita, pelo visitator da Ordem Ferraz (p. 25 e 26). A devoção das almas do Purgatório é muita antiga e integra-se no culto dos defuntos, transversal a todas as culturas e sociedades. Mas foi sobretudo a partir da Contra-Reforma e do Concílio de Trento que a Igreja Católica impulsionou a sua prática, sendo as irmandades das almas, que a partir de então proliferaram entre nós, a sua expressão associativa e solidária, enquanto que as alminhas representam a correspondente vertente artística mais popular. Texto inteiramente caligrafado a vermelho, por vezes um pouco delido, ornamentado com 11 capitulares decoradas a aguarela e gouache(?). Todas as páginas, a partir da segunda folha, envoltas em esquadria de cinco linhas paralelas a vermelho. O Proémio e oito capitulos apresentam remates com elegantes vinhetas caligrafadas a vermelho (todas diferentes). O documento foi recentemente objecto de restauro profissional profundo e integral, tendo sido possível conservar parte da cobertura da encadernação, em seda verde, bem como os dois fechos metálicos (originais?).

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