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MANUSCRITO.- ANDRADE, Bernardim Freire de (Tenente-General).- Cópia do processo.- Século XIX (1809-1810).- 1 vol. (cerca de 800 p.); 31 cm.- E.
Bernardim Freire de Andrade (1759-1809), oficial general do Exército Português, natural de Lisboa, assassinado durante a Guerra Peninsular. Cópia autêntica, a pedido de José Gomes Freire de Andrade (Principal Freire que viria a ser presidente da Junta Provisional), extraída do processo do Conselho de Guerra em que foi sentenciado e reabilitado seu irmão, o tenente-general Bernardim Freire de Andrade “atroz e barbaramente assassinado no dia 17 de Março de 1809, para ser prezentada a Vª. A. R. [o Príncipe Regente], cujo Regio conceito importa tanto à memória do defunto general e à honra da consternada família e outro sim outra cópia igual para ser guardada no Cartório da sua caza”. O requerimento foi objecto de despacho datado de 28 de Janeiro de 1810. A sentença determinou que a conduta militar do tenente general, foi, não só irrepreensível, mas digna de muito louvor. Volume com mais de 800 páginas, manuscrito provavelmente de uma só mão. No final, um termo de encerramento datado de Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, 12 de Março de 1810. Assinatura autógrafa: Gregório Gomes da Silva. Documento com acidez muito ligeira, inteiramente legível. Encadernação da época, modesta, com a lombada em carneira, sem qualquer rótulo, com sinais de trabalho de traça.

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[MONTANUS, Arnoldus].- AMBASSADES | MÉMORABLES | De la Compagnie des Indes Orientales | DES | PROVINCES UNIES, | Vers les | EMPREURS | DU | JAPON. | Contenant | Plusieurs choses remarquables arrivées | pendant le voyage des Ambassadeurs; | Et deplus, la Description | Des Villes, Bourgs, Châteaux, Forteresses, Temples & | autres bâtimens: Des animaux, des Plantes, Montagnes, Rivieréres, Fon- | teines; Des moeurs, coutumes, Religions & habillemens des Japo- | nois: Comme aussi leurs exploits de guerre, & les révolutions | tant anciennes que modernes que ces peuples ont essuyées...- A Amsterdam: Chés Jacob de Meurs, Marchand Libraire. M. DC. LXXX. [1680].- [8], 227, [9], 146, [6] p.: il., 1 mapa desdobr., 14 [i. e. 13], 11 [i. e. 12] gravuras desdobr.; 34 cm.- E.
Primeira tradução francesa desta importante descrição do Japão, publicada sem o nome do autor, Arnoldus Montanus (ca. 1625-1683), teólogo, escritor, historiador e professor, natural de Amesterdão (Montanus é a forma latinizada do apelido van den Berg ou van Bergen). A obra, composta por duas partes com paginação independente, consiste numa recolha de escritos de missionários jesuítas, publicados entre 1649 e 1661 para a Companhia das Índias Orientais, destacando-se pela sua rica iconografia. A edição é ilustrada com um frontispício alegórico gravado, um grande mapa desdobrável (Route d’Osaca à Iedo), 4 gravuras desdobráveis e 21 gravuras duplas; inclui ainda 70 ilustrações a talhe-doce (±135x170 mm), junto do texto. Exemplar aparentemente tratado e lavado, com falta da última gravura da primeira parte: “Le Temple de Dayro” (p. 222/223 ou 224/225); a segunda parte inclui uma gravura não registada no índice: “Grand temple proche de Saccai” (p. 92/93). Extenso pertence na guarda volante: “Ce livre appartient à Jean-Baptiste Cavernier Aubergiste Ala(?) Petit Allonville Grande Route Domaine à Albert... Le 18 février 1834, Cavernier”. Encadernação do século XIX(?), reconstruída, com a lombada em pergaminho (?) e guardas novas. Cordier (Japonica), 385.

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MANUSCRITO.- [UTRECHT, PAZ DE].- Memorias da Paz de Utrecht offerecidas a ElRey Nosso Senhor por Dom Luis da Cunha seu Embaixador extraordinario e Plenipotenciario de Portugal no Congresso da ditta Paz. Anno de 1715.- Século XVIII.- 2 vols.; 31 cm.- E.
O Tratado de Utrecht (ou Paz de Utrecht), firmado nos Países Baixos entre 1713 e 1715, pôs fim à Guerra da Sucessão de Espanha que opôs, por um lado, a França e, por outro, a Grande Aliança, constituída pela Grã-Bretanha, a Holanda, a Prússia, Portugal e a Casa de Sabóia. Portugal foi representado por D. João Gomes da Silva (4º conde de Tarouca, 1671-1738) e D. Luís da Cunha (1662-1749), figura maior do reinado de D. João V, diplomata (embaixador em Londres), arcediago da Sé de Évora, académico e desembargador do Paço. Manuscrito de uma só mão, não datado, mas seguramente elaborado por volta de 1720-1730, composto por dois volumes, com um total de mais de 2.000 páginas. Estes mesmos volumes figuraram na “Exposição Lisboa Joanina”, realizada em Outubro de 1950, no Palácio Galveias, em Lisboa, onde consta no respectivo catálogo sob o nº 259. Na Biblioteca Nacional existe uma outra cópia, com o mesmo título, mas não idêntica e com menor extensão (cota PBA. 449). Não é conhecido o paradeiro do exemplar oferecido a D. João V. Os dois volumes, cuidadosamente caligrafados, muito limpos e com boas margens. Proveniência: segundo um apontamento a lápis na guarda volante, o manuscrito foi adquirido pelo Eng. Salema Garção na Livraria do Conde de Pinhel, que por sua vez, o tinha adquirido a João Campos Henriques; ex-libris e selo branco da Livraria de J. G. Mazziotti Salema Garção. Encadernações da época, inteiras de carneira, cansadas e com trabalho de traça nas lombadas

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CALADO DO SALVADOR, Frei Manuel, O.S.P.- O | VALEROSO | LVCIDENO | E | TRIVMPHO | DA | LIBERDADE. | PRIMEIRA PARTE...- Em Lisboa: Por Paulo Craesbeeck, 1648.- [16], 356 p.; 28 cm.- E.
Fr. Manuel Calado († 1654), natural de Vila Viçosa, eremita descalço do Convento da Serra de Ossa, viveu durante 30 anos no Brasil. Única parte publicada de uma obra que relata a restauração de Pernambuco e a expulsão dos holandeses do Brasil. A edição foi inicialmente suprimida e impedida a sua venda, pese embora tivesse todas as licenças. Vinte anos mais tarde a proibição foi levantada e a obra voltou a correr, tendo sido substituída a folha de rosto que passou a ter data de 1668. No entanto, a obra esteve registada no Index de 1655 até ao final do século XIX. Exemplar com ligeiras manchas e leve manuseamento, sobretudo nas folhas preliminares (a última restaurada); folha de rosto espelhada e manuseada, com pequenos retoques à mão, no pé de imprensa. Encadernação da época, inteira de carneira, com pequeno dano no plano superior e sinais de trabalho de traça. Ex-libris d’Almeida e Brito. Proveniência: Leilão nº 50, de Pedro de Azevedo (Maio de 2006), lote nº 81, Biblioteca de Bernardino Ribeiro de Carvalho (pequena etiqueta da biblioteca na contracapa). Inocêncio, V, p. 384 e XVI, p. 146. Samodães, 518. Borba de Moraes, p. 142/143 (of the Portuguese books about Brazil published in the eighteenth century, this is the most difficult to find). Arouca, 25.

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LANDMANN, George Thomas.- Historical, military and picturesque observations on Portugal, illustrated by seventy-five coloured plates, including authentic plans of the sieges and battles fought in the Peninsula during the late war.- London: T. Cadell and W. Davies, 1818.- 2 vols.: il.; 37 cm.- E.
O autor (1779-1854) foi engenheiro e tenente-coronel do Exército Britânico, com igual patente militar no Corpo de Engenharia de Espanha. No primeiro volume pretende-se dar uma panorâmica da história de Portugal, enquanto que no segundo se procura fornecer vasto leque de informações locais que possam ser úteis a fins militares, bem como a viajantes e outros leitores. A obra pode ser considerada como uma das empresas tipográficas de maior envergadura, no seu estilo. O primeiro volume ([12], XIV, 607 p.) é ilustrado com 4 águas-tintas coloridas à mão representando outros tantos graus de tortura da Inquisição, 2 gravuras numismáticas e 14 mapas e plantas, aguarelados, de cidades e movimentos de tropas. O segundo volume ([4], XII, [2], 293. [3 br.], 203, [1 br.], 132 p.) apresenta mais 55 águas-tintas coloridas representando vistas de localidades portuguesas. O segundo volume inclui ainda uma gravura dupla, de Alcácer do Sal, não registada no índice mas referida por Tooley com o nº 25. Exemplar completo e muito limpo, apenas aparado à cabeça (corte dourado). Meias-encadernações de marroquim, da época. Tooley, nº 291 (The most beautiful illustrated book on Portugal of the period). Duarte de Sousa, II, p. 398.

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MANUEL I, D. (Rei de Portugal).- EPISTOLA | Potentissimi ac inuictissimi Ema | nuelis Regis portugaliæ & Algarbiorum, | &c. De Victoriis habitis in India | & Malacha. Ad . S . in Christo Patrem & | Dñm nostrum Dñm Leonem . X. | Pont. Maximum. | [gravura xilográfica com as armas de Portugal].- Romæ: impressa per Iacobum Mazochium, [9 de Agosto do] 1513.- [6] f.; 21 cm.- E.
Raríssima edição original de uma importante carta dirigida pelo rei D. Manuel I ao papa Leão X anunciando orgulhosamente os recentes sucessos de Afonso de Albuquerque (1453-1515) na India e nas Indias Orientais, com especial destaque para a conquista de Malaca, em 1511. O pequeno folheto, consiste num único caderno com seis folhas (assinaturas A1-6), com 11 páginas impressas (a última em branco) e o seguinte cólofon no final: Romæ impressa per Iacobum Mazochium .9. Augusti. Desta mesma epístola, foi publicada uma segunda edição em Viena de Áustria, a 16 de Setembro (apenas 36 dias após a primeira), pelos impressores Hieronymus Vietor & Johannes Singriener. O exemplar, ligeiramente aparado, mas muito limpo, apresenta uma pequena falha central no rosto, reparada no verso, sem perda de suporte; a mesma falha, com menor extensão, repete-se na folha seguinte. Encadernação inteira de marroquim azul, provavelmente do século XX, assinada: Bound by Zaehnsdorf. London. England. (oficina activa entre 1842 e 1947). Planos com triplo filete em esquadria e as armar manuelinas, ao centro, gravadas a ouro; ponteado a ouro na espessura das pastas e corte das folhas dourado. A pasta posterior apresenta uma bolsa, possivelmente para acondicionar um documento, mas encontra-se vazia. Não temos conhecimento da existência de qualquer exemplar em bibliotecas portuguesas do continente (públicas ou privadas), tendo apenas encontrado dois exemplares da mesma edição na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada (cotas: Cofre 110 RES e JC/A AR.2 A/390 RES), o segundo dos quais pertence à Colecção José do Canto. Library of Congress (para o único exemplar referenciado fora de Portugal), DP605. M357 1513.

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POZZO, Pe. Andrea, S.J.- Prospettiva de pittori e architetti. / d'Andrea Pozzo della Compagnia di Giesú: parte prime [e parte seconda] In cui s'insegna il modo più sbrigato di mettere in prospettiva tutti i disegni d'Architettura = Perspectiva pictorum, et architectorum / Andreæ Putei e Societate Jesu.- Roma: Nella Stamperia di Gio: Giacomo Komarek Boëmo, 1693-1700.- 2 vols.: il.; 42 cm.- E.
Primeira edição deste tratado, obra monumental do célebre pintor e arquitecto jesuita italiano, natural de Trento, que viveu entre 1642 e 1709. A colação dos dois volumes (ou partes) é a seguinte. Pars prima: [6 f.], [100, 6, 1 br.] p.: 1 portada gravada, 1 gravura (verso f. prel. [5]), 100 gravuras; parte seconda: [8] f., [130, 1 br.] p.; 1 portada gravada, 1 gravura, [119] gravuras. Os dois volumes, com páginas de rosto e texto em italiano, latim e alemão, são ilustrados com um total de 224 gravuras (aliás 223), sendo duas portadas, duas gravuras alegóricas, uma com as cinco ordens, outra sobre a pintura a fresco, no final do segundo volume e 218 gravuras de arquitectura, todas numeradas. No primeiro volume falta a gravura com o nº 71 que deveria conter, no verso, o texto da gravura nº 72. No segundo volume não estão presentes as descrições das gravuras nº 112 e 113, mas não há qualquer hiato na sequência das gravuras. Ex-libris e selo branco da livraria Salema Garção. Algumas manchas e manuseamento. Encadernações da época, inteiras de pergaminho rígido, muito cansadas, mas recuperáveis. Proveniência: Leilão nº 35 de Silva’s/Pedro de Azevedo (Março de 2000), lote nº 720.

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MARULIC, Marco.- LIVRO IN | SIGNE DAS FLORES E PER | FEICOES DAS VIDAS DOS | GLORIOSOS SANCTOS DO VELHO E NO | vo testamento, te quasi nossos tempos, ordenado per as | illustri- | simas virtudes Christãs. Pera mostra da gloria de nosso | Senhor ë seus sanctos E pera grande consolaçã[o e] | doctrina de todos os Christão[s] | Per marcos Marulo Spalaten[ce de Dal] | macia, Nouamente traduzi[do em lin-] | goagem, per F. Marcos de Lisb[oa frade] | menor, por o grande fruito, que | sara ë todas as almas q o lerë.- Em Lisboa: Em casa de Frãcisco Correa, 1579.- [6], 295 [i. e. 285] f.; 26 cm.- E.
Rara tradução de uma das obras mais conhecidas de um erudito natural de Spalato (1450-1524), na Dalmácia (hoje Split, na Croácia), que viveu os últimos anos da sua vida em isolamento para se dedicar ao estudo da Teologia. Trata-se igualmente de uma importante espécie quinhentista portuguesa, com interessante arranjo xilo-tipográfico do rosto, da qual existem duas variantes (ver BN, 495/496). O presente exemplar parece ser, no entanto, um misto de ambas, já que apresenta a última folha numerada 295 e um único caderno. Exemplar um pouco aparado e manuseado; pertence riscado antigo e pequena mancha de tinta na página de rosto; última folha com restauro grosseiro no verso, afectando ligeiramente o texto (no recto) e diversas inscrições e rabiscos no verso. Encadernação do século XVII(?), inteira de carneira, com alguns danos na lombada, mas recuperável. Anselmo, 513. Samodães, 1792. Biblioteca Nacional (Século XVI), 495/496. Biblioteca de D. Manuel II, 165.

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POPE, Alexander.- Ensaio sobre o homem / traduzido verso por verso por Francisco Bento Maria Targini, barão de Saõ Lourenço...- Londres: Na Officina Typographica, de C. Whittingham, 1819.- 3 vols.: il.; 35 cm.- E.
Edição de excelente qualidade gráfica, dedicada a D. João VI, ilustrada com dois retratos (do autor e do tradutor) e quatro gravuras a talhe-doce, uma no início de cada uma das quatro epístolas de que se compõe o poema. Francisco Bento (1756-1827), 2º barão e único visconde de S. Lourenço, nasceu em Lisboa, filho de pai italiano; acérrimo defensor do poder absoluto, chegou ao Brasil em 1783; em 1821 acompanhou a família real na viagem de regresso a Portugal, não tendo sido autorizado a desembarcar, pelo que seguiu para o exílio em Paris, onde viveu até ao fim dos seus dias. A colação dos três tomos é a seguinte: I - XXIV, 380 p.: 2 retratos; 2 grav.; II - [4], 232 p.: 1 grav.; III - [4], 331, [1 br.] p.: 1 grav. As gravuras são as mesmas que serviram para a edição inglesa, com a mesma data. Gravuras com ligeira acidez; texto limpo. Proveniência: ex-libris da Livraria de J. G. Maziotti Salema Garção (lote nº 2307 do 1º catálogo do leilão, em Novembro de 1980). Encadernações da época, inteiras de veludo púrpura, apresentando ao centro de ambos os planos as armas de Portugal (sobre esfera armilar), gravadas a ouro e o corte das folhas dourado; guardas novas em papel marmoreado; tomo II com plano superior um pouco descolorido. Inocêncio, II, p. 352.

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LA FONTAINE, Jean de.- Fables choisies, mises en vers.- Nouvelle edition gravée en taille douce, les figures par le Sr. Fessard. Le texte par le Sr. Montulay.- A Paris: Chez l’Auteur, graveur ordinaire du Cabinet du Roy. M. DCC. LXV. - M. DCC. LXXV. [1765-1775].- 6 vols.: il.; 22 cm.- E.
Obra-prima da elegância e requinte, inteiramente gravada a talhe-doce, foram precisos mais de 10 anos para que o editor conseguisse completar a edição. O próprio Etienne Fessard (1714-1777) se encarregou de abrir em chapa de cobre as 238 composições em verso (em 724 páginas), enquanto que as 243 figuras, 243 vinhetas e 229 “culs-de-lampe”, são da autoria do gravador François Montulay. Exemplar muito limpo, da primeira e mais apreciada tiragem, conservando todas as provas (texto e ilustrações) muito frescas. Boas encadernações, inteiras de marroquim “vieux rouge”, não assinadas, mas provavelmente de feitura francesa no início do século XX(?); pasta superior do primeiro volume solta; triplos filetes e “dents-de-rat” nos planos, casas fechadas a ouro com florões nos entrenervos das lombadas; roda nas seixas e espessura das pastas; corte das folhas impecavelmente dourado. Desta edição, disse Gordon Ray (The art of the French illustrated book. New York, 1982), que tem lugar entre os cem mais belos livros ilustrados franceses nos séculos XVIII e XIX. Cohen-De Ricci (Livres à gravures), 551., capa superior do Tomo I solta

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CRASSET, Pe. Jean, S.J.- Historia da Igreja do Japaõ, em que se dá noticia da primeira entrada da Fé naquelle Imperio, dos costumes daquella Naçaõ, gentes, suas terras, e couzas muito curiosas, e raras, para os Eruditos estimaveis, e para todos gratas. / escreveo-a em francez o P. Joaõ Crasset da Companhia de Jesus. [...] vertida em portuguez por D. Maria Antonia de S. Boaventura e Menezes.- Lisboa: Na Officina de Manoel da Sylva, 1749-1755.- 3 vols.: il.; 20 cm.- E.
O jesuíta Jean Crasset (1618-1692), teólogo e escritor ascético francês, natural de Dieppe, publicou a sua “Histoire de l’Église du Japon” em Paris, em 1689; embora fosse considerada polémica, a obra foi logo traduzida e teve três edições ainda na primeira metade do século XVIII, para além da portuguesa. A colação dos três tomos é a seguinte: I - [40], 642 p.: 1 mapa desdobr., 4 gravuras desdobr.; II - [12], 560 p.; III - [4], 643, [1 br.] p.: 1 gravura desdobr. O terceiro tomo foi impresso na Oficina de Miguel Soares. Primeira e única tradução portuguesa da responsabilidade de D. Maria Antonia de S. Boaventura e Menezes (fl. 1750), ilustrada com um mapa desdobrável do Japão e quatro gravuras desdobráveis no primeiro tomo, uma outra (martírio de missionários) no terceiro, em fac-símile no presente exemplar, o segundo tomo não inclui qualquer gravura. O mapa e as gravuras são da autoria de Michel Le Bouteux (Ernesto Soares, pág. 136 e seg.). Exemplar um pouco aparado, com algumas manchas de humidade (de maré) nas primeiras folhas dos três tomos, mas em geral limpo. Encadernações do século XIX, cm as lombadas em marroquim (a do primeiro tomo quase solta do miolo). Inocêncio, VI, p. 135. Sommervogel, II, 1642. Cordier (Japonica) col. 401/402.

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MANUSCRITOS.- LISBOA (Quinta das Picoas).- Séculos XVI e XVII (1590-1690).- 10 documentos notariais principais; 31 cm.- E.
O índice inicial regista os seguintes documentos principais: 1 - Escriptura de compra, em 1597, por João de Consciência, a Simão da Fon[se]ca Coitinho, da Quinta das Picoas (c/ título de propriedade e certidão de medição, com os respectivos traslados e requerimentos); 2 - Escriptura de aforamento feita por D. Luiza Begot, e seu f[ilh]0 Simão Falcão do prazo da Graça feita em 1606; 3 - Escritura de compra de Luiz Falcão, a Luiz de Vasconcellos seu irmão e irmãs, da Quinta junto das Picoas a honde hoje há eira (c/ escritura de compra de um foro, em 1590 e carta de partilhas); 4 - Escritura de novo emprazamento feita pelo Prior de Santa Marinha a Luiz Falcão em 1624 de uma terra de pão e vinho nas Picoas (c/ emprazamento antigo e provisão); 5 - Escritura de compra feita pelo Conigo João Falcão em 1658, do prazo de Santa Cruz do Castello... (c/ escritura de emprazamento e provisão de amortização); 6 - Escritura de emprazamento a Igreja de S. Cristóvão feito em 1635 de huma terra as Picoas... (c/ título de amortização de 1764); 7 - [Escritura de] Compra de hum foro q. pagava Antonio Lobo por huma terra às Picoas... (c/ escritura de emprazamento); 8 - Carta de arrematação de huma terra as Picoas , foreira a Sra. D. Anna de Castro...; 9 - Escritura de compra feita por Luiz Falcão a Luiz de Vasconcellos de huma terra com oliveiras nas Picoas... (c/ títulos antigos pertencentes a esta terra); 10 - Escrituras de emprazamento e títulos por onde António da Costa pessuhia as terras q. vendeu em 1674 a Luiz Falcão... Cada um destes 10 documentos é acompanhado por um número variável de documentos apensos (entre 8 e 20?), referentes ao documento principal, sendo a maioria notariais e respectivos traslados). Alguns documentos com acidez e outras imperfeições, mas em geral, inteiramente legíveis. O conjunto revestido de sólida encadernação inteira de carneira (muito cansada), da época, com dois rótulos: Maço. VII. Vol. XIV.; Lisboa Quinta das Picoas.

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ENCADERNAÇÃO DE APARATO.- SABUGOSA, Conde de.- O Paço de Cintra: apontamentos históricos e archeológicos / desenhos de Sua Majestade a Rainha a Senhora Dona Amélia; colaboração artística de E. Casanova e R. Lino.- Lisboa: Imprensa Nacional, 1903.- XII, 274 p.: il., 2 plantas desdobr., 5 estampas color.; 32 cm.- E.
Luxuosa encadernação em filigrana de prata e caramujos cravejada com ágatas em talhe cabochon e duas espinelas sintéticas em talhe oval, globo em ágata, apresentando na primeira contracapa, a inscrição, estampada a ouro: Leitão & Irmão - Joalheiros da Coroa - Lisboa. Trata-se, certamente, de uma oferta dos prestigiados ourives e joalheiros de Lisboa, aos nubentes, por ocasião do casamento do rei D. Manuel II, com a princesa D. Augusta Victória de Hohenzollern-Sigmaringen, celebrado a 13 de Setembro de 1913. A encadernação subjacente é de pergaminho rígido, sobre a qual foi aplicada uma complexa montagem de filigrana de prata com grandes tarjas em bordadura, compostas por 20 módulos quadrangulares (45x45mm), com intrincados motivos vegetalistas e brochos relevados nos cantos de ambos os planos. Na reserva central do plano superior, uma representação estilizada das chaminés do Palácio de Sintra ao lado de um vaso com flores (tarja inferior com duas pedras facetadas); em baixo, o título da obra e os brasões associados das Casas de Hohenzollern e de Bragança, apoiados lateralmente em serpes aladas. Envolvendo a reserva central, uma tarja com 20 pedras-da-lua em cabochons. Ao centro da margem inferior, um esferas armilar de vidro (nos dois planos). Reserva central do plano posterior, não preenchida. Guardas em seda moirée, com indicação, na contracapa superior, de que a encadernação foi restaurada em 1998 pela empresa Invicta Livro, do Porto. O exemplar de “O Paço de Cintra” pertence à tiragem normal e conserva apenas a capa e brochura superior (sem badanas). O volume acondicionado em caixa, revestida a veludo azul e forrada a seda da mesma cor, com fechadura (com falta da chave). Proveniência: Catálogo do leilão “...Property from the collections of King Manuel II of Portugal”, Sotheby’s Geneva, 16 de Maio de 1991, lote nº 490., uma placa de filigrana do verso solta, prata com marca comercial de Leitão & Irmão, restauros de 1998 pelo ourives Artur Augusto Correia Martins & filho, sem marcas ao abrigo do Decreto-Lei nº 120/2017, de 15 de Setembro - art. 2º, nº 2, alínea c)

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[L'EVEQUE, Henry].- Campaigns of the British Army in Portugal, under the command of General The Earl of Wellington.- London: Published by W. Bulmer & Co., and published (for the proprietor) by Messrs. Colnaghi and Co., 1812.- [8], 18 p.: 1 retrato, [1], 17 gravuras; 57 cm.- E.
Henry l’Évêque (1769-1832), pintor, miniaturista, aguarelista e sobretudo gravador, natural de Genebra, fez parte de um grupo de artistas que, na sequência da Revolução Francesa, deambularam pela Europa acompanhando os exércitos em campanha, registando para a posteridade as mais célebres batalhas das guerras napoleónicas. Exemplar completo, constituído por uma folha de rosto, um retrato de Wellington junto ao rosto (Field Marshal Arthur Duke of Wellington..., com a subscrição: Painted and engraved by H. L’evêque — Pubd. 1815 for the proprietors by Messrs. Colnaghi & Co. ), duas folhas preliminares (dedicatória do autor a Wellington e lista de subscritores), uma folha com a descrição da partida do Príncipe Regente para o Brasil, em 1807, e respectiva gravura (com a letra B), 18 páginas de texto (numeradas) com as descrições das 17 gravuras que se encontram no final do volume. As 17 gravuras a talhe-doce (numeradas de 1 a 17), de grande formato (41x57 cm), representam cenas de batalhas e movimentos de tropas durante as Guerra Peninsular. Estampas com ligeiras manchas de acidez, quase sempre confinadas às margens; retrato com leve manuseamento. Encadernação recente (com estojo de protecção), inteira de chagrin vermelho (assinada Império Graça), com cercaduras a ouro nos planos, casas fechadas a ouro na lombada lisa, duplo filete na espessura das pastas (filets de coupe) e roda nas seixas. Duarte de Sousa, 139.

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LA PÉROUSE, Jean-François de Galaup, Comte de.- Voyage de La Pérouse autour du monde, publié conformément au décret du 22 Avril 1791, / et rédigé par M. L. A. Milet-Mureau...- A Paris: de l’Imprimerie de la République an V. 1797.- 4 vols.: il.; 28 cm. + 1 vol. de atlas.- E.
Jean-François de Galaup, comte de La Pérouse (1741-1788), oficial da Armada Francesa, natural de Albi, foi escolhido por Luís XVI para comandar a célebre expedição à volta do mundo, cujo objectivo era completar as descobertas do capitão James Cook no Oceano Pacífico. A expedição, composta por 220 homens e pelas fragatas La Boussole e L’Astrolabe, partiu de Brest a 1 de Agosto de 1785 mas, na sequência de uma tempestade ao largo das ilhas de Vanikoro (ilhas de Santa Cruz, arquipélago de Salomão, na Melanésia), em Julho de 1788, os dois navios naufragaram perdendo-se quase toda a tripulação. Em 22 Abril de 1791, um decreto da Assembleia Nacional Francesa, determinou a publicação do relato da expedição, tendo sido encarregado da sua redacção o general Louis Marie de Milet de Mureau (1751-1825). Edição original, constituída por quatro volumes de texto e um de atlas, com a seguinte colação. Tome premier: [4], LXXII, 346 p.: 1 retrato; Tome second: [4], 398, [1, 1 br.] p.; Tome troisieme: [4], 422, [1, 1 br.] p.; Tome quatrieme: [4], 309, [1 br.] p; [volume de atlas]: 1 retrato, 1 portada alegórica grav., 69 gravuras e mapas. Das 69 gravuras do atlas, 29 são mapas na maioria desdobráveis, alguns de grandes dimensões, com ocasionais rasgões nas dobras nos de maiores dimensões, sem falta de suporte. As restantes representam, sobretudo, usos e costumes dos povos do Noroeste do Pacífico Sul (Melanésia). Volumes de texto levemente aparados, mas muito limpos; gravuras e mapas do atlas igualmente limpos e bem dobrados, por aparar, conservando intactas todas as margens originais. Encadernações recentes, com patine, cercadura a ouro nos planos e lombadas lisas decoradas a ouro, ao gosto da época. Brunet, III, col. 828. Sabin, 38960.

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CAMÕES, Luís de.- OS LVSIADAS | DE LVIS DE CAMÕES. | ¶ Agora de nouo impresso, com algu[m]as Annota- | ções, de diuersos Autores. [gravura xilográfica com a marca do impressor] | ¶ Com licença do Supremo Conselho da Sancta | & Geral [In]quisição...- Em Lisboa: Por Manoel de Lyra, 1584.- [12], 280 f.; 12 cm.- E.
Trata-se da célebre "edição dos piscos", considerada pelos especialistas, livreiros e coleccionadores como a mais rara de todas as edições de “Os Lusíadas”. Segundo alguns investigadores, é provavelmente a verdadeira segunda edição, remetendo-se uma das duas edições com data de 1572 para data não anterior a 1584. A explicação da invulgar denominação é a seguinte: a folhas 76 (f.), nos dois primeiros versos da estrofe 65, do canto III, erradamente numerada 47, o Poeta, ao celebrar as vitórias de D. Afonso Henriques, escreve: “Com estas sojugada foy Palmella, | E a piscosa Cizimbra...” que, no pé da mesma página, a nota do comentador, explica: “Chama piscosa, porq[ue] em certo te[m]po se ajunta ali gra[n]de ca[n]tidade de piscos, pera se passare[m] a Affrica”. Exemplar um pouco aparado (sem afectar o texto), com pertence antigo (ilegível) entre as duas primeiras linhas da página de rosto (com levíssimas manchas). De resto, um exemplar muito limpo, com o corte das folhas dourado (antigo). Inscrição a lápis, moderna, na guarda volante externa: Comprado por (ilegível) a A. Henriques de Oliveira a Francisco Cordeiro de Sousa. Encadernação recente, inteira de pergaminho flexível. Anselmo, 738. Biblioteca Nacional (Século XVI), 117. José do Canto, 8. Biblioteca de D. Manuel II, 83.

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