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JERÓNIMO DE AZAMBUJA, Frei, O.P.- Commentaria in Exodum. | REVERENDI | ADMODVM PATRIS | Fratris Hieronymi Oleatræi Lusitani, | [...] | Comentaria in Exodum, iuxta M. San- | tis Pagnini Luce[n]sis eiusdem ordinis | interpretationem...- Olissiponi: Ex officina Ioannis Blauij Coloniensis. M. D. LVII. [1557]. [4], 96 f.; 27 cm.- E.
Fr. Jerónimo de Azambuja (†1563), também conhecido por Oleastro, religioso da Ordem de São Domingos, da qual foi provincial, foi um dos mais proeminentes teólogos do século XVI. Conhecedor profundo das línguas latina e grega, participou no Concílio de Trento onde se fez notar pela sua oposição a qualquer tipo de inovação; como inquisidor-mor (1555) praticou as maiores violências e crueldades. Edição original da sua principal obra, os “Comentários ao Pentateuco”, dividida em cinco partes ou livros, a primeira impressa por João Barreira e as restantes por João Blávio de Colónia. O comentário ao segundo livro do Pentatuco, foi o primeiro a ser impresso por João Blávio de Colónia (fl. 1554-1563), último impressor alemão que se estabeleceu em Lisboa. Exemplar um pouco aparado (ocasional prejuízo da marginália impressa), com ligeiras manchas de humidade (de maré), mas em geral limpo. Encadernação inteira de carneira, do século XX, certamente da oficina de Mestre Império Graça, com decoração a seco nos planos, ao gosto da época (lombada com ligeiro desgaste). Anselmo, 320. Biblioteca Nacional (Século XVI), 389. Biblioteca de D. Manuel II, RES 288-284 Adq.

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SOUSA, Manuel de Faria e.- Historia del Reyno de Portugal, dividida en cinco partes, que contienen en compendio, sus poblaciones, las entradas de las naciones setentrionales en el reyno, su descripcion antigua y moderna, las vidas y las hazañas de sus reyes con sus retratos, sus conquistas, sus dignidades, sus familias ilustres, con los titulos que sus reyes les dieron, y otras cosas curiosas del dicho Reyno.- Nueva edicion enriquezida con las vidas de los quatro ultimos reyes, y con las cosas notables que acontecieron en el mundo durante el reynado de cada rey, hasta el año de MDCCXXX.- En Brusselas: en casa de Francisco Foppens, 1730.- [6], XXI, [3], 456, XLIX, [15] p.: 1 portada grav., 1 grav. 25 (i.e. 24) retratos; 37 cm.- E.
Exemplar da que é considerada a melhor edição desta obra, que também foi publicada sob o título de "Epítome de las Historias Portuguesas", da autoria do humanista, poeta e historiador Manuel de Faria e Sousa (1590-1649), natural de Felgueiras. Edição ilustrada com um frontispício alegórico gravado, representando o domínio da Lusitânia sobre o Mundo, uma gravura com as armas de Portugal (antes do início do texto) e 25 retratos dos Reis de Portugal, até a D. João V. Exemplar muito limpo e com grandes margens, contendo apenas 24 retratos (em falta o retrato do conde D. Henrique). Pequeno ex-libris moderno, com monograma (JLF?) e dois recortes de livreiros, colados na contracapa. Encadernação da época, recuperada, muito cansada. Inocêncio, XVI, p. 186. Samodães (1664) refere uma edição de Antuérpia com a mesma data.

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MANUSCRITO.- PONTE DE LIMA.- [Traslado do foral manuelino de Terra de S. Martinho e Burral do Lima].- Século XVII (1624).- [26] f.; 28 cm.
Cópia autêntica do foral manuelino de Terra de S. Martinho e Burral de Lima (hoje Beiral do Lima), originalmente outorgado a 1 de Maio de 1515. As duas povoações, situadas na margem esquerda do rio Lima, fazem hoje parte, respectivamente, dos concelhos de Viana do Castelo e de Ponte de Lima. Na frente do primeiro fólio, as três primeiras linhas apresentam o seguinte título: «Treslado do foral da Villa de ponte de Lima e seu termo E primeiramente se segue a tauoada delle Tauoada da terra de são martinho e Regemguos dela». Este título foi acrescentado pelo tabelião responsável pela cópia e não consta no manuscrito original do foral, que se encontra hoje no Arquivo Municipal de Ponte de Lima. No final do treslado (fól. 27v), inclui uma certidão de registo com uma subscrição autógrafa do tabelião Francisco Rebelo de Sá e a assinatura de um segundo tabelião que conferiu a fidelidade da cópia com o original. Caderno de papel, cosido à linha, com 34 folhas (oito em branco); algumas manchas de humidade (de maré) e cortes profundos de traça confinados à margem exterior. Traslado (do foral) aparentemente de uma só mão, em letra gótica cursiva encadeada, integralmente legível. Certidão datada de 30 de Junho de 1624.
Dimensões (altura x comprimento x largura) - 28 cm

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MANUSCRITO.- COUTINHO, D. Leonor, Condessa da Vidigeira (atrib.).- [...] Chronica do Emperador Beliandro, em q[ue] se dá conta das obras marauilhozas, das ualerozas façanhas, q[ue] no seo tempo obrou o Principe Belifloro, seo filho, e Dom Belindo Principe de Portugal, e outros m[ui]tos Caualleiros: PRIMEIRA PARTE [E Segunda Parte].- Século XVII.- 2 vols.; 28 cm.- E.
Segundo a descrição que consta do códice 8871 dos Reservados da Biblioteca Nacional: «Trata-se de uma novela de cavalaria composta por quatro partes, cujo enredo se centra na corte do imperador Beliandro, imperador da Grécia, de seu filho Bellifloro e de D. Belindo, príncipe lendário de Portugal, enamorado de Leridónia, princesa de França. A obra, escrita em português, no princípio do século XVII, tem sido atribuída pela tradição bibliográfica a D. Leonor Coutinho (ca. 1575-1648), condessa da Vidigueira, e a D. Francisco de Portugal , 3º conde de Vimioso (1550-1582). No entanto, Álvarez-Cifuentes afasta a hipótese de a autoria poder ser atribuída a este último autor, aceitando a hipótese de uma responsabilidade feminina, ou múltipla. Nanci Romero e Vargas Díaz-Toledo consideram que as duas primeiras partes da crónica serão, possivelmente, da autoria de D. Leonor Coutinho, enquanto as duas últimas partes, mais tardias, terão uma autoria, ou autorias, diferentes». A segunda parte (de mão diferente da primeira) apresenta o seguinte título, caligrafado a vermelho, em letra gótica: «Segunda parte de Chronica de Belisandro, Emperador da Grecia Escrita por Cornellio Faquião Author Ingles». Inscrita na inicial S da palavra Segunda, a legenda: F Ripo. de S. Hieronimo. A primeira parte consta de 56 capítulos e a segunda de 63. Primeiro volume com alguma acidez; segundo muito limpo; ambos inteiramente legíveis. Encadernações inteiras de carneira do século XIX, cansadas e com trabalho de traça.

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GORDON, Rev. William.- The history of the rise, progress, and establishment, of the independence of the United States of America: including an account of the late war; and the thirteen colonies, from their origin to that period.- London: Printed for the Author, 1788.- 4 vols.: IX mapas desdobr.; 21 cm.- E.
Edição original publicada um ano antes da edição americana, da primeira história da Revilução Americana, escrita por um americano. William Gordon (1728-1807), nasceu no Reino Unido, em Hitchin (Hertfordshire); cedo desenvolveu simpatias pelas ideias independentistas das colónias norte-americanas, pelo que em 1770 decidiu estabelecer-se definitivamente na América. Para a sua História veio a ter contributos preciosos, nomeadamente de George Washington, de John Adams e de Thomas Jefferson. Nas palavras de Joseph Sabin, Gordon é merecidamente reconhecido como um dos mais imparciais e fidedignos de entre os numerosos historiadores da Revolução Americana (vol. VII, p. 346/347). A colação dos quatro volumes é a seguinte: Vol. I: [24], 504 p.: 1 mapa desdobr.; vol. II: [8], 584 p.: 4 mapas desdobr.; vol. III: [8], 499, [1 br.] p.: 2 mapas desdobr.; vol. IV: [8], 445, [1 br.] p.: 2 mapas desdobr. Exemplar muito limpo e com boas margens, conservando todos os nove mapas bem dobrados e frescos, a saber: I - The United States of America.; II - Boston, with its environs.; III - New York Island, & parts adjacent; IV - The Jerseys, &c. &c.; V - New Hampshire, Vermont, &c.; VI - The Carolina’s, with part of Georgia.; VII - Charlestown & Fort Moultrie.; VIII - The part of Virginia which was the seat of action. IX - York Town. O primeiro volume não inclui a “List of subscribers” (7 p.), que alguns exemplares apresentam a seguir ao prefácio (depois da folha preliminar A4). Boas encadernações da época, inteiras de vitela pintada com patine racinée e lombadas lisas neo-clássicas, decoradas a ouro, com rótulos de cores diferentes, conservando as guardas originais em papel marmoreado. Sabin, 28011. Sowerby, 487.

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BARTOLOZZI, Francesco.- [Álbum de gravuras].- S.l.: s.n., s.d. [1776-1802].- [42] gravuras; 54 cm.- E.
Volume de grandes dimensões reunindo 42 gravuras montadas em 40 folhas, da autoria de Francesco Bartolozzi, quer na qualidade de artista original, quer apenas na de gravador, todas publicadas em Londres entre 1776 e 1802 (algumas sem data). Bartolozzi (1725-1815) nasceu em Florença, mas foi em Londres que se tornou famoso, tendo desenvolvido ao mais alto nível a técnica do ponteado (stipple). Em 1802, a convite de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, estabeleceu-se em Lisboa onde dirigiu uma aula de gravura e veio a morrer aos 86 anos. O volume apresenta um anterrosto no início (A collection of engravings by Francesco Bartolozzi) e um frontispício a meio (Imitations of original designs by Leonardo da Vinci..., published by John Chamberlain, London, 1796). No entanto, boa parte das estampas não corresponde ao indicado nos frontispícios (apenas cinco estampas reproduzem desenhos de Leonardo). Algumas estampas soltas, outras um pouco aparadas e com picos de acidez ou ligeiramente empoeiradas. A maioria das folhas da montagem apresentam legendes e anotações a lápis em língua portuguesa. Ex-libris de Johannes Patricius Chrichton Stuart Marchio Bothæ (John Patrick Chrichton Stuart, Marquess of Bute, 1847-1900). Meia-encadernação de marroquim citron, com a letra F na casa inferior da lombada; corte das folhas dourado

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NEWCASTLE, William Cavendish, Duke of.- Methode et invention nouvelle de dresser les chevaux par le Tres-Noble, Haut, et Tres-Puissant Prince Guillaume Marquis et Comte de Newcastle [...] Oeuvre auquel in apprend à travailler les chevaux selon la nature, & à parfaire la nature par la subtilité de l’art: traduit de l’Anglois de l’Auteur, par son commandement; & enrichi de plus de quarante belles figures en taille douce.- Seconde edition.- A Londres: Chez Jean Brindley, MDCCXXXVII. [1737].- IV, [8], 236 p.: 1 portada dupla gravada, 42 gravuras duplas, il.; 46 cm.- E.
William Cavendish, 1º duque de Newcastle (1592-1676), político e militar, natural de Yorkshire (Reino Unido), notabilizou-se como mestre de equitação e autor de tratados de arte equestre. Esta é a segunda edição, de melhor qualidade gráfica, por ter sido impressa em papel de superior qualidade. Conserva o frontispício duplo da primeira edição (na variante datada de 1658), com o seguinte pé de imprensa: A Anvers Chez Iacques van Meurs l’an M. DC. LVIII. Gravura 16 com rasgão central restaurado, sem falta de suporte; mancha na margem exterior das últimas sete folhas. De resto, um exemplar levemente manuseado, mas em geral, limpo, conservando todas as gravuras montadas sobre carcelas. Inclui, colada na guarda volante, uma pagela com inscrição de oferta, em francês (10 linhas), a um general não identificado, rubricada (ilegível) e não datada (cerca de 1800). Encadernação inteira de carneira, um pouco posterior (séc. XIX?), com roda dourada nas seixas e a lombada um pouco cansada. Exemplar completo, correspondendo rigorosamente à pormenorizada descrição de Mennessier de La Lance (II, p. 248).

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[MARTI Y ARTIGAS, José].- Historia trajes y condecoraciones de todas las órdenes de caballeria é insignias de honor.- Barcelona: Agencia Médica Catalana Doctor Marti y Artigas; Imprenta de J. Roger, 1848.- 2 vols.: il.; 26 cm.- E.
Importante trabalho de síntese, ilustrado com um total de 95 gravuras coloridas à mão, impressas em separado, representando sobretudo condecorações de ordens honoríficas de cavalaria. O capítulo refente a Portugal (págs. 117 a 127 do tomo II) inclui quatro gravuras, representando com 16 condecorações. Cremos que se trata de um dos raros exemplares que Palau indica possuirem mais gravuras do que as relacionadas nos respectivos índices. De facto, o exemplar inclui mais as seguintes oito estampas de cavaleiros, não mencionadas nos índices: Ordem de Leopoldo de Áustria (I, p. 18); Ordem de S. João de Jerusalém, de Espanha (I, p. 92); Odem de Carlos III de Espanha; Ordem do Tosão de Ouro, de Espanha (I, p. 380); Ordem do Santo Espírito, de França (II, p. 20); Ordem de Leopoldo I, de França (II, p. 26); Ordem da Anunciação, de Sabóia (II, p. 178); Ordem de S. Maurício & S. Lázaro, de Sabóia. Raras estampas com pequenas imperfeições, com a tinta aderindo à página precedente, deixando algumas marcas, mais visíveis na estampa 86. Mas, em geral, um bom exemplar, revestido de encadernações da época, inteiras de carneira, com cercaduras a ouro nas pastas e medalhão central a seco em todos os planos. Proveniência: Leilão nº 2, de Azevedo & Burnay (Dezembro 1983, lote nº 465); Leilão nº 70, de Silva’s / Pedro de Azevedo (Março 1999, lote nº 350). Palau, VI, p. 619.

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MANUEL DE BRAGANÇA, D. (Rei de Portugal).- Livros antigos portugueses da Bibliotheca de Sua Majestade Fidelíssima: 1489-1600 / descriptos por S. M. El-Rei D. Manuel em tres volumes = Early Portuguese books in the Library of His Majesty the King of Portugal: 1489-1600 / described by H. M. King Manuel in three volumes.- Londres: Maggs Bros., 1929-1935.- 3 vols.: il.; 33 cm.- E
Trabalho da maior erudição e rigor científico, verdadeira obra-prima da nossa bibliografia material, é indispensável a todos os estudiosos e interessados pela tipografia portuguesa do século XVI. Para além de minuciosas descrições bibliográficas, D. Manuel deixa-nos valiosas informações sobre aspectos iconográficos, tipográficos, de autoria e de conteúdo. Exemplar nº 3 da tiragem especial de 45, impresso em papel Van Gelder e assinado pelo Rei D. Manuel II nos dois primeiros volumes (o terceiro é póstumo). Edição bilingue, de elevada craveira gráfica, limitada a 698 exemplares, impressa a duas colunas a preto e vermelho. O terceiro volume apresenta uma inscrição autógrafa: To Antonio Tavares de Carvalho, from Margery Withers who has had the great pleasure at last of meeting him. 13th July, 1995. Miss Withers (1905-1999) foi secretária pessoal de D. Manuel e responsavél pela publicação do terceiro volume de “Livros antigos portugueses”, em 1935. Encadernações originais, em tela azul (buckram), sem sobrecapas, com o corte das folhas dourado à cabeça (lombadas um pouco descoloridas).

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MANUSCRITO.- PROFECIAS de varios avtores.- Século XVII (ca. 1650).- 300 f.; 29 cm.- E.
Manuscrito de uma só mão, em letra cursiva, pouco cuidada, do século XVII (1ª metade), contendo uma recolha de perto de 100 textos relativos a profecias portuguesas e estrangeiras (o título acima indicado foi transcrito da lombada do volume). O códice abre com uma extensa “Taboada do que consta este livro” (9 p.), registando cerca de uma centena de entradas, localizando cada uma delas na respectiva folha (o texto corre entre folhas 1 e 286). Aparentemente, os textos encontram-se ordenados de forma aproximadamente cronológica, sendo o mais antigo datado de 1598 e o mais recente de 1643. Da longa taboada, salientamos os seguintes temas com epígrafes: Juízo tirado sobre o nascimento do sancto Rey Dom Sebastião; Relação da vida de elrei Dom Sebastiam; Notáveis tribulações que padeceu [o] Rey David; Portento de Palermo; Como hade ser Emperador em Lisboa cabeça do Mundo; Profecias da Sebila heroica; Profecias de Sam Frei Gil natural de Portugal aparecidas na livraria do mosteiro de Santa Cruz em Coimbra; Profecias de hum hermitam castelhano que se achou no anno de 1602 na China; Treslado de um cartapacio escrito em letra gótica; Sepultura do nosso santo e primeiro Rei Dom Afonso Amriques; Milagre sosedido am a Vila de Rei no anno de 1634; Vizão do Pe. Alonço Rodrigues da Companhia de Jesus [em 1607]; etc. etc. Alguns textos são acompanhados de desenhos, por vezes com motivos astronómicos. Volume com alguma acidez provocada pela tinta ferrogálica, mas inteiramente legível. Encadernação da época, inteira de carneira, com decoração a seco nos planos e lombada muito danificada pela traça.

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MONZON, Francisco de.- LIBRO | primero del espejo del Principe Christiano, compuesto y | nuevuamente reuisto, y muy e[m]en | dado con nueua composicion, y | mucha addicion: por el Doctor Frã | cisco de Monçon, cuya leccion es | muy prouechosa a todo genero de | personas discretas, aunque seam pre- | dicadores y cortesanos, por las mu- | chas y sabias sentencias, y muy fa- | mosos y illustres exemplos que se | ponen: adõde con varia leccion | y erudicion se cõtiene vna | perfecta doctrina mo | ral Christiana...- Lisboa: En Casa de Antonio Gonçalues,1571.- [6], 226 f.; 29 cm.- E.
Francisco de Monzón (?-1575), religioso espanhol, natural de Madrid, Mestre de Artes e Doutor em Teologia pela Universidade de Alcalá, chegou a Portugal em 1535 a convite de D. João III, tendo leccionado Teologia na Universidade de Lisboa e, a partir de 1537, na de Coimbra. A par da actividade lectiva, Monzón foi capelão e pregador nas cortes de D. João III e de D. Sebastião, tendo exercido uma importante acção educativa e pastoral junto dos dois soberanos. Segunda edição do livro primeiro de uma das suas obras mais notáveis, dedicada a D. Sebastião, tendo a primeira edição sido impressa em Lisboa, por Luís Rodrigues, em 1544. Do livro segundo, embora haja informações sobre a sua eventual existência, não se conhece nenhum exemplar, impresso ou manuscrito. Exemplar completo e sólido, levemente aparado e com ligeira acidez; folha de rosto com leve manuseamento e pequeno restauro no verso; ocasionais manchas menores. Encadernação da época, inteira de pergaminho flexível, cansada, mas recuperável. Anselmo, 693. Biblioteca Nacional (Século XVI), 515. Biblioteca de D. Manuel II, 281.

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PANTALEÃO DE AVEIRO, D. Frei, O.F.M.- ITINERARIO | DE TERRA SANCTA, E | TODAS SVAS PARTICVLARIDADES. | Cõposto por F. Pantalião Daueyro, Frade Menor da Ordë de | S. Francisco, da Observãcia da Prouincia dos Algarues. | [armas episcopais] | Dirigido ao Illustrissimo, & Reuerendissimo | Senhor Dom Miguel de Castro, Dignissimo | Arcebispo de Lisboa Metropolitano. ** | Agora nouame[n]te acrece[n]tado, cõ mais declarações dos lugares de ter- | ra Sancta, & Authoridades da Sagrada Escriptura, & ou- | tras curiosidades de notar...- Em Lisboa: [por Antonio Alvares], M. CCCCCC. [1600].- [8], 336 [i. e. 334], [7] f.: il.; 17 cm.- E.
Terceira edição do «Itinerário», anteriormente publicado em 1593 e 1596. Da biografia de D. Fr. Pantaleão de Aveiro (séc. XVI), franciscano da província do Algarve, apenas sabemos que viajou pela Europa, sobretudo em Itália, e esteve perto de três anos na Terra Santa, tendo passado por Trento na altura em que decorria a terceira fase do célebre concílio. O «Itinerário» é o relato da sua atribulada peregrinação, liderada por Fr. Bonifácio de Ragusa, custódio da Terra Santa, na qual participaram cerca de 60 religiosos. O rosto apresenta, ao centro, as armas de D. Miguel de Castro, arcebispo de Lisboa e no verso, as licenças; as três folhas seguintes, enquadradas por molduras xilográficas, incluem o alvará real, a dedicatória a D. Miguel e uma mensagem aos devotos desejosos de visitar a Terra Santa, seguindo-se a «Tavoada dos capitvlos» (f. [5, 6 e 7], terminando com uma gravurinha da Morte; a folha seguinte (f. [8]) apresenta, na frente uma gravura de S. Pedro e no verso, uma coroa de espinhos. O texto da viagem desenvolve-se nas 336 folhas seguintes, após o que surge o «Index, que amostra as cousas particulares, que contem este Itinerario...» em três folhas não numeradas, com uma imagem de Santa Bárbara no verso da terceira; a última folha inclui duas gravuras: na frente, uma imagem da Ascensão da Virgem aos Céus, no verso, as armas de Portugal. Exemplar um pouco aparado, com um bifólio solto (da «Tavoada»); pequeno corte de traça central, afectando o texto, nas sete folhas preliminares a seguir ao rosto. Inscrição de oferta, na guarda volante, a Anatole France, assinada S. Paulo Brésil, 7 Juillet 1909, José Feliciano [de Oliveira]. Etiqueta de José Maria Nepomuceno (ex-libris), na guarda fixa. Encadernação da época, inteira de pergaminho flexível, conservando três dos quatro atilhos. Inocêncio, VI, p. 337. Anselmo, 50. Biblioteca Nacional (Século XVI), 578. Biblioteca de D. Manuel II, 340. Ver ainda o bem documentado romance histórico de Fernando Campos «A Casa do Pó» (Lisboa, 1986).

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[BARLEZIO, Marino].- CHRONICA DEL | ESFORÇADO PRINCIPE | Y CAPITAN IORGE CASTRIOTO REY | de Epiro, o Albania, traduzida del lenguaje Portugues enel | Castellano, por Iuan Ochoa de la Salde Prior per- | petuo de Sant Iuan de Letran. | Dirigida al muy ylustre Señor Don Alonso de Baçan | Comendador de Vallaga.- En Lisboa: Inpresa con licencia e aprobacion del Consejo general de la Santa Inquisicion, 1588.- [3], 191, [1 br., 3] f.; 30 cm.- E.
Marino Barlezio (1450-1513), religioso, historiador e humanista albanês, natural de Scutari, então parte da República de Veneza; em 1508-1510 publicou em Roma a biografia de Giorgio Castriota Scanderberg, figura maior da Albânia (séc. XV), cuja tradução portuguesa, da autoria de D. Francisco de Andrade, foi impressa em Lisboa, por Marco Borges, em 1567 (ver Inocêncio, II, p. 332). A presente tradução castelhana não apresenta qualquer indicação de autoria, nem de impressor ou editor (nome do autor segundo a bibliografia). Exemplar levemente aparado e com ligeira acidez. Dois restauros na folha de rosto: um rasgão central reparado, sem falta de suporte e restauro com reconstituição da margem exterior (180x50 mm), sem afectar o texto; corte de traça não restaurado na margem exterior das seis folhas seguintes. De resto, um exemplar limpo e sólido. Encadernação recente, inteira de carneira, provavelmente da oficina de Mestre Império Graça, com decoração a seco e a ouro nos planos e lombada e gravação do título e data na reserva do plano cenral. Anselmo, 1270. Palau, 198796 (refere apenas 2 folhas preliminares). Biblioteca Nacional (Século XVI), 66. Biblioteca de D. Manuel II, 490.

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MANUSCRITO.- CARLOS II, Rei de Espanha.- Carta executória de fidalguia- Século XVII (1679).- 162, 2 br. f.; 32 cm.- E.
Manuscrito sobre pergaminho. Carta executória de fidalguia e limpeza de sangue (ou carta de brasão de armas) outorgada em nome do Conselho de S. M. El-Rei Don Carlos II, de Espanha (1661-1700), a Don Bernardo de Valbuena, vizinho da vila de Paredes de Nava (Palência), por ocasião do pleito que opôs o requerente ao licenciado D. Joseph Antonio de las Cuebas y Zuñiga “vuestro fiscal y a el Conçejo y estado de los buenos hombres pecheros [inquilinos ou rendeiros] de la dicha villa de Paredes de Naba”. Luxuoso documento iluminado, inteiramente caligrafado em letra humanística redonda, apresentando os seguintes elementos decorativos: grande iluminura de plena página (o requerente, mulher e filho) aos pés da Virgem com o Menino (fól. 1v); brasão de armas outorgado a D. Bernardo (iluminura de plena página, fól. 2r); fólios 2v e 3r, com grandes tarjas decorativas com putti, colunas e motivos de caça; cerca de 90 linhas iluminadas a vermelho, verde e azul (4 duplas e 18 triplas); seis páginas com cercaduras iluminadas; cerca de 150 iniciais iluminadas (com 4 a 8 linhas de lado); uma iluminura representando o rei D. Carlos II (128x80 mm); todas as restantes páginas (não iluminadas) enquadradas por cercaduras a ouro. Carimbo a óleo do Conselho(?) aposto na margem inferior de todas as folhas; no final, dois registos. Documento muito bem conservado, datado “En la Ciudad de Valladilid a catorze dias de el mes de Agosto de mil seiscientos n y setenta y nueve años”. Encadernação original em seda carmesim, ligeiramente cansada, conservando o grande selo pendente de chumbo com o cordão de seda entrançada, bem como todos os separadores em seda fina; corte das folhas dourado.

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PACHECO, Diogo.- EMANVELIS LVSITAN: AL | GARBIOR. AFRICAE AETHI | OPIAE ARABIAE PERSIAE | INDIAE REG. INVICTISS: | OBEDIENTIA. [gravura xilográfica com as armas de Portugal].- S.l. [Roma]: s.n., s.d. [1514].- [16] p.; 18 cm.- E
Rara edição da oração de obediência dirigida ao papa Leão X por Diogo Pacheco, em nome do rei de Portugal, no contexto da faustosa embaixada enviada a Roma em 1514, por D. Manuel I onde figurava o famoso elefante Hanno. Diogo Pacheco (fl. séc. XVI), erudito jurisconsulto, foi corregedor da corte, chanceler da Casa do Cível e secretário do bispo do Porto, D. Diogo de Sousa. Pacheco acompanhou este prelado em 1505 na embaixada enviada a Roma para cumprimentar o novo papa Júlio II, tendo já então proferido a oração de obediência ao papa. A embaixada de 1514 foi chefiada pelo navegador e comandante naval Tristão da Cunha (ca.1460-ca.1540), tendo como secretário o poeta e cronista Garcia de Resende (1470-1536). As orações de obediência, em uso desde meados do século XIV, eram discursos pronunciados em nome dos soberanos cristãos, habitualmente por ocasião da subida ao trono de um novo papa. Da presente oração conhecem-se duas variantes, distinguindo-se esta por ter no rosto as armas de Portugal. A oração propriamente dita ocupa 10 páginas (fól. a2r a b4v), sendo as restantes quatro preenchidas pelos tradicionais elogios e louvores, da responsabilidade dos humanistas Marcantonio Casanova, Joachim Cipellus, Blosius, Pietro Curzio, Lancellotus Politus, B. Dardanus, Janus Vitalis e Camillo Portio. A edição, sem data ou local de impressão, foi seguramente impressa em Roma, por ocasião da visita da embaixada, ou seja, em 1514. Ex-libris de pele, colado na contracapa: Ex Mvsæo Hvthii (Biblioteca de Henry Huth, 1815-1878, banqueiro e proeminente bibliófilo, estabelecido em Londres, membro do famoso Roxburghe Club). Encadernação do século XIX, em vitela fina, assinada pelo encadernador londrino F.[Francis] Bedford (1799-1883), com elaborado trabalho a ouro na lombada, roda nas seixas e o corte das folhas dourado. Palha, 2880. Leite de Faria (Damião de Góis), 262. Orações de obediência (Lisboa, Inapa, 1988), 6.

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