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1ª Sessão | May 28, 2012  | 302 Lotes

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euro_symbol€ 100,000 - 150,000 Base - Estimativa

gavel€ 310,000Vendido

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Salva com pé baixo transição Gótico final/Renascença prata dourada portuguesa séc. XV (finais) marcas sumidas Dimensões (altura x comprimento x largura) - 30 cm; Peso - 947 grs. Notas: a presente salva encontra-se referenciada e reproduzida em SANTOS, Reynaldo dos; QUILHÓ, Irene - "Ourivesaria Portuguesa nas Colecções Particulares", 2ª Edição revista e ampliada, Lisboa, 1974, pp. 203-204, onde é descrita nos seguintes termos: "Temas semicirculares imbricados que sugerem medronhos acamados sobre pequenas folhas.
Medalhão central, atarrachado ao prato, é constituído por uma roseta emoldurada numa cordinha e envolvida num friso de troncos encanastrados e uma faixa de cardos ondulantes".
Consta igualmente em "Exposição de Ourivesaria Portuguesa e Francesa", Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, Lisboa, 1955, p. 33, nº 33, fig. 22.
Exemplar idêntico integra a Wallace Collection, Londres, encontrando-se representado em HERNMARCK, Carl - "The Art of the European Silversmith - 1430-1830", Sotheby Park Bernet Group, fig. 584.

Muito recentemente - Abril de 2012 - Nuno Vassalo e Silva refere-se-lhe expressamente nestes termos:
"A Transição do gótico tardio para o Renascimento não foi realizada de modo imediato na ourivesaria portuguesa, como em qualquer outra manifestação artística. na realidade demorou dédacas com a introdução gradual de novos elementos "ao Romano", quase sempre mal entendidos, em obras concebidas ao modo tradicional. Esta salva de pé baixo, e consideráveis dimensões, é de tal um bom exemplo. Destaca-se pelo seu medalhão central elevado com dois
registos. O exterior é decorado com motivos vegetalistas dispostos ao modo de contracurvados, numa versão mais virtuosística dos motivos já conhecidos do nosso Românico. O registo central, em torno de uma roseta em substituição
de um elemento provavelmente esmaltado original, recorda corais, um pouco como surgem depois nos portais da igrejas manuelinas. Já a larga aba com ornamentação ritmada, mesmo geométrica, de motivos de inspiração em frutos e folhagens , tecendo um efeito de espiral através do jogo entre superfícies gravadas e polidas, comprova o conhecimento do novo estilo clássico. Sem dúvida que este exemplar se encontra nos primeiros exemplos da ourivesaria renascentista entre nós. Embora com linguagem ornamentais contrastantes entre o medalão central e a aba , o equilíbrio visual foi perfeitamente alcançado.
SILVA, Nuno Vassalo e - "Ourivesaria Portuguesa de aparato: séculos XV e XVI" - obra em preparação pela SCRIBE.

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