CAROS AMIGOS,
É com muito gosto que lhes apresentamos o catálogo do nosso Leilão 149.
Um leilão especial, abrangendo, como habitualmente, um conjunto alargado de bens de particular qualidade, raridade e antiguidade.
É o caso do notável conjunto de livros provenientes da Biblioteca do erudito bibliófilo e eminente equitador que foi Dom Diogo de Bragança, 8º Marquês de Marialva (1930-1912).
Repartido em diversos núcleos – Viagens e Costumes de Portugal e Espanha, (séc. XVIII e XIX); Edições oitocentistas; Incunábulos; Tipografia Quinhentista; História (séc. XVI a XVIII) – o conjunto (lotes 318 a 352) inclui obras tão raras como “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, edição dita dos Piscos (lote 345), a “Crónica do Príncipe D. João”, de Damião de Goes (lote 343), a “Espingarda Perfeita”, de João e José Rodrigues (lote 352), “La Fauconnerie” de F. Ian des Franchieres (lote 344), etc.
Na área das pratas de aparato cumpre destacar a Salva que ilustra a capa: uma obra de arte em prata dourada, Gótico final, portuguesa, séc. XV/XVI, com marca de ensaiador do Porto, marca de Juiz do Ofício ou de ourives IF e outra marca ilegível (lote 237).
Refira-se igualmente a pintura quinhentista dedicada a “São Roque”, atribuída ao Mestre do Retábulo de São Cristóvão (act. 1540-1560) (lote 118).
Várias outras peças excepcionais, de qualidade e interesse nacional e internacional são, por exemplo:
A tapeçaria “O Triunfo da Fama”, franco-flamenga, séc. XVI/XVII (lote 490).
A mesa de jogo de três tampos – chá e jogo – Jorge III (1760-1820), em mogno com entalhamentos (lote 454) e o retrato da Princesa Augusta Saxe-Gotha-Altenburg, Princesa de Gales (1719-1772), assinado G. Knapton (lote 625).
A caneca com tampa em marfim esculpido “Cena de Batalha de Constantino o Grande contra Licínio”, Alemanha, séc. XIX (lote 507).
Uma referência ainda à recente atribuição do Prémio José de Figueiredo / 2013 à obra “OURIVESARIA PORTUGUESA DE APARATO - SÉCULOS XV E XVI”, da autoria de Nuno Vassalo e Silva, editada pela SCRIBE.
Um galardão com que a Academia Nacional de Belas Artes distingue os melhores livros publicados em Portugal sobre arte e património e que (depois da edição de “José Malhoa - Tradição e Modernidade”, de Nuno Saldanha - Prémio José de Figueiredo /2011) é pela segunda vez conferida a um livro editado pela SCRIBE, com o que muito justificadamente nos congratulamos.
Esperando ter o gosto de os receber brevemente, com os melhores cumprimentos
Pedro Maria de Alvim Miguel Cabral de Moncada