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Caros amigos,

É com muito gosto que lhes apresentamos o catálogo do nosso Leilão 144. Um leilão especial, abrangendo, como habitualmente, um conjunto alargado de bens de particular qualidade, raridade e antiguidade.

Das várias peças que cumpre destacar, é incontornável a salva de aparato em prata dourada do início do séc. XVI que ilustra a capa (lote 258).

A esta obra de arte – que não era conhecida publicamente até este momento – e à sua importância e alcance, em particular para o estudo das oficinas de ourives portuguesas do séc. XVI, se refere o especialista Nuno Vassalo e Silva, no estudo que expressamente lhe dedica neste catálogo, de alguma forma prosseguindo o trabalho de investigação dado a conhecer com a muito recente publicação da obra da sua autoria “Ourivesaria Portuguesa de Aparato - Séc. XV/XVI”, Scribe, Lisboa, Novembro de 2012.

Expressa referência é igualmente devida ao conjunto de livros raros que temos o privilégio de apresentar (lotes 386 a 410); dentre os autores portugueses refiram-se a “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto (lote 399), “Os Lusíadas”, de Luís de Camões (lote 392), “Livro de Álgebra”, de Pedro Nunes (lote 393); dos estrangeiros: “Theatrvm orbis terrarvm”, de Abraham Ortelius (lote 397); “Rerum per octennium in Brasilia…”, de Kasper van Baerle (lote 394), “Istoria delle guerre del regno del brasile”, de Frei João José de Santa Teresa (lote 396), são somente alguns dos títulos e dos autores em causa.

Dentre as várias outras peças excepcionais, de qualidade e interesse nacional e internacional a referir, há que destacar, uma vez mais, as que designamos genericamente por Arte Lusíada.

Peças de arte de encomenda portuguesa do tempo dos Descobrimentos, da África ao Extremo Oriente encontro e cruzamento da arte e da cultura portuguesa com a arte e a cultura, as crenças, as tradições, os estilos e as técnicas da Índia (arte indo-portuguesa), de Ceilão (cíngalo-portuguesa), da China (sino-portuguesa) ou do Japão (Namban) – para nomear apenas alguns dos Países com que mais estreitamente nos ligamos desde o século XVI.

Alguns exemplos: “Santa Maria Madalena”, placa em marfim esculpido, indo-portuguesa, séc. XVII (lote 454) e “Divino Piloto”, placa em marfim esculpido, sino-portuguesa, séc. XVII (lote 463).

É significativa a oferta de porcelana da China, Companhia das Índias, de que é exemplo um par de potes de grandes dimensões com tampas, reinado Qianlong (lote 325).

Uma referência, finalmente, ao núcleo de pratas e jóias, portuguesas e estrangeiras que, como habitualmente, integra o leilão, e de que cumpre destacar, entre várias outras peças dignas de nota, uma Bacia de prata D. João V (lote 262) e um Alfinete em prata e ouro cravejado com 818 diamantes (lote 211).

Esperando ter o gosto de os receber brevemente, a todos desde já desejamos muito Boas Festas!

 

Pedro Maria de Alvim                                                               Miguel Cabral de Moncada

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