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Caros Amigos,

É com muito gosto que lhes apresentamos o catálogo do nosso Leilão 136. Um leilão especial, que abrange um conjunto alargado de bens de particular qualidade, raridade e antiguidade.

É esse, a todos os títulos, o caso do “São Sebastião” que ilustra a capa – certamente uma das obras de mais elevado valor artístico, histórico e cultural deste leilão, da autoria do principal pintor português de meados do séc. XVI, Diogo de Contreiras. Uma peça de alta colecção, objecto da particular atenção dos especialistas, digna de museu (Lote 131).

Dentre as várias outras peças excepcionais, de qualidade e interesse nacional e internacional que se poderiam referir, fará sentido destacar algumas das que designamos genericamente por Arte Lusíada – peças de arte de encomenda portuguesa do tempo dos Descobrimentos, da África ao Extremo Oriente, fusão exótica e percursora, profunda e irrepetível, do encontro e do cruzamento da arte e da cultura portuguesa com a arte e a cultura, as crenças, as tradições, os estilos e as técnicas da Índia (arte indo-portuguesa), de Ceilão (cíngalo-portuguesa), da China (sino-portuguesa) ou do Japão (Namban) – para só nomear alguns dos Países com que mais estreitamente nos ligamos desde o séc. XVI. Sinal claro da crescente afirmação, nacional e internacional, da Cabral Moncada Leilões neste domínio específico das antiguidades e obras de arte exóticas, e também da pujança desse mercado, é não só a quantidade, mas a qualidade das peças que regularmente temos vindo a apresentar, para que concorre o facto de ser já recorrente a colocação nos nossos leilões de peças de Arte Lusíada vindas de fora de Portugal.

Eis algumas dessas peças:
Contador de duas portas, teca integralmente revestida a placas de marfim com gravados, ferragens em prata relevada, vertente de influência Mogol, séc. XVI/XVII (lote 454).
Contador de duas portas, ébano entalhado “Árvores da Vida, romãs, cravos e outros temas florais”, ferragens em bronze e latão gravados “Paisagem com casas, cabeças de animais fantásticos e temas florais”, vertente cíngalo-portuguesa, séc. XVI/XVII (lote 456).
“Calvário”, placa em marfim esculpido, vertente sino-portuguesa, séc. XVI/XVII (lote 445).
Polvorinho, concha “Turbo marmoratus”, marchetaria e aplicações de placas de madrepérola fixas com pinos metálicos, bocal em bronze dourado, Guzarate - Índia Mogol, séc. XVII (lote 466).

Na área da pintura portuguesa de Autor do séc. XIX/XX refiram-se, entre outros, os quadros de Silva Porto (Lote 144), José Malhoa (Lotes 150, 152, 158, 169, 170), Sousa Pinto (Lotes 154, 156, 163, 172, 177), Columbano (Lotes 115, 142, 166), João Vaz (Lotes 149, 162, 173), Carlos Reis (Lote 146), Alves Cardoso (Lote 148). Refira-se finalmente a Colecção de escultura animalística em bronze, designadamente de peças de caça, que pertenceu ao Dr. António do Espírito Santo Silva Salgado – 1947-2011 – um conhecedor e um Amigo que prematuramente nos deixou.

Esperando ter o gosto de os receber brevemente, com melhores cumprimentos,

 

Pedro Maria de Alvim
Miguel Cabral de Moncada

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