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CAROS AMIGOS,

É com particular satisfação que lhes apresentamos o catálogo do nosso Leilão 134.

Aguardado com expectativa – o Leilão da época do Natal é, tradicionalmente, um dos mais importantes leilões do ano e um leilão que se quer brilhante – pode dizer-se que a espera valeu bem a pena, por mais do que uma razão.

De facto, se a grande arte foi sempre tida e havida, muito justificadamente, como refúgio seguro de investimento, em especial nas fases de maior incerteza e insegurança, a verdade é que o seu alcance não se esgota na perspectiva económica e financeira: os objectos de arte são bens preciosos também, e sobretudo, porque, por si próprios, constituem um reduto espiritual e cultural, conservando e transmitindo a elevação, a paz e a beleza de que precisamos.

O “São Vicente” que ilustra a capa simboliza isso mesmo: uma das obras maiores do principal pintor português de meados do séc. XVI, Diogo de Contreiras, uma peça de alta colecção, objecto da particular atenção dos especialistas, digna de museu (Lote 235).

Dentre várias outras peças excepcionais, de qualidade e interesse nacional e internacional, refiram-se ainda:

Mesa de duplo travejamento espiralado, Lusíada, em teca, sissó, ébano e marfim, indo-portuguesa, séc. XVII (Lote 463 a).

“São Miguel Arcanjo”, escultura em marfim, hispano-filipina, séc. XVII (Lote 445).

Notável é também o adereço em prata, ouro e diamantes, composto por colar, par de brincos, alfinete "tremblant", pendente/alfinete e armação para diadema ou gargantilha (Lote 154).

Na impossibilidade de destacar todas as peças que mereceriam constar neste texto introdutório – mas não dispensam a leitura do catálogo e uma visita à exposição – refiram-se ainda, entre muitas outras:

A mesa de encostar e a papeleira D. José, em pau-santo com entalhamentos, portuguesas, séc. XVIII (Lotes 69 e 76).

A chaleira com escalfador D. José, em prata, portuguesa, séc. XVIII (Lote 203).

Uma última nota – claramente positiva – ao fechar este ano, que, pelo seu alcance, entendemos dever comunicar ao mercado de arte: a venda, no passado mês de Setembro, do quadro “Festejando o S. Martinho” (também conhecido por “Os bêbados”) da autoria de José Malhoa, que tinha integrado o leilão especial de Maio/Junho.

Vendido por €400.000 – o valor de base com que havia sido retirado, por não ter sido licitado, uma vez que a Cabral Moncada Leilões não negoceia em caso algum o preço dos lotes retirados – o valor atingido é o mais alto que alguma vez registamos.

É também a demonstração de que o nosso mercado de arte, sendo estreito, continua sendo também um mercado forte e lúcido, que reage positivamente às boas práticas – princípios claros, consistentemente observados, transparência.

Esperando ter o gosto de os receber brevemente, desejando desde já um Feliz Natal e muito Boas Festas, com melhores cumprimentos

Pedro Maria de Alvim
Miguel Cabral de Moncada

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