CAROS AMIGOS,
É com particular satisfação que lhes apresentamos o catálogo do nosso Leilão 130, com que abrimos a segunda metade da temporada de leilões deste ano de 2011.
Um leilão especial, com diversas peças excepcionais, cuja qualidade e interesse, nacional e internacional, se pretendeu reflectir na capa escolhida – um cofre Lusíada, amplamente referenciado, revestido a placas de madrepérola com aplicações em prata dourada, Guzarate, vertente de influência Mogol, séc. XVI/XVII (Lote 504).
Verdadeiramente notável, não apenas pelas suas imponentes dimensões, é a “Nossa Senhora da Conceição de manto comprido assente sobre Orbe com Querubins”, escultura em marfim com dourados e policromia, hispano-filipina, séc. XVII (Lote 478).
Notável é também o cofre Lusíada em tartaruga com aplicações em prata relevada e gravada “Salamandra, coelhos, cobras, animais diversos, animais fantásticos e motivos vegetais” vertente indo-portuguesa, séc. XVI/XVII (Lote 508).
Na impossibilidade de destacar todas as peças que mereceriam destaque neste texto introdutório – mas não dispensam a leitura do catálogo e uma visita à exposição – refiram-se ainda, entre muitas outras:
O par de globos “Terrestre”e “Celeste”, ingleses, do primeiro quartel do séc. XIX, da autoria de JOHN CARY- 1754-1835 e WILLIAM CARY- 1760-1825 (Lote 317).
Os dois espelhos rococó em madeira entalhada e dourada com vazados, Europa, séc. XVIII (Lote 464 e 465).
O par de mesas de encostar formando mesa de centro, D. José (1750-1777), em pau santo com entalhamentos, portuguesas, séc. XVIII (Lote 54).
O galheteiro D. João V em prata portuguesa, com marca de ourives de Manuel Roque Ferrão (1720-1770) (Lote 158).
A pintura sobre seda, muito provavelmente destinada a um leque que não chegou a ser montado, da autoria do Rei D. Carlos de Bragança, ainda Príncipe, com a moldura original (Lote 256).
Esperando ter o gosto de o receber neste verdadeiro museu temporário, com os melhores cumprimentos,
Pedro Maria de Alvim Miguel Cabral de Moncada