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NUMERAMENTO DE PINA MANIQUE Livro que contem as freguesias que há em Lisboa, no seu Termo e nas diversas Terras deste Reyno, com a individuaçaõ das Comarcas, e Provincias, a que estas pertencem, e do número de Fogos de que cada huma daquellas se compoem; feito por ordem do Intendente Geral da Policia da Corte, e do Reyno Diogo Ignacio de Pina Manique na sua Secretaria em o anno de 1798.- Século XVIII.- [46] f.; 44 cm.- E. Manuscrito de uma só mão, caligrafado, datado e subscrito: Pelo Primeiro Official da mesma Secretaria - Pedro Ignacio Gouvea da Silva Homem. É constituído por uma folha de rosto e 45 mapas ou tabelas, sendo 23 em grandes folhas desdobráveis. A primeira tabela, com cinco colunas duplas, mostra o número de freguesias, fogos e recrutas de cada uma das comarcas existentes em Lisboa e províncias do Reino. As restantes 44 tabelas correspondem ao desenvolvimento de cada uma das comarcas do mapa inicial, apresentando, para todas, a relação dos juízes, vilas e termos, número de ordem, freguesias, fogos, total de fogos e recrutas (sete colunas). O censo ordenado por Pina Manique, do qual existe uma cópia nos «Archives Historiques du Ministère de la Guerre», em Vincennes, França (Mss. 1355), teve como objectivo imediato conhecer a realidade da população portuguesa com vista ao recrutamento de mancebos para o Exército do Reino. O documento de Vincennes foi publicado por Joaquim Veríssimo Serrão (Paris: Fundação Calouste Gulbenkian, 1970), juntamente com um valioso estudo introdutório. O nosso exemplar apresenta, contudo, uma diferença aparentemente menor, mas que pode eventualmente revelar alguma precedência em relação ao de Vincennes: trata-se do facto de apresentar, na página de rosto, a indicação (subscrição) do seu autor ou responsável, informação inexistente na cópia de França, a ajuizar pela reprodução da referida página na edição de Paris. Acresce ainda a qualidade e dignidade da sua encadernação (o de Vincennes apresenta uma encadernação singela). Anteriores ao presente levantamento, são conhecidos dois Róis de Besteiros do Conto (D. Afonso III e D. João I), um numeramento ou Cadastro Geral do Reino, de D. João III (1527), uma Resenha de Gentes de Guerra, de D. Filipe III (1639) e uma Lista dos Fogos e Almas..., de D. João V (1732), também conhecido pelo "Censo do marquês de Abrantes". No século XIX iniciam-se os Recenseamentos Gerais do Reino (1801, 1835 e 1851); o primeiro recenseamento moderno (Recenseamento Geral da População Portuguesa) data de 1864 (informações sobre censos recolhidas no portal do Instituto Nacional de Estatística). Manuscrito muito bem conservado, revestido de imponente encadernação da época, levemente cansada (com falta dos atilhos), inteira de chagrin vermelho, com cercadura a ferros soltos geométricos, rectângulo central com florões e armas de Portugal. Os dois planos são idênticos. Importante documento para o conhecimento da população portuguesa no final do século XVIII.

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