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Sessão única | June 5, 2023  | 306 Lotes

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DOMINGOS SEQUEIRA - 1768-1837 Retrato do filho do marquês de Marialva grafite sobre papel manchas de humidade não assinado Dimensões (altura x comprimento x largura) - 16 x 15 cm Notas: 1. Verso com inscrição manuscrita, assinada por Luís Xavier da Costa, do seguinte teor: "Desenho original do pintor Domingos Antonio de Sequeira para a litografia feita em Paris, em 1824: Retrato do filho do marquês de Marialva / (Existia na colecção Rebêllo Valente, do Porto, e foi-me oferecido em fevereiro de 1925 pelo Dr. A. Vasco Rebêllo Valente) / Veja os meus livros "A morte de Camões" e "A obra litográfica de Domingos Antonio de Sequeira" (Págs. 38 - 45 - 50-), onde vem reproduzido.";

2. "A obra litográfica de Domingos António de Sequeira" a que inscrição se refere corresponde à Separata de «Arqueologia e História» - IV». Composição e impressão da Tipografia do Comércio. Lisboa, 1925;

3. A história deste desenho, que deu origem a uma litografia, é contada por Luís Xavier da Costa no seu referido estudo 'A obra litográfica de Domingos António de Sequeira';

4. Resumindo, a história é a seguinte: o último marquês de Marialva terá tido um filho natural com uma tal Madame d'Ayala, quando se encontrava já em Paris, nos últimos anos de vida.  

Tendo morrido o marquês em Novembro de 24, de forma súbita e inesperada, a dita Senhora e a criança - que teria pouco mais de um ano de idade - ficaram em má situação financeira. Sequeira, que então também se encontrava em Paris, faz a litografia para se proceder a uma espécie de subscrição entre os amigos para angariarem dinheiro para o sustento do menino. Numa carta ao cunhado, datada de 28 de Abril de 1824, escreve 'o Retrato do filho do Marquês (destas vão 4) e que vai reprezentado o inocente izolado no mundo no meio da França esperando socorro' (daí estar representado com as mãos levantadas, como se estivesse a suplicar e sobre um mapa...).

Entretanto, há uma série de contactos oficiais na Corte portuguesa para se nomear um tutor legal para a criança. É toda essa documentação que Xavier da Costa publica.

Numa das últimas cartas, datada de março de 1825, diz-se que a criança acabou por morrer no dia 1 desse mês, devido 'a huma catharral complicada com a dentição'. Todo o processo ficou a partir daí sem efeito e não teve continuidade.

A Cabral Moncada Leilões regista e agradece à Dra. Alexandra Markl a confirmação da autoria da presente obra e as preciosas indicações, designadamente bibliográficas, que antecedem.

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