VISCONDE DE MENESES - 1817-1878 Auto-retrato - Visconde de Meneses óleo sobre tela reentelado, restauros, pequenas faltas na camada pictórica não assinado Dimensões (altura x comprimento x largura) - 68 x 54 cm Notas: "Luís Pereira de Meneses (1817-1878) daí a sete anos produzirá um retrato que constitui outro emblema romântico: o de sua mulher, a viscondessa de Meneses (M. N. A. C.). Visconde ele próprio, num título recente do pai (magistrado de 1820, retratado pelo Oeirense na sua série litográfica), Meneses fez estudos em Roma e pela Holanda, Londres e Paris, copiou retratos de Rembrandt, de Ticiano, de van Dyck, de Lawrence, de Rigaud, decidindo-se então por esta especialidade artística que, em carta de 1846, considerava a única conveniente ao seu estatuto social de «verdadeiro gentleman»: esta qualidade indispensável ao retratista que «um homem vulgar» nunca alcançaria, mesmo se talentoso. O snobismo do artista que, inserido na alta sociedade burguesa do fontismo teria sinecuras oficiais e numerosas condecorações, serviu-o na carreira desejada e altivamente prosseguida, como amador respeitado pelo talento certo que mostrava. Retratou a mulher em 1860, em busto (col. particular), retratou a filha (M. N. S. R.), a mãe, o pai, fez dois auto-retratos [aos quais se junta este que levamos a leilão], um ainda de jovem artista algo boémio (M. N. A. C.), outro de cavalheiro condecorado (M. N. S. R.); retratou também um amigo inglês, C. W. King (1847, M. N. A. C.), o seu amigo Metrass, e Antero de Quental jovem  (M. N.A. C.)."
cf. FRANÇA, José-Augusto  - "O Retrato na Arte Portuguesa". Lisboa: Livros Horizonte, 1981, p. 60.