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Sessão única | December 12, 2022  | 419 Lotes

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ALFREDO KEIL - 1850-1907 "O Mosqueteiro" (?) óleo sobre tela reentelado, restauros assinado e datado de 1875 Dimensões (altura x comprimento x largura) - 87 x 69 cm Notas: 1 - "Retrato representando um soldado da época das Guerras da Restauração (1640-1668).
Tem nas mãos uma espada de copos de tigela com quebra-pontas, perfeitamente militar, usa colete de couro e sobre este um gorjal (protecção de pescoço) com lavrados ou marchetados, peça rica.
As mangas inspiram-se nas dos lansquenetes sendo semelhantes a uma representação existente na pintura de Veloso Salgado "Coroação de D. João IV", onde o Rei de Armas que empunha a bandeira usa mangas idênticas e com as mesmas cores - vd. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Joao_IV_
proclaimed_king.jpg - consultado a 22-11-2022 às 11:49.
Alfred Keil, que era coleccionador e amigo de coleccionadores, terá usado peças autênticas para a execução da presente pintura, incluindo o cadeirão de espaldar com pregaria."
A Cabral Moncada Leilões regista e agradece a Eduardo Nobre a identificação do traje usado pela figura representada, conforme transcrição precedente.
2 - Na listagem das obras expostas na 11ª Exposição da Sociedade Promotora das Bellas-Artes, realizada em Lisboa em 1875-1876, encontra-se identificada uma pintura de Alfredo Keil intitulada "O Mosqueteiro" - vd. "Relatorio de Contas da Sociedade Promotora das Bellas-Artes em Portugal no anno de 1875-1876". Lisboa: Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes, 1879.
Apesar da referida listagem não apresentar imagem da pintura, nem as suas dimensões, não podemos deixar de colocar a hipótese de se tratar da presente pintura.
3 – “[...] A série de fotografias que Keil realizou em 1874, dele próprio vestido de cavaleiro quinhentista, para modelos de pintura como “Depois do Duelo”, “O Mosqueteiro” e “Uma Boa Lâmina”, prova que a fantasia não está tanto no tema, mas acima de tudo no jogo que preside à realização de tais composições [...]. Keil divertia-se a imaginar-se mosqueteiro, “Depois do Duelo”, abatido por suposto resultado trágico da estocada final, ou preparando-se para outro, enquanto confirma as qualidades de “Uma Boa Lâmina”. O pintor gere com humor as referências literárias e operáticas deste mosqueteiro sem pose heroica, espreitado pelo espectador nos instantes em que medita sobre sentimentos tão humanos como o receio antes da luta e a tristeza que lhe pode suceder” – cf. “Alfredo Keil 1850-1907”, catálogo da exposição retrospectiva realizada na Galeria de Pintura do Rei D. Luís, Palácio da Ajuda. Lisboa: Instituto Português do Património Arquitectónico / Galeria de Pintura do Rei D. Luís, 2001, p. 29.

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