ESTÊVÃO [DE CRISTO], Frei.- LIBER PASSIONVM | ET EORVM QVÆ DOMINICA IN PALMIS, | vsque ad Vesperas Sabbathi sancti inclusiué, cantari solent: diligentissimè corre- | ctus, & locupletissimê actus: inprimis singularum verborum Accentu studiosissi- | mê spectato. | AVCTORE FRATRE STEPHANO | ex sacra IESV CHRISTI seruatoris Militia. | Ad D. Alfonsum de Castelbranco Episcopum | Conimbricæ, &c. | [gravura xilográfica impressa a vermelho, representando a Cruz de Cristo].- Olisipone: Excudebat Simon Lopezius cum facultate Inquisitorum. Anno 1595.- [4], LXXXVI f.: notação musical; 35 cm.- E. Edição quinhentista lisboeta de um importante passionário (cantochão), cujo autor (ca.1540-1613), natural de Torres Novas, professou a Ordem de Cristo no Convento de Tomar, em 15 de Janeiro de 1559. Rosto composto a preto e vermelho; no verso quatro licenças, subscritas respectivamente por Fr. Bartolomeu Ferreira (censor do Santo Ofício), D. Diogo de Sousa (bispo de Elvas, do Conselho), Fr. Lopo de Lisboa (dom prior da Ordem de Cristo) e Duarte Lobo (mestre da Capela da Sé de Lisboa) e ainda um pequeno texto intitulado “O Impressor aos Musicos curiosos” (1 + 5 linhas); na frente da segunda folha a dedicatória «Ao Bispo Conde: Frey Esteuão seu particular seruo. S.D.P.»; no verso, três poemas latinos ao autor, subscritos por Fr. Leonardo de Sousa, Manuel da Silva Moniz e Fr. Diogo. Na frente da terceira folha, o texto “O Actor aos Musicos coriosos”; no verso tem início a liturgia musical, com notação semi-mensural negra (quadrada tradicional, em clave de fá), sobre pautas de cinco linhas a vermelho, começando no Domingo de Ramos; as três primeiras páginas de notação inumeradas, pertencendo ao primeiro caderno); a partir do fólio I até ao fólio LXXXIV (com verso em branco) segue-se o restante texto musical. As iniciais capitulares são por vezes acompanhadas de gravuras xilográficas com cenas da Paixão. A este respeito deverá ler-se “O Canto da Paixão nos séculos XVI e XVII: a singularidade portuguesa”, de José Maria Pedrosa Cardoso (Coimbra: Universidade, 2006). Exemplar um pouco aparado, com ligeira acidez e sinais de manuseamento; restauro na margem inferior das últimas uas folhas, afectando ao de leve a última linha do texto; algumas anotações (instruções) manuscritas, para o coro. Interessante encadernação da época, inteira de carneira, cansada e desidratada (tratada), com trabalho a ouro (muito delido) nos planos e lombada; guardas e atilhos novos. Anselmo, 810. BN (Século XVI), 242. Biblioteca de D. Manuel II, 148.