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Sessão única | October 18, 2021  | 54 Lotes

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gavel€ 8,500Vendido

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MENEZ - 1926-1995 Sem título acrílico sobre tela ínfima falta na camada pictórica assinado e datado de 1980 Dimensões (altura x comprimento x largura) - 28,5 x 36 cm Notas: reproduzida em TAVARES, Salette - "Menez". Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1983, s/p.

Integrou a exposição "Menez", realizada na Galeria 111, Lisboa, e na Galeria Zen, Porto, em Abril de 1981, encontrando-se reproduzida no respectivo catálogo. Lisboa e Porto: Galeria 111 e Galeria Zen, 1981, nº 24.


Maria Inez Ribeiro da Fonseca, neta do general Óscar Carmona, inicia-se nas artes como autodidacta, começando a expor na Galeria de Março em 1954. Na década de 50 a pintura de Menez denota
a influência da Escola de Paris através de uma propensão para o lirismo e devaneio poético. As suas pinturas são, num primeiro momento, tendencialmente abstractas, vindo depois a figuração a ganhar terreno. Algo que nunca abandonará a sua pintura é uma particular luminosidade que se exprime através de um cromatismo etéreo e aquoso.
Ao longo dos anos 60 inicia-se na pintura a óleo e absorve uma nova influência pop que a leva a pintar objectos ou a seleccionar objectos como temática, numa década em que é bolseira da Fundação Gulbenkian em Londres.
Dona de um traço sensual e requintado, Menez dedica-se à criação de uma plenitude luminosa quer seja no tratamento dos rostos ou na gestão de superfícies abstractas. A própria representação produz
um efeito espacial, na medida em que as pinturas comportam sempre a sugestão de uma localização,
de uma profundidade de campo, geradora de diferentes planos que remetem para diferentes tipos
de espaços: um interior aberto pela luz exterior; um espaço habitável, em primeiro plano, com paisagem ao longe; ou até, talvez, um palco com paisagem em trompe l'oeil.
No final da década de 70 desenha-se uma nova fase, na qual a dimensão teatral de encenação
e o aparecimento de personagens parecem ganhar primazia, numa espécie de revisitação ingénua
das mais límpidas fantasias dramatúrgicas. Os anos 80 afirmarão uma vocação iconográfica e uma clara viragem figurativa. Inspirando-se no imaginário setencentista, Menez recria a suspensão e a sugestão narrativa bem como o ambiente intimista e insinuante da época, revestindo-os de uma inquietante
e quase mórbida elegância. As personagens de Menez inscrevem-se nas suas representações de jardins ou interiores como signos de uma presença lunar e desafectada.

in Melo Alexandre “Arte e Artistas e Portugal, Lisboa: Bertrand : Instituto Camões, 2007 - in website do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. / Biografias

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