O site da Cabral Moncada Leilões utiliza Cookies para proporcionar aos seus utilizadores uma maior rapidez e a personalização do serviço prestado. Ao navegar no site estará a consentir a utilização dos Cookies.Saiba mais sobre o uso de cookies

2ª Sessão | December 3, 2019  | 334 Lotes

1/9

euro_symbol€ 70,000 - 105,000 Base - Estimativa

remove_shopping_cart€ 0Retirado - Disponível para compra

chevron_leftLote anterior 500 chevron_rightLote seguinte

Retrato de Juan Martín Díez - El Empecinado (1775-1825) óleo sobre tela escola Espanhola séc. XIX (1º quartel) reentelado, pequenos restauros, pequenas faltas na camada pictórica Dimensões (altura x comprimento x largura) - 80 x 60 cm Notas: O presente retrato representa Juan Martín Díez, mais conhecido por “El Empecinado”, famoso militar e herói espanhol, celebrizado por enfrentar, com rara bravura, o exército napoleónico durante a Guerra da Independência Espanhola.
Nascido em Castrillo de Duero, província de Valladolid, em 1775, Juan Martín mostrou desde cedo possuir vocação militar, apesar de se dedicar à agricultura com os seus pais, Juan Martín e Lucía Díez. Aos 15 anos tentou juntar-se ao Regimento de Cavalaria Lanceiros de Farnese, sem sucesso. Só depois de atingir a maioridade pôde aderir à campanha da Guerra da Convenção (também conhecida como Guerra do Rossilhão ou Guerra dos Pirenéus), alistando-se como voluntário no 7º Regimento de Cavalaria Lanceiros de Espanha.
Aí recebeu formação bélica, durante dois anos, tendo chamado a atenção do general Ricardo Castaños que, impressionado com a valentia e invulgares qualidades do jovem vallisoletano, o escolheu para seu assistente. Neste papel teve a oportunidade de conhecer os pontos fortes e fracos dos exércitos, com especial destaque para a compreensão da eficácia de pequenos grupos independentes organizados em guerrilhas. Estes, devido à sua familiaridade com o terreno, e à rapidez com que actuavam, conseguiam surpreender e enfrentar grupos que os ultrapassavam em número de efetivos e em experiência, armando emboscadas aos soldados e aos mensageiros adversários, e investindo sobre eles com grande eficácia.
Acabada a guerra, instalou-se em 1796 com a sua mulher Catalina de la Fuente, como agricultor, em Fuentecén. Contudo, em 1808, o exército napoleónico invadiu o território espanhol e “El Empecinado” decidiu voltar a  combater. Numa primeira investida, organizou um pequeno grupo ofensivo, juntando familiares e vizinhos, unindo-se posteriormente às tropas espanholas, que por falta de experiência e instrução, eram facilmente derrotadas pelos franceses. Percebeu  então que o sistema anterior, de pequenos grupos de guerrilheiros posicionados ao longo de várias localidades, tinha uma maior eficácia no combate aos franceses, uma vez que conheciam bem o terreno e desgastavam continuadamente as tropas adversárias. Tornou-se então num grande apologista destas guerrilhas, ganhando fama pela sua valentia e pelo seu carácter obstinado e resiliente, de tal forma vincado que conseguiu alterar o próprio significado do seu ápodo. De facto, o nome pelo qual ficou conhecido – El Empecinado – de pecina, pez (lodo, que se encontrava estanque perto da vila natal de Juan Martín),  que se aplicava aos habitantes daquela vila em geral, (“pescinados”) com o significado de “sujos, mal cuidados”,  é hoje sinónimo de pessoa determinada  e valente, empenhada e persistente sem nunca ceder até alcançar os seus objectivos.  
                                                                                                                                                                
Em Outubro de 1808, foi outorgado por ordem real, a don Juan Martin Diez, o privilégio de usar o sobrenome de “Empecinado”, para si, seus filhos, e seus herdeiros. E foi essa a assinatura que passou a utilizar.
Em menos de um ano foi promovido a Tenente e depois a Capitão de Cavalaria, ficando responsável por todas as guerrilhas da região de Guadalajara. Em 1809, foi nomeado Comandante de Cavalaria Ligeira. As guerrilhas chegaram a ser comparadas com cabeças de Hidra, tal a sua resistência e dificuldade em serem aniquiladas de vez; e Napoleão chegou a designar um general, Joseph Hugo, (pai do escritor Vitor Hugo) para matar El Empecinado e os seus homens. Não o conseguindo, tomou como reféns a mãe e alguns familiares do recém-comandante, ameaçando fusilá-los. Mas Juan Martín  ameaçou matar mais de uma centena de prisioneiros franceses, o que levou o general Hugo a recuar, vindo a ser substiuído nesta missão pelo general Balliarce, autor da expressão que acrescentaria notoriedade a Juan Martin: “É impossível acabar com o Empecinado!”

Pela sua contínua e firme resistência ao exército francês, percorrendo diversas províncias espanholas, tornava-se cada vez mais famoso, convertendo-se num heroi em toda a Espanha. Foi nomeado Brigadeiro de Cavalaria na segunda metade do ano de 1810 e criou o Regimento de Hussardos de Guadalajara, em 1811, uniforme com o qual se apresenta no retrato que agora a Cabral Moncada Leilões leva à praça.
El Empecinado foi adicionando batalhas à sua lista, chegando a Madrid em 1812 onde conseguiu a rendição das tropas francesas e a consequente oficialização da Constituição de Cádis (La Pepa). No entanto, o regresso do exilio francês de Fernando VII de Espanha, em 1814, resultou no retorno à antiga constituição, instaurando-se assim o absolutismo real.
Chegou a ser promovido a Marechal de Campo por Fernando VII (o que contribuiu para a sua fama de Marechal – Guerrilheiro),  mas ganhou a inimizade do rei quando lhe pediu o retorno ao sistema constitucional de 1812, sendo por isso desterrado para Valladolid, em 1815.
Voltando à acção em 1820, os anos seguintes distinguiram-se pelos confrontos entre os adeptos do absolutismo e os defensores do liberalismo. A constituição foi restaurada, e El Empecinado foi promovido a governador de Zamora e Capitão Geral. Recusando o estatuto de nobre e a elevada quantia de dinheiro que receberia se aderisse à causa absolutista, foi somando inimigos entre os apoiantes de Fernando VII.
Em 1823, com o final do regime liberal, Juan Martin refugiou-se em Portugal acompanhado por uma escolta de cerca de 60 dos seus homens. Voltou à sua terra depois de amnistiado em 1824, com a promessa real de poder regressar sem perigo. Quando chegava a Aranda del Duero onde pretendia retirar-se, foi preso e levado para Nava de Roa, onde por ordem do alcaide viria a ser exposto numa jaula na Plaza Mayor, insultado e apedrejado, ficando preso com os seus companheiros de armas até à sentença ditada por Fernando VII, que o condenou a morrer na forca. A execução foi levada a cabo no dia 19 de Agosto de 1825, não sem que antes tentasse escapar, rompendo as algemas com a sua lendária e hercúlea força, arrancando a espada ao chefe da escolta e arriscando a fuga, até conseguirem imobilizá-lo e matá-lo.
A sua história não acabou da melhor maneira, mas a memória que ficou de “El Empecinado” foi a de um modelo de honra, coragem e fidelidade aos princípios liberais, permanecendo como um militar muito admirado tanto pelos seus apoiantes, como pelos seus adversários. Herói e mártir, foi imortalizado em escritos, esculturas, gravuras e pinturas.
A  sua representação em tela mais conhecida é atribuída a Francisco de Goya, e retrata Juan Martín Díez com o que se pensa ser o uniforme de Caçador de Guadalajara. Se assim for, o quadro que vai agora a leilão será anterior ao que se diz pintado por Goya, porquanto se apresenta com o uniforme de Coronel do Regimento dos Hussardos de Guadalajara: colete e dólman vermelhos, botões dourados no colete, botões prateados e 16 filas de alamares no dólman e na pelica, calças e pelica azúis, lenço castanho, dragonas prateadas com o emblema de Guadalajara e com as faixas de diferentes espessuras referentes ao cargo de Coronel, colbaque com a pluma branca de Coronel e sabre curvo de influência otomana com a folha de palma que o identifica como pertencente ao corpo de Cavalaria Ligeira dos Hussardos. O rosto, rodeado de cabelo e barba fortes e despenteados, traduz uma expressão firme, severa, que transmite força e determinação através das sobrancelhas contraídas e da boca apertada. O olhar vivo e penetrante é a característica que mais nos prende a atenção. Segundo o reputado académico Gerard Dufour (da Universidade Aix-Marseille), na sua obra “Goya durante la guerra de la Independencia” (Editora Cátedra, 2008), alguns historiadores da arte opinam que existirão dois retratos de “El Empecinado”, um dos quais retratando-o com o dolman dos hussardos. As recentes pesquisas feitas em Espanha e em Portugal, não colocam dúvidas sobre o personagem retratado, nem sobre o facto de o mesmo estar em presença do artista. Não obstante as diversas tentativas levadas a cabo para o efeito ao longo do tempo, a autoria desta pintura continua por determinar. Quanto à sua datação, podemos situá-la como posterior a Agosto de 1811, uma vez que foi neste mês promovido a Coronel; tendo sido nomeado Marechal em 1814, conclui-se que a execução deste retrato terá de ter sido posterior a 1811 e anterior a 1814. Trata-se da única representação conhecida, com inegável qualidade pictórica, do uniforme dos Hussardos de Guadalajara, envergado pelo seu criador, o que constitui, só por si, um significativo documento histórico para o estudo da Guerra da Independência espanhola.

Bibliografia :

CASTILLO, Carmen Montilla – “Goya y El Empecinado en el Museo del Ejército de Madrid”.  In “Revista de Cultura Militar”, nº 10, Servicio de Publicaciones. Madrid: UCM, 1997.

DUFOUR, Gerard – “GOYA durante la guerra de la Independencia”, Editora Cátedra. Historia. Serie Mayor (Grupo Anaya, S.A), Madrid 2008.


Todas as pesquisas e análises realizadas serão entregues ao comprador desta peça.

----
El retrato actual representa a Juan Martín Díez, más conocido por “El Empecinado”, celebridad militar y héroe español, famoso por
enfrentar, con una valentía excepcional, al ejército napoleónico durante la Guerra de la Independencia Española.
Nació en Castrillo de Duero, en la provincia de Valladolid, en el año 1775, Juan Martin demostró desde muy pronto tener una peculiar vocación militar, aunque se dedicó a la agricultura, actividad profesional de sus padres, Juan Martin y Lucía Díez. A los 15 años intentó juntarse al Regimiento de Caballería de Lanceros de Farnese, sin ningún éxito. Después de haber cumplido la mayoría de edad pudo alistarse como voluntario en el 7º Regimiento de Caballería Lanceros de España con el fin de participar en la campaña de preparación de la Guerra del Rosellón o Guerra de los Pirineos.
Allí recibió formación militar, durante dos años, llamando la atención del General Ricardo Castaños, al cual impresionó con su valentía y las grandes capacidades del vallisoletano, eligiéndolo como asistente personal. Con esta experiencia, el joven vallisoletano tuvo la excelente oportunidad de conocer los puntos fuertes y débiles del ejército, comprendiendo la eficacia de pequeños grupos organizados en guerrillas. Estos grupos, debido a la familiaridad con el terreno y a la manera rápida como actuaban, conseguían sorprender y enfrentar otros grupos guerrilleros con un mayor número de efectivos y con mayor experiencia, organizando emboscadas a los soldados y adversarios, profesando una gran eficacia.
Acabada la guerra, se instaló en 1796 junto a su mujer Catalina de la Fuente, en la localidad de Fuentecén. Allí se afinca y vive calmadamente de su antiguo oficio de labrador. En 1808, el ejército napoleónico invadió el territorio español. Nuestro protagonista, El Empecinado, decidió luchar contra los franceses. Inicialmente, organizó un pequeño grupo para solo defenderse, juntando familiares y vecinos de pueblo. Se cree que esta decisión estuvo motivada por la violación de una muchacha del pueblo por parte de un soldado napoleónico. Se dirigió al soldado y le dio muerte. Posteriormente se unió a las tropas españolas, debido a la falta de experiencia e instrucción militar, fueron derrotados por los franceses.
Estudiando la situación, se dio cuenta que la táctica anteriormente utilizada era más eficaz en el combate a los franceses, decidió volver a organizar pequeños grupos de guerrilleros improvisados, esparcidos por varias localidades. Esto se debía fundamentalmente, a que estos grupos guerrilleros conocían muy bien el terreno donde combatían y esto provocaba el desgaste de los adversarios. El Empecinado fue un claro defensor en formar este tipo de guerrillas, ganando fama por su valentía y por su carácter obstinado, por este motivo el apodo del Empecinado, comenzando a forjar su leyenda.
Nuestro personaje, conocido como el Empecinado debido al gentilicio que se le da a los habitantes del pueblo natal de Juan Martín, llamados “pecinados” (la palabra “pecina” significa lodo sucio que se encuentra en estanques o ríos). A los habitantes de este pueblo se les llamaban empecinado, debido al arroyo que atravesaba la aldea. Este vocablo significaba “personas sucias o mal cuidadas”. Actualmente, este término debido a la figura valiente y persistente de El Empecinado, el cual nunca desistía de los objetivos que se marcaba, significa “persona valiente y decidida” En octubre de 1808, le fue otorgada a través de una orden real, a Don Juan Martín Díez, el privilegio de usar el apodo de “Empecinado”, para el mismo, para sus hijos y todos sus herederos. Y fue así que comenzó a utilizar este apodo, hombre testarudo, luchador y valiente.
Al poco tiempo, ascendió en su carrera militar a Teniente y rápidamente a Capitán de Caballería, siendo el responsable de todas las guerrillas de la Región de Guadalajara. En 1809, fue nombrado Comandante de Caballería Ligera. Las guerrillas llegaron a ser comparadas con cabezas de Hidra, debido a su resistencia y gran dificultad en ser eliminadas de forma fulminante. El propio Napoleón llegó a designar un general, el general Joseph Hugo (padre del escritor Vitor Hugo) para intentar matar al Empecinado y a sus hombres. No lo consiguió, cogió como rehenes a la madre y algunos familiares del recién comandante, amenazándolos con fusilarlos. Pero Juan Martín una vez más los desafió con matar a una centena de prisioneros franceses, lo que llevó al General Hugo a desistir de su decisión.  Fue sustituido por el General Balliarce, autor de la expresión que le daría una gran notoriedad y protagonismo a Juan Martín: “Es imposible acabar con el Empecinado”
Se volvió cada vez más famoso, recorriendo diversas provincias españolas. Convirtiéndose en un héroe en toda España, por su continua y  firme resistencia al ejército francés. Se le nombró Brigadier de Caballería, en la segunda mitad del año 1810, se creó el Regimiento de Caballería de Cazadores de Guadalajara en 1811, en el cual ascendería a Coronel. Con este uniforme militar se presente en el retrato que la empresa Cabral Moncada Leilões lleva a subasta.
El Empecinado fue ganando batallas, llegando a Madrid en 1812 donde consiguió que las tropas francesas se rindiesen y por tanto se oficializó la Constitución de Cádiz (La Pepa). Sin embargo, al regreso de su exilio francés del Rey Fernando VII, en 1814, se volvió a instaurar la antigua Constitución, volviendo el Absolutismo Real.
Ascendió a Mariscal de Campo por orden del Rey Fernando VII (contribuyendo esto a ser Mariscal Guerrillero) pero por el contrario perdió la confianza del Rey cuando le pidió que volviese a instaurarse el sistema constitucional de 1812, por este motivo fue desterrado para Valladolid, en 1815.

Volvió a la acción en 1820, los siguientes años se caracterizaron por los diversos enfrentamientos entre los defensores del absolutismo y los del liberalismo. La Constitución de 1812 fue nuevamente proclamada y nuestro protagonismo ascendió a Gobernador de Zamora y a Capitán General. Rechazó el estatuto de ser Nobre, al igual que a la gran cantidad de dinero que podría recibir si se incorporase a la lucha de la causa absolutista, por ese hecho fue ganándose cada vez más enemigos, los seguidores del Rey Fernando VII.                                                                                                                                                          
En 1823, coincidiendo con el final del régimen absolutista, Juan Martín se refugió en Portugal acompañado por una escolta de unos 60 hombres de su ejército. Volvió a su tierra después de ser liberado en 1824, con la promesa real de poder regresar sin peligro. Cuando estaba llegando a Aranda de Duero donde pretendía retirarse, fue encarcelado, siendo llevado para Nava de Roa, en este lugar por orden del Alcalde sería expuesto en una jaula en la Plaza Mayor del pueblo.  Allí, fue insultado y apedreado, siendo capturado junto a sus compañeros de armas hasta que fuese dictada la sentencia por Fernando VII, el cual lo condenó a morir en la horca. La ejecución fue efectuada el día 19 de agosto de 1825, por supuesto, El Empecinado luchó hasta el final, intentando escapar, rompiendo las esposas con su legendaria fuerza. Arrancó la espada al jefe de la escolta y arriesgó la huida, hasta que consiguieron inmovilizarlo y matarlo.
Su historia no acabó de la mejor manera, pero para la posteridad, el Empecinado fue un modelo de honra, coraje y fidelidad a los principios liberales. Permanecerá para la Historia como un militar muy admirado, tanto por sus seguidores, como por sus adversarios. Fue un héroe y un mártir, inmortalizado en escritos, grabados y pinturas. La representación en pintura más conocida está atribuida a Francisco Goya, retrata a Juan Martín Díez con el supuesto uniforme del Cazador de Guadalajara. Siendo así, este cuadro que va a ser actualmente subastado, será anterior al pintado por Goya, por tanto se presenta con el uniforme de Coronel de Regimiento de los Husardes de Guadalajara: chalequillo y  chaqueta corta roja de piel de cabritilla, botones dorados en el chalequillo y botones plateados con dieciséis filas de cordones entrelazados en la chaqueta, pantalones azules, pañuelo marrón,  charreteras plateadas con el emblema de Guadalajara y con divisas de diferentes grosor referentes al cargo del Coronel y sombrero militar de pelo con la pluma blanca y sable curvo de influencia otomana con la hoja de palma que lo identifica como perteneciente al cuerpo de Caballería Ligera de los Husardes.

El rostro, rodeado de pelo, barbas fuertes y despeinado, nos revela una expresión firme, severa, transmitiendo fuerza y seguridad a través de las cejas tensas y la boca apretada. La mirada viva y penetrante es la característica que más nos llama la atención. Según el conceptuado académico, Gerar Dufour (Universidad Aix-Marseille), en su obra “Goya durante la guerra de Independencia” (Editorial Cátedra, 2008), algunos historiadores del arte opinan que existirán dos retratos de “El Empecinado”, uno de los cuales está retratándolo con el uniforme de los Husardes.
Las más recientes investigaciones realizadas en España y Portugal, no dan lugar a dudas sobre quién es el personaje retratado. La autoría de esta pintura no fue hasta la fecha actual confirmada. Sin embargo, podemos fecharla como posterior a agosto de 1811, una vez que fue en este mes que fue promovido a Coronel. Siendo, en 1814, nombrado Capitán General, se concluye que la ejecución de este retrato sería realizada posterior a agosto de 1811, y anterior a 1814. Se trata de una única representación conocida, con innegable calidad pictórica, con el uniforme de los Husardes de Guadalajara vestido por su creador, siendo de esta manera un documento muy importante para el estudio de la Guerra de la Independencia Española.


Bibliografía:

CASTILLO, Carmen Montilla – “Goya y El Empecinado en el Museo del Ejército de Madrid”.  In “Revista de Cultura Militar”, nº 10, Servicio de Publicaciones. Madrid: UCM, 1997.

DUFOUR, Gerard – “GOYA durante la guerra de la Independencia”, Editora Cátedra. Historia. Serie Mayor (Grupo Anaya, S.A), Madrid 2008.

Todas las investigaciones y análisis realizados serán entregados al comprador de esta pieza.

---------------

The present picture represents Juan Martín Díez, more known for
“El Empecinado”, military celebrity and Spanish hero, famous for
facing, with rare bravery, the Napoleonic army during the War of
Spanish Independence.
Born in Castrillo de Duero, province of Valladolid, in 1775, Juan
Martín showed early since possessing military vocation, although
dedicating himself to agriculture with its parents, Juan Martín and
Lucía Díez. At 15 years old he tried to join the Farnese Regiment of
Cavalry Lancers, without success. Only when of age he could join the
campaign of the Convention War (also known as the Roussillon War
or War of the Pyrenees), signing up as voluntary in 7th Regiment of
Cavalry Lancers of Spain.
There he received warlike formation, during two years, called
the attention of general Ricardo Castaños who, impressed with the
bravery and unusual qualities of the young vallisoletano, chose him
for his own assistant. In this role he had the chance to know the
strong and weak points of the armies, with special prominence for
the understanding of the effectiveness of small independent groups
organised for guerilla warfare. These, due to their familiarity with
the terrain, and to the speed they acted, were able to surprise and
to engage groups that exceeded them in number and experience,
setting up ambushes to the adversary soldiers and messengers,
investing against them with great effectiveness.
The war finished, he settled in 1796 with his wife Catalina de la
Fuente, as a farmer, in Fuentecén. However, in 1808, the Napoleonic
army invaded the Spanish territory and “El Empecinado” decided
to fight back. In a first strike, he organised a small offensive group,
gathering relatives and neighbours, joining themselves later to the
Spanish troops, which due to lack of experience and instruction,
easily were defeated by the French. He realised then that the
previous system, of small groups of guerrillas located throughout
some towns, had a greater effectiveness in combating the French,
for they knew the terrain well and continually wearied the opposing
troops. He became then a great apologist of these engaging guerillas
in warfare, gaining fame for its bravery and his stubborn and resilient
character, in such a way well-defined that he was able to change the
meaning of his own nickname.
In fact, the name for whom he was known - El Empecinado -
of pecina, pez (sludge, which was sealed near the village of Juan
Martín), that applied to the inhabitants of that village in general,
(“pescinados”) with the meaning of “dirty, badly well-taken care of”
is today synonymous with a determined, courageous, committed and
persistent person without ever giving in until he reaches his goals.
In October 1808, Don Juan Martín Díez was granted by Royal
Order, the privilege of using the surname “Empecinado”, for himself,
his children, and his heirs. And that was the signature that came to
use.
In October 1808, he was promoted to Lieutenant and then to
Cavalry Captain in less than a year, being responsible for all the
guerrillas in the Guadalajara region. In 1809, he was appointed
Commander of Light Cavalry. The guerrillas came to be compared
with Hydra’s heads, such was their resistance and difficulty in being
annihilated at once. Napoleon even appointed a general, Joseph
Hugo, (father of writer Victor Hugo) to kill El Empecinado and
his men. Not succeeding, he took hostage the mother and some
relatives of the new commander, threatening to shoot them. But
Juan Martín threatened to kill more than a hundred French prisoners,
which led General Hugo to retreat, being replaced in this mission by
General Balliarce, author of the expression that would add notoriety
to Juan Martín: “It is impossible to end the Empecinado!”
Through his continuous and firm resistance to the French army,
traveling through several Spanish provinces, he became increasingly
famous, becoming a hero throughout Spain. He was named Brigadier
of Cavalry in the second half of the year 1810 and created the Hussar
Regiment of Guadalajara, in 1811, uniform with which he appears in
the portrait that now Cabral Moncada Leilões puts to auction.
El Empecinado was adding battles to his list, arriving at Madrid
in 1812 where he obtained the surrender of the French troops and
the consequent officialisation of the Constitution of Cadiz (La Pepa).
Nevertheless, the return from the French exile of king Ferdinand VII
of Spain, in 1814, resulted in the return to the old constitution, thus
establishing the royal absolutism.
He was promoted to Field Marshal by Ferdinand VII (which
contributed to his reputation as Marshal - Guerrilla), but gained the
enmity of the king when he asked for the return to the constitutional
system of 1812, being therefore banished to Valladolid in 1815.
Returning to action in 1820, the following years distinguished
themselves by the clashes between the adherents of absolutism
and the defenders of liberalism. The constitution was restored, and
El Empecinado was promoted to governor of Zamora and Captain
General. Refusing his status as nobleman and the high amount of
money he would receive if he adhered to the absolutist cause, he
was adding enemies among the supporters of Ferdinand VII.
In 1823, with the end of the liberal regime, Juan Martín took
refuge in Portugal accompanied by an escort of about 60 of his
men. He returned to his homeland after being amnestied in 1824,
with the real promise of being able to return safely. When he arrived
at Aranda del Duero where he intended to retire, he was arrested
and taken to Nava de Roa, where, on the orders of the mayor, he
was to be exhibited in a cage in Plaza Mayor, insulted and stoned,
being imprisoned with his comrades in arms until sentence dictated
by Ferdinand VII, that condemned it to die in the gallows. The
execution was carried out on August 19, 1825, not without first trying
to escape, breaking the handcuffs with his legendary and herculean
strength, plucking the sword at the head of the escort and venturing
the escape, until they were able to immobilize him and kill him.
His story did not end in the best way, but the memory that
remained of “El Empecinado” was that of a model of honour,
courage and fidelity to liberal principles, remaining like a soldier
greatly admired by both supporters and opponents. Heroe and
martyr, was immortalized in writings, sculptures, engravings and
paintings.
His best known representation on canvas is attributed to
Francisco de Goya and portrays Juan Martín Díez with what is
thought to be the uniform of Hunter of Guadalajara. If so, the picture
that goes now to auction will be previous to the one said painted
by Goya, because it is presented in the uniform of Colonel of the
Regiment of the Hussars of Guadalajara: red vest and dolman, gold
buttons on the waistcoat, silver buttons and 16 rows of buttonholes
and kid leather, blue trousers and kid leathers, brown scarf, silver
epaulettes with the emblem of Guadalajara and the bands of
different thicknesses related to the position of Colonel, busby with
the white plume of Colonel and curved saber of Ottoman influence
with the palm leaf that identifies him as belonging to the Light
Cavalry of the Hussars.
The face, surrounded by strong, unkempt hair and beard,
translates a firm, severe expression that conveys strength and
determination through the contracted eyebrows and tight mouth.
The lively and penetrating look is the feature that holds our attention
the most. According to renowned academic Gerard Dufour (Aix-
Marseille University) in his work “Goya durante la guerra de la
Independencia” (Cátedra publishers, 2008), some art historians
believe that there is two portraits of “El Empecinado”, one of them
portraying him with the dolman of hussars. Recent research in Spain
and Portugal does not raise questions about the character portrayed,
nor about the fact that he is in the artist’s presence. Despite several
attempts in the last few years, the authorship of this painting was
not confirmed until today. We can, however, situate it as after
August of 1811, since it was on this month that he was promoted to
Colonel; Having been appointed Marshal in 1814, it is concluded that
the execution of this portrait must have been after 1811 and before
1814. It is the only known representation, with undeniable pictorial
quality, of the uniform of the Hussars of Guadalajara dressed in its
creator, thus becoming an important historical document for the
study of the Spanish War of Independence.


Bibliography:

CASTILLO, Carmen Montilla – “Goya y El Empecinado en el Museo del
Ejército de Madrid”. In “Revista de Cultura Militar”, nº 10, Servicio de
Publicaciones. Madrid: UCM, 1997.
DUFOUR, Gerard – “GOYA durante la guerra de la Independencia”, Editora
Cátedra. Historia. Serie Mayor (Grupo Anaya, S.A), Madrid 2008.

All the undertaken research and analysis will be delivered to the buyer of
this piece.

Mensagem