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Sessão única | October 18, 2021  | 54 Lotes

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AMADEO DE SOUZA-CARDOSO - 1887-1918 "Copo branco belleza dos objectos" óleo sobre tela assinado (1915-1916) Dimensões (altura x comprimento x largura) - 50 x 40 cm Notas: etiqueta da Fundação Calouste Gulbenkian com o número 60, colada no verso.

Reproduzida no "Catálogo Raisonné - Amadeo de Souza Cardoso - Pintura". Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2016, p. 326, nº P174.

Reproduzida em BELÉM, Margarida Cunha; RAMALHO, Margarida Magalhães - "Fotobiografias Século XX - Amadeo de Souza-Cardoso". Lisboa: Círculo de Leitores, 2009, p. 174.

Integrou a "Exposição de Pintura (Abstracionismo): Amadeo de Souza-Cardoso", realizada no Salão de Festas do Jardim Passos Manoel, Porto, de 1 a 12 de Novembro de 1916, encontrando-se referida no respectivo desdobrável com o nº 61.

Integrou a "Exposição de Pintura: Amadeo de Souza-Cardoso", realizada na Liga Naval Portuguesa - Palácio do Calhariz, Lisboa, de 4 a 12 de Dezembro de 1916, encontrando-se referida no respectivo desdobrável com o nº 61.

Integrou a exposição "Diálogos de Vanguarda", realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, de 14 de Novembro de 2006 a 15 de Janeiro de 2007, encontrando-se reproduzida no respectivo catálogo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008, s/p, nº 160.

Integrou a exposição "Amadeu de Souza-Cardoso", realizada no Grand Palais, Paris, 20 de Abril a 18 de Julho de 2016, encontrando-se reproduzida no respectivo catálogo. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian, 2016, pp. 208 e 209, cat. 154.

Integrou a exposição "Amadeo de Souza-Cardoso - Porto - Lisboa - 2016 - 1916", realizada no Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto, de 1 de Novembro a 31 de Dezembro de 2016, e no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa de 12 de Janeiro a 26 de Fevereiro de 2017, encontrando-se reproduzida no respectivo catálogo. Porto: Bluebook, pp. 74 e 229, figs. 25 e 50, onde se informa constar com o título "Verre blanc   ailes rouges", numa lista de títulos e medidas anotados a lápis por Amadeo.

De acordo com o Catálogo Raisonné, integrou também as exposições:

"Amadeo de Souza-Cardoso", realizada no Palácio Foz, Lisboa, em Maio de 1959, com o nº 125.

"Amadeo de Souza-Cardoso", realizada no Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto, em Junho de 1959, com o nº 125.

"Amadeo de Souza-Cardoso: pintura, desenho, aguarela", realizada na Galeria Jornal de Notícias, Porto, de 8 de Março a 5 de Abril de 1985, com o nº 16.


Inicialmente interessado pela arquitectura desloca-se a Lisboa em 1905 e no ano seguinte a Paris, onde viveria até 1914, com longas estadas de Verão em Espinho. Mas a sua apetência pelo desenho e pela caricatura, primeiro, e pela pintura, depois, cresce, e em 1909 ingressa na Académie Vitti, onde é aluno de Anglada-Camarasa. O seu convívio, inicialmente restrito ao círculo português, logo se alarga a Zuloaga e Mondigliani – a quem o une uma estreita amizade, expondo com ele em 1911 – e, em 1910–12, a Picasso, Jacob, Archipenko, Brancusi, os Delaunay, Gris, Boccioni e Severini, inserindo-se plenamente no contexto vanguardista. Durante este período várias referências começam a confluir no seu trabalho, num encontro singular que junta o folclore e a estética dos Ballets Russes, a pintura primitiva, Mondigliani, o Jugendstil, o Cubismo ou o Futurismo.
Começa também a sua carreira pública integrando o Salon des Indépendants (1911, 1912 e 1914) e o X Salon d’Automne (1912) e publicando o álbum XX Dessins. Em 1913 participa na primeira grande exposição de vanguarda nos Estados Unidos, o Armory Show, e amplia as suas referências ao Expressionismo alemão, que terá um particular reflexo no seu trabalho, participando ainda no Erster Deutscher Herbstsalon, de Berlim. Em 1914, o eclodir da guerra obriga Amadeo a regressar a Manhufe.
Entre o desejo adiado de voltar a Paris e os projectos sem concretização com Walter Patch e com os Delaunay – com os quais sonhara uma Corporation Nouvelle com Expositions Mouvents em Barcelona, Estocolmo e Oslo – decorrem os últimos anos do artista, prematuramente falecido em 1918. Foram anos de intenso trabalho, que resultaram numa obra determinante para a arte portuguesa do século XX. Mas também foi uma época de solidão e incompreensão, como demonstrou a reacção violenta que envolveu a sua exposição individual Abstraccionismo (Porto e Lisboa, 1916), reacção
que nada, nem o apoio entusiasta do grupo futurista português conseguiu travar.

Maria Jesús Ávila

in website do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado / Colecção / Artistas

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