chevron_left1/22chevron_right
euro_symbol€ 25,000 - 37,500 Base - Estimativa
gavel€ 28,000Vendido
Terrina "Olha" com presentoir prata de 833/1000 decoração relevada "Animais, flores e folhas" Portuguesa pequena falta e defeito no interior do aro da tampa marca de ensaiador de Lisboa (1694-1723), marca de ourives atribuível a João Frederico Ludovice (1670-1752), marca de posse gravada BIM-BIM PRADO Dimensões (altura x comprimento x largura) - (terrina) 29 x 21,5 cm; (presentoir) 40,7 cm; Peso - 2.340 g. Notas: a presente terrina encontra-se representada no catálogo da exposição "Ourivesaria Portuguesa & os seus Mestres". Porto: Museu Nacional Soares dos Reis, 1997, p. 13, fig. 8.Vd. ALMEIDA, Fernando Moitinho de; CARLOS, Rita - "Inventário de Marcas de Pratas Portuguesas e Brasileiras - Século XV a 1887". Lisboa: IN-CM, 2018, L-24 e L-364.Segundo o perito Henrique Correia Braga, para além da que foi vendida na Cabral Moncada Leilões em 2019 (Leilão 203, lote 696 - https://www.cml.pt/leiloes/2019/203-leilao/2-sessao/696/terrina-redonda-com-salva-de-centro-elevado) conhecem-se apenas mais três exemplares de terrinas "olhas", sendo a primeira delas e a presente as únicas com o seu próprio presentoir:- um exemplar com a mesma marca de ensaiador e marca de ourives MF, que pertenceu à Colecção do Rei D. Fernando, tendo sido fotografada no Palácio das Necessidades em c. 1866, por Charles Thurston Thompson, vd: https://collections.vam.ac.uk/item/O1097291/silver-bowls-with-covers-palace-photograph-thompson-charles-thurston/, herdada pela filha de D. Fernando, D. Antónia, e vendida mais tarde pelos seus descendentes no leilão da Sotheby's "Treasures, Princely Taste", em Julho de 2012, vd: https://www.sothebys.com/en/auctions/ecatalogue/2012/treasures-princely-taste-l12307/lot.1.html?locale=en;- outro exemplar com marca de ensaiador anterior e marca de ourives FA, está representado no catálogo da exposição "Ourivesaria Portuguesa & os seus Mestres". Porto: Museu Nacional Soares dos Reis, 1997, p. 10, fig. 5;- e por último a que pertence à Colecção dos Condes de Castro Guimarães, desprovida de marcas e com decoração singela, reproduzida in D'OREY, Leonor - "A Coleção de Ourivesaria do Museu dos Condes de Castro Guimarães", Câmara Municipal de Cascais, 2005, p. 34.João Frederico Ludovice (1670-1752) foi um arquitecto e ourives de origem germânica que aos 27 anos se mudou para Roma, onde ficou ao serviço da Companhia de Jesus. Nesta cidade vai colaborar em diversas obras de artes decorativas, da qual se destaca o altar de Santo Inácio de Loyola na igreja do Gesù, que executa juntamente com artistas italianos e franceses. Quando se mudou para Portugal, por volta de 1700, continuou a trabalhar para os Jesuítas, ficando encarregue de executar o sacrário em prata da igreja do Colégio de Santo Antão o Novo (actual Hospital de São José). Este projecto não vai ser concluído, começando Ludovice a trabalhar para D. Pedro II e posteriormente para D. João V, que recorrendo sobretudo às suas aptidões como arquitecto, desenhador e projetista, acaba por secundarizar a sua carreira como ourives. Ao longo da sua carreira, vai ser encarregue da direcção de algumas das obras de arquitectura mais importantes do reino, como o Convento de Mafra, a igreja Patriarcal ou a Capela de São João Baptista na igreja de São Roque.