CURSO LIVRE DE INTRODUÇÃO À MILITARIA, ARMAMENTO E CONDECORAÇÕES

O termo “Militaria” provém do latim “Res Militaria” (“assuntos militares”) mas tem evoluído, deste significado mais generalista, para o de “objectos militares”.

INTRODUÇÃO

O termo “Militaria” provém do latim “Res Militaria” (“assuntos militares”) mas tem evoluído, deste significado mais generalista, para o de “objectos militares”. Estes constituem um universo tão vasto e complexo que acabou mesmo por gerar ramos separados de coleccionismo, sendo os dois mais notáveis os das condecorações e das armas ligeiras de fogo.
Na Militaria ficou ainda assim um sem-número de objectos, tais como coberturas de cabeça e outros artigos de vestuário, espadas (ao contrário das armas de fogo, estas são consideradas artigos de uniforme), bandeiras e estandartes ou insígnias, para citar apenas alguns.

INSCRIÇÕES

As inscrições são limitadas e obrigatórias.

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DURAÇÃO

1 sessão de 2.30h.

DATAS E VALORES

7 de Março de 2023
Terça-feira, a partir das 19h

Presencial
€ 40

Online
€ 20

NOVIDADE – PACOTE CURSO COMPLETO DE MILITARIA + HERÁLDICA
Presencial
€ 180
Online
€ 100

LOCALIZAÇÃO

Cabral Moncada Leilões
Rua Miguel Lupi, 12 D, 1200-725 Lisboa

CALENDÁRIO

7 de Março – 19h
Módulo 1 Militaria, Armamento e condecorações

FALERÍSTICA – TIAGO FLOR

SINOPSE
O colecionismo, estudo e sistematização de conhecimento em torno de medalhas, ordens e condecorações militares ou civis, é entre nós coleccionadores, e no mercado nacional, um conceito relativamente desconhecido, ou ignorado.
Tendo estado por décadas, dependente da numismática, a Falerística tem vindo a ser reconhecida como uma ciência auxiliar da História particularmente nos últimos 20 anos, muito devido ao trabalho de coleccionadores e estudiosos, como Ary dos Santos, José Vicente de Bragança e Paulo Estrela.
Sendo muitas vezes mais estudada, compreendida e coleccionada fora de Portugal, é premente e fundamental, encetar um esforço colectivo para a valorização e valoração das Condecorações Portuguesas, e da correcta identificação de espécimenes estrangeiros que vão à praça no nosso País.

ARMAMENTO – JAIME REGALADO

SINOPSE
No universo das colecções particulares, as colecções de armas, pela sua representatividade tecnológica ou exotismo, sempre ocuparam um lugar especial. Se os museus militares privilegiaram no seu acervo as armas militares, coube às colecções particulares a recolha e o estudo das armas, tanto militares como civis.
Neste contexto de colecção particular, a par com o seu estudo e sistematização, impõe-se considerar o valor dos objectos. Este, ditado pela imutável lei da oferta e da procura, está interligado com o conhecimento rigoroso dos objectos, da sua raridade e relações com a sua história e memória. Cabe às leiloeiras, como espaço especializado de venda destes objectos, reunir e providenciar esse conhecimento aos colecionadores, tornando-os mais apelativos, e assumindo uma posição reguladora informal, diferenciada de um crescente mercado selvagem das redes sociais.

MILITARIA − PEDRO SOARES BRANCO

SINOPSE
O coleccionismo de Militaria encontra-se bem estabelecido em muitos países, em partic- ular nos Estados Unidos da América, na Alemanha, em França e no Reino Unido. Regra geral, os coleccionadores de cada país têm mais apetência pelos objectos da sua própria história (por exemplo, da Guerra do Vietname nos Estados Unidos da Américas), mas alguns despertam interesse mundial (em 2014, um dos chapéus de Napoleão foi adquirido por um coleccionador sul-coreano por 1,9 milhões de euros). Um aspecto curioso é a maior valorização dos objectos da parte vencida (por exemplo, os Estados Confederados da América ou o III Reich) face aos do lado vencedor.
Como qualquer outra, uma colecção de Militaria portuguesa faz-se por paixão, por investimento, ou por ambas as razões. A sua amplitude reflecte as preferências do coleccionador mas também, frequentemente, a sua carteira. Enquanto um coleccionador procura os mais diversos objectos, outro pode concentrar-se apenas nalguns, por exemplo coberturas de cabeça, insígnias ou botões.
Nesta apresentação serão mostrados exemplares originais de alguns dos objectos militares portugueses coleccionáveis, entre coberturas de cabeça e outros artigos de vestuário, espadas e outras armas brancas regulamentares, correame e equipamento, insígnias e outros adereços. Será também apresentada uma perspectiva deste mercado, a nível nacional e internacional, bem como algumas noções básicas quanto à sua aquisição, conservação e restauro.

NOTAS BIOGRÁFICAS

Tiago Flor

Cursou Relações Internacionais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, onde foi eleito Membro do Conselho Geral daquele Instituto e mais tarde Membro do Conselho Geral Transitório para a fusão entre a UTL e a UL.
Na adolescência, influenciado por tradição familiar, praticou Esgrima na disciplina de Sabre, Tiro com Arco e Hipismo, disciplinas que muito o aproximaram das Artes Militares. Aos 12 anos, no Marché aux Puces de Saint-Ouen, em Paris, embalado pelo impacto do Musée de l'Armée, comprou as suas duas primeiras condecorações, tendo assim contacto pela primeira vez não só com o colecionismo, mas também com outra forma de viver que o marcou profundamente, a arte de vender e negociar antiguidades.
Na parte final do Curso, foi convidado por José Manuel Marques, de quem era cliente, para trabalhar na Casa das Águas, à rua do Ouro, onde se manteve até ao encerramento desta mítica loja da Baixa Lisboeta em 2018.
Autor de um Blog dedicado à medalha Portuguesa da Cruz de Guerra, autor e co-autor de artigos dedicados ao estudo da Falerística, foi igualmente orador e escritor de artigos em colóquios e seminários dedicados ao tema.
Sócio da Academia Falerística de Portugal, integrou os corpos sociais desta Academia como Vogal da sua Direcção.

 

Jaime Regalado

Doutorando em História Insular e Atlântica pela Universidade do Açores, com os Estudos Avançados em História, Defesa e Relações Internacionais pela Academia Militar/ISCTE-IUL (2013) e pós-graduado em História Militar pela Instituto Lusíada de pós-Graduações da Universidade Lusíada (2001).
Com vários livros e artigos publicados, em Portugal no estrangeiro, na área da História Militar ou Tecnologia e Armamento, desde 1991 que se dedica ao estudo e colecção do armamento, ligeiro.
Consultor para diversos museus nacionais na área do armamento ligeiro, artilharia e munições. Actualmente desempenha funções no Museu de Angra do Heroísmo, como gestor e conservador da colecção de Militaria e Armamento deste museu.

 

Pedro Soares Branco

Assistente Hospitalar Graduado Sénior de Medicina Física e de Reabilitação; Director Clínico do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central. Doutorado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa; Professor Associado Convidado da NOVA Medical School/Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, com diversas actividades de ensino clínico e Regência da Unidade Curricular de História da Medicina.
Autor e/ou Coordenador de mais de uma centena de trabalhos médicos comunicados e publicados, entre os quais diversos livros. Membro da Academia Nacional de Belas Artes. Consultor de Uniformologia da Biblioteca do Exército, Museu de Angra do Heroísmo, Museu Militar de Lisboa e Palácio Nacional da Ajuda. Autor e/ou colaborador em diversos livros e artigos, nacionais e internacionais, sobre Uniformologia e História Militar Portuguesa. Condecorado com a Medalha de Dom Afonso Henriques – Mérito do Exército, de 1a Classe.