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Notas: 1. Integraram a “Exposição de Arte Francesa, especialmente
de ourivesaria do século XVIII”, encontrando-se identificados
e reproduzidos no respectivo catálogo com os nºs 207 e 208.
Lisboa: Museu Nacional de Arte Antiga, 1934, p. 54 e Est. 64.
O catálogo da exposição identifica as punções como sendo:
“(...) do ourives; dois do «adjudicataire-géneral»,
Julien Alaterre (1768-1775); da corporação dos ourives de Paris
(letra F = 1769-1770) e o de revisão (cabeça de mulher).
Nos «braços», o punção da revisão é uma cabeça com capacete (...)”.
2. Exemplares idênticos encontram-se no
Metropolitan
de Nova York
:
/
48.187.389ab,.390ab; e no
Getty Center
em Los Angeles:
3. Robert-Joseph Auguste (1723-ca.-1805) foi o mais importante
ourives francês da 2ª metade do século XVIII, tendo sido fornecedor
de várias casas reais europeias, entre elas a da Suécia, Dinamarca,
Rússia, Inglaterra e Portugal, bem como importantes famílias
da alta nobreza como, no caso português, os Duques de Cadaval.
Originariamente da Casa Cadaval, tendo passado mais tarde
a integrar a colecção do Prof. Dr. Juvenal Esteves, foi vendida
em 1997, na Leiloeira Silva’s, uma terrina de Robert-Joseph Auguste
por € 206.000, estabelecendo o record em leilão para peças
de ourivesaria em Portugal.
Os presentes candelabros foram da colecção de Estevão Pereira Palha
van Zeller, tendo integrado a “Exposição de Arte Francesa”, realizada
em 1934 no Museu Nacional de Arte Antiga.
A par com outras peças de Auguste, provenientes tanto da Casa Real
como de importantes colecções particulares, figuraram um outro par
de candelabros da colecção do Dr. José Gomes Pulido Garcia, de Beja,
com decoração algo distinta.
A importância das suas obras faz com que esteja representado
nos melhores museus do Mundo, do Louvre ao Metropolitan de Nova
Iorque, sendo as suas peças habitualmente muito disputadas
no mercado de arte. No referente a candelabros, foram vendidos quatro
muito idênticos aos que vão agora no presente leilão,
numa venda da Sotheby’s realizada em 1993, onde foi dispersa
a colecção do Earl Harcourt, ex-embaixador de George III em Paris,
onde os havia adquirido.
Não há conhecimento de posteriormente terem surgido no mercado
outros candelabros de Auguste, o que atesta a raridade dos que agora
se apresentam.
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