O primeiro valor indicado em euros corresponde à reserva contratada com o proprietário
cabral moncada leilões
Q
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No final encontramos dois fólios (1 e 2) com a “Taboa (ou Tavoada) das Rhimas do Autor”, que ocupa quatro páginas; segue-se um fólio como
“Auto de approuação destas obras” (f.) e a errata (v.); o último fólio é branco (completando assim o caderno, e apresenta um pronunciado offset
da página anterior). Restauros menores nos fólios D7, D8, M5 e último em branco. Exemplar levemente aparado, mas limpo, com o corte das folhas
carminado. Encadernação inteira de carneira mosqueada, do século XX. Anselmo, 764. BNP, 500. Biblioteca de D. Manuel II, 294 (239).
Ex-libris do 8º Marquês de Marialva, Dom Diogo de Bragança.
Minor restorations at folios D/, D8; M5 and last blank leaf. Clean but slightly trimmed copy, with top edge painted in carmine.
Modern mottled full calf binding.
€ 4.000 - 6.000
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FRANCISCO DE SÁ DE MIRANDA
- OBRAS (1595),
MIRANDA, Francisco de Sá de.- AS OBRAS
| DO CELEBRADO | LVSITANO, | O doutor
Frãcisco de Sá de Mirãda. | Collegidas por
Manoel de Lyra. | Dirigidas ao muito illustre
Senhor dom Ie- | ronymo de Castro, &c. |
[gravura xilográfica com as armas de
D. Jerónimo de Castro] | Impressas com
licença do Supremo Conselho da Santa |
Geral Inquisição, & Ordinario. | Anno de 1595.
| Com priuilegio Real por dez annos.- [Lisboa]:
Manoel de Lyra, 1595.- [8], 186 (aliás 184),
[3, 1 br.] f.; 18 cm.- E.
Edição original das obras de Sá de Miranda
(1481-1558), considerado o maior poeta
português do século XVI, logo após Camões,
e talvez aquele que mais fez chegar até nós
o eco do ideário renascentista, sendo
significativa a introdução de novas formas
literárias nomeadamente a comédia em prosa,
o novo metro, o soneto, a écloga, etc. A edição
foi publicada postumamente, quase 30 anos
após a morte do autor. O exemplar corresponde
à edição descrita por Anselmo sob o nº 764.
O rosto (verso em branco) ostenta as armas
de D. Jerónimo de Castro, em impressão
xilográfica; segue-se um fólio com as licenças
(f.) e o alvará (v.); a folha seguinte inclui
a dedicatória (f.), duas poesias, um soneto
Jerónimo de Morais e um “carmen”
de Sebastião d’Alfaro (v.); o quarto fólio
encerra um soneto de D. Manuel de Portugal
(f.) e a marca do impressor Manuel de Lyra (v.)
que se repete no fólio 162 (X2 v.). O texto
propriamente dito decorre entre as folhas
1 e 186 (com numerosos erros de foliação),
ou seja, entre os fólios A1f. e Z8v (no verso
da folha 132 uma outra marca do impressor
Manuel de Lira, diferente da acima descrita).